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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Edson Sardinha
6/4/2019 | Atualizado às 12:21
O deputado mineiro estava inscrito para fazer perguntas ao xará, mas não chegou a ver a confusão final. Havia deixado a Câmara no começo da noite porque tinha compromisso oficial em Minas. "Foi bom que agora pelo menos isso nos diferenciou. Ele é o 'tchutchuca' (risos)", diverte-se. "Também tenho pavio curto às vezes. Não sou de levar desaforo para casa. Mas não costumo sair da linha por qualquer coisa", confidencia. Guedes, o ministro, é conhecido pelo temperamento explosivo e chegou, por vezes, a provocar seus adversários na CCJ. "Fala alto, que falo mais alto", disse a oposicionistas ainda no início da audiência.
Guarda-chuvada
Desde que o presidente Jair Bolsonaro anunciou, ainda durante a campanha eleitoral na TV, que o economista Paulo Guedes seria seu ministro da Economia caso fosse eleito, o então deputado estadual mais votado por Minas Gerais teve de se adaptar à realidade de ter um homônimo no campo político oposto.
"No dia seguinte levei uma guarda-chuvada na cabeça de uma senhorinha no mercado. 'Seu traidor. Como você trai o Lula com aquele demônio?' Aí até a gente explicar que não é a mesma pessoa... Tive de fazer muitos vídeos para desmentir, mostrar que não éramos a mesma pessoa. Mas nem todo mundo acreditou", conta, bem-humorado, o hoje deputado federal ao Congresso em Foco.
Por ter um eleitorado predominantemente rural no norte de Minas, Paulo Guedes acredita que poderia ter sido mais votado não fosse a ligação do homônimo com Jair Bolsonaro. "Sofri demais. Na minha região só tinha um Paulo Guedes, eu. Muita gente me xingou. Acho que ele tirou muito voto de mim."
Se a coincidência de nome e sobrenome tirou votos, não foi o suficiente para impedir a primeira eleição do deputado de 48 anos à Câmara. Depois de exercer três mandatos na Assembleia Legislativa, ele recebeu 176.841 votos e foi o quarto mais votado entre os 53 integrantes da bancada mineira.
Atualmente o parlamentar tira proveito da situação. Faz várias palestras em seu reduto eleitoral com o chamariz "Paulo Guedes contra a reforma da Previdência". Só neste sábado ele tinha quatro compromissos com esse tema em quatro cidades do norte mineiro.
Na avaliação do deputado mineiro, a reforma vai inviabilizar a aposentadoria de trabalhadores rurais e privados. "Só o Benefício de Prestação Continuada e a aposentadoria rural são três vezes maiores que os recursos do Fundo de Participação dos Municípios na minha região. Representam até 70% da economia local", afirma. As mudanças no BPC e na aposentadoria são os principais pontos de resistência dos deputados em relação à reforma e, como já indicou até o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não devem passar.Tags
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