Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Comandos militares descartam golpe, mas defendem direito a ...

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Nota oficial

Comandos militares descartam golpe, mas defendem direito a manifestações

Em nota, os comandantes das Forças Armadas reafirmaram seu compromisso com o Povo Brasileiro e com a democracia.

Congresso em Foco

11/11/2022 | Atualizado às 9:57

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Em nota, os comandantes das Forças Armadas reafirmaram seu compromisso com o Povo Brasileiro e com a democracia. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Em nota, os comandantes das Forças Armadas reafirmaram seu compromisso com o Povo Brasileiro e com a democracia. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Nem golpe nem repressão às manifestações pacíficas. Essa é a mensagem da nota divulgada nesta sexta-feira (11) pelos comandantes dos Exército, da Marinha e da Aeronáutica para expressar sua visão sobre os atos realizados em várias cidades brasileiras contra o resultado da disputa presidencial. Na nota divulgada, os comandos "reafirmam seu compromisso irrestrito e inabalável com o Povo Brasileiro, com a democracia e com a harmonia política e social do Brasil". Os comandantes citam as manifestações em favor do presidente Jair Bolsonaro (PL), após sua derrota no segundo turno para o ex-presidente Lula (PT), reafirmam o direito de livre manifestação, mas chamam a atenção para eventuais excessos cometidos que possam restringir direitos individuais e coletivos, além de colocar em risco a segurança pública. Após o resultado do segundo turno dessas eleições, manifestantes bolsonaristas contestam a vitória do ex-presidente Lula (PT) e citam, de forma equivocada, o Artigo 142 da Constituição para justificar pedidos de intervenção das Forças Armadas, ou mesmo de intervenção federal. O artigo não tem dispositivos que concedam às Forças Armadas o poder de arbitrar conflitos entre os Poderes ou de fazer qualquer tipo de intervenção militar ou federal. Muitos dos manifestantes estão próximos a comandos militares e quartéis das Forças Armadas. Na nota, os comandos reforçam a defesa e o cumprimento da Constituição de 1988, que não prevê nem intervenção, nem golpe. "Assim, são condenáveis tanto eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos, quanto eventuais excessos cometidos em manifestações que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública; bem como quaisquer ações, de indivíduos ou de entidades, públicas ou privadas, que alimentem a desarmonia na sociedade", destaca a nota. Segundo as Forças, a solução para as "possíveis controvérsias" deve ser feita com base nos "instrumentos legais do estado democrático de direito". A nota foi assinada pelos três comandantes das Forças Armadas: Almirante Almir Garnier Santos, Comandante da Marinha; General de Exército Marco Antônio Freire Gomes, Comandante do Exército; e Tenente-Brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, Comandante da Aeronáutica. A nota se encerra destacando o papel das Forças Armadas, afirmando que "permanecem vigilantes, atentas e focadas em seu papel constitucional na garantia de nossa Soberania, da Ordem e do Progresso, sempre em defesa de nosso Povo".

Confira a íntegra da nota:

"Às Instituições e ao Povo Brasileiro Acerca das manifestações populares que vêm ocorrendo em inúmeros locais do País, a Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira reafirmam seu compromisso irrestrito e inabalável com o Povo Brasileiro, com a democracia e com a harmonia política e social do Brasil, ratificado pelos valores e pelas tradições das Forças Armadas, sempre presentes e moderadoras nos mais importantes momentos de nossa história. A Constituição Federal estabelece os deveres e os direitos a serem observados por todos os brasileiros e que devem ser assegurados pelas Instituições, especialmente no que tange à livre manifestação do pensamento; à liberdade de reunião, pacificamente; e à liberdade de locomoção no território nacional. Nesse aspecto, ao regulamentar disposições do texto constitucional, por meio da Lei nº 14.197, de 1º de setembro de 2021, o Parlamento Brasileiro foi bastante claro ao estabelecer que: "Não constitui crime [...] a manifestação crítica aos poderes constitucionais nem a atividade jornalística ou a reivindicação de direitos e garantias constitucionais, por meio de passeatas, de reuniões, de greves, de aglomerações ou de qualquer outra forma de manifestação política com propósitos sociais". Assim, são condenáveis tanto eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos, quanto eventuais excessos cometidos em manifestações que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública; bem como quaisquer ações, de indivíduos ou de entidades, públicas ou privadas, que alimentem a desarmonia na sociedade. A solução a possíveis controvérsias no seio da sociedade deve valer-se dos instrumentos legais do estado democrático de direito. Como forma essencial para o restabelecimento e a manutenção da paz social, cabe às autoridades da República, instituídas pelo Povo, o exercício do poder que "Dele" emana, a imediata atenção a todas as demandas legais e legítimas da população, bem como a estrita observância das atribuições e dos limites de suas competências, nos termos da Constituição Federal e da legislação. Da mesma forma, reiteramos a crença na importância da independência dos Poderes, em particular do Legislativo, Casa do Povo, destinatário natural dos anseios e pleitos da população, em nome da qual legisla e atua, sempre na busca de corrigir possíveis arbitrariedades ou descaminhos autocráticos que possam colocar em risco o bem maior de nossa sociedade, qual seja, a sua Liberdade. A construção da verdadeira Democracia pressupõe o culto à tolerância, à ordem e à paz social. As Forças Armadas permanecem vigilantes, atentas e focadas em seu papel constitucional na garantia de nossa Soberania, da Ordem e do Progresso, sempre em defesa de nosso Povo. Assim, temos primado pela Legalidade, Legitimidade e Estabilidade, transmitindo a nossos subordinados serenidade, confiança na cadeia de comando, coesão e patriotismo. O foco continuará a ser mantido no incansável cumprimento das nobres missões de Soldados Brasileiros, tendo como pilares de nossas convicções a Fé no Brasil e em seu pacífico e admirável Povo."
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Marinha Aeronáutica Exército Forças Armadas

Temas

Forças Armadas País Nota

LEIA MAIS

Vídeo

Polícia imobiliza homem-bomba que ameaçava explodir ministério

Vídeo

Homem acompanhado de crianças ameaça explodir bomba em ministério

JUDICIÁRIO

Comandante da Marinha pede para não testemunhar em ação penal do golpe

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

REVIRAVOLTA NO SENADO

CCJ aprova fim da reeleição com redução do mandato de senador

2

APOSTAS ONLINE

Saiba quem é o padre Patrick Fernandes, que depõe na CPI das Bets

3

DÍVIDA PÚBLICA

Forças Armadas rejeitam uso de superávits militares para abater dívida

4

ASSISTA AO VÍDEO

"Ela fez pipi": deputado leva bebê "esborne" para discurso na Câmara

5

SENADO

PEC da reeleição: entenda a reviravolta que reduziu mandato de senador

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES