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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Henrique Fróes e Gabriele Cornelli
9/9/2017 8:00
[fotografo]Reprodução[/fotografo][/caption]
Confiança cega
Damon, então, foi chamado ao palácio do tirano. Ele sabia que, caso o amigo fugisse, a pena capital seria aplicada a ele. Mesmo assim, não pestanejou em aceitar o pedido de Fíntias. Enquanto esperava o fim do dia, ouviu as mais diversas zombarias, pois todos duvidavam do regresso do condenado à morte. Mas, ao pôr do sol, Fíntias estava lá, pronto para ser submetido à sua pena e para libertar o amigo. Dionísio, maravilhado com a confiança mútua dos dois, pediu para que fosse acolhido como terceiro naquela bela amizade.
Essa história, contada por Aristóxeno, nos faz lembrar que a amizade, enquanto partilha sincera e fiel da vida e dos bens, só pode ser incondicional. Uma relação équa (de igualdade) e harmoniosa, como diziam ainda os matemáticos pitagóricos. Como as cordas de um instrumento musical, a amizade deve ser continuamente afinada; como um ser vivente, suas feridas devem ser imediatamente cuidadas.
Modelo de explicação
Os antigos filósofos davam à amizade tamanha importância ao ponto de querer ver no universo todo como um enorme movimento de amizade: entre céu e terra, entre seres humanos, entre as várias partes do corpo. A amizade era tomada como um modelo de explicação de tudo o que funciona bem, que gira justo na vida e no mundo: um ideal a ser perseguido em todos os tipos de relações.
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