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ELEIÇÕES 2022

Sem monopólio do voto antipetista, PSDB deve encolher ainda mais nestas eleições

PSDB encontra dificuldades de alinhar discurso com lideranças e hoje pode marchar sozinho com o Cidadania na candidatura de João Dória.

Congresso em Foco

28/4/2022 | Atualizado às 7:55

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Eduardo Leite e João Doria: tucanos disputam vaga no PSDB para enfrentar Bolsonaro e Lula. Foto: Twitter

Eduardo Leite e João Doria: tucanos disputam vaga no PSDB para enfrentar Bolsonaro e Lula. Foto: Twitter
Com a perda do monopólio do voto anti-petista, a saída de cena de suas lideranças históricas e a candidatura do ex-governador João Doria à Presidência da República, caso se confirme, o PSDB poderá diminuir ainda mais no Congresso Nacional. De 2014 para 2018, o PSDB encolheu de 54 para 29 deputados federais eleitos. Com os efeitos da janela partidária, hoje restam 22 parlamentares. "O partido deve perder tamanho, independente da candidatura de Doria, ou não. A tendência, hoje, é que o PSDB diminua sua bancada na Câmara", analisa o cientista político Lucas de Aragão, sócio da Arko Advice. Em entrevista ao Congresso em Foco, Lucas destacou que há duas perspectivas no lançamento da candidatura de João Doria. "Há o lado positivo e o negativo. O positivo é que o candidato aparece, o partido garante presença em debates. Mas o negativo é o gasto em estrutura que poderia ser empenhado em candidaturas ao Congresso", analisa. Um dos fatores que comprometem a empreitada de João Doria é sua alta rejeição em pesquisas, além de não ter decolado. Em uma rodada da pesquisa FSB/BTG Pactual, divulgada no fim de abril, Doria aparece com 63% de rejeição. Uma das causas para a decadência do partido, segundo o analista, foram os rachas internos e falta de posição em temas importantes na pauta política. "O PSDB teve dissidências na época da Reforma da Previdência do governo Michel Temer (MDB) e no mesmo governo no caso das denúncias da Procuradoria-Geral da República contra o presidente. A mesma divisão aconteceu em pautas econômicas do governo Bolsonaro (PL). O partido ficou em cima do muro muitas vezes e isso também acaba tirando uma força política", pontua Lucas. Para ele, Doria cresceu nessa diminuição de tamanho do partido, mas que ela não é suficiente para fazer com que os quadros do partido marchem juntos nas eleições deste ano - tanto é que até recentemente o ex-governador Eduardo Leite não respeitava o resultado das prévias do partido. "O que levou João Doria a encontrar resistência primeiro é a realidade de sua rejeição. O partido já vem machucado de 2018, quando o voto anti-PT migrou para Bolsonaro. O partido perdeu ali o monopólio do voto anti-PT, que vinha de muitos ciclos eleitorais", diz Lucas a se referir ao processo eleitoral em que o então candidato Geraldo Alckmin sequer chegou ao segundo turno. "Então, quando o partido perde o monopólio desse voto perde-se, também, internamente a confiança de que o partido pode liderar um grande projeto". Ele lembra que há um trauma de 2018 que ainda ronda o partido e não acredita que o estilo "trator" de Doria o tenha prejudicado - em reserva, lideranças do União Brasil e do MDB disseram ao Congresso em Foco que o grupo não se empolgaria em apoiar o projeto presidencial do tucano.

Floriano Pesaro: "PSDB perdeu aderência popular"

Um dos quadros históricos do PSDB, com contribuições às gestões tucanas na Presidência da República e o no Governo de São Paulo, o ex-deputado federal Floriano Pesaro saiu do partido em março deste ano e migrou ao PSB, se tornando umas das apostas dos socialistas em São Paulo para a Câmara dos Deputados. Apesar de elegante nas palavras, Floriano faz diversas críticas ao partido, sobretudo na ausência de uma pauta nacional. Ou seja, projetos de poder individuais se sobrepuseram questões ideológicas e políticas. "Eu tenho uma história que terminou uma vez que o PSDB desviou de sua rota como partido socialdemocrata e acho que não soube interpretar o sentimento do país. E mais que isso: perdeu a chance de construir um novo projeto ao país. Então isso me desanimou", completou. Floriano se somou a outros quadros que saíram do partido - o ex-governador Geraldo Alckmin, que também migrou para o PSB, e os ex-deputados Silvio Torres e Pedro Tobias. "Faltou [ao PSDB] a construção de um projeto nacional e alianças maiores, mais amplas, com partidos de centro-esquerda que pudessem representar o que era a socialdemocracia desde o início", disse Floriano. "O PSDB foi perdendo seus próprios eleitores. Você encontra muita gente que votou no PSDB e hoje não vota mais porque não acredita mais no projeto do partido. O partido perdeu capilaridade e aderência popular", completou. Na avaliação de Floriano, a perspectiva é que a legenda diminua de tamanho. "O PSDB já diminui pela metade na eleição de 2018. Eu acho que agora o PSDB corre o risco de diminuir ainda mais. Se ele não tiver um desempenho positivo na majoritária (João Doria), com o candidato, a chance é real". Em São Paulo, uma das apostas dos tucanos é candidatura do senador José Serra para a Câmara dos Deputados. Ele teria aceitado o pedido do presidente do partido, Bruno Araújo, na tentativa de ser um puxador de votos e consiga eleger mais cinco ou seis candidatos. A possibilidade, no entanto, não é vista com grandes expectativas por parte da legenda. "O partido está procurando alianças. Mas perdeu o tempo. Já eram para ter sido feitas. Não dá para fazer agora. Perdeu-se tempo. E deixou muitas lideranças do partido de escanteio. E aí é isso. Acabou ficando sozinho", concluiu o ex-tucano.
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