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Aliados resistentes

Congresso em Foco

13/7/2005 16:26

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Sônia Mossri

 

O governo teve (ainda tem) muito trabalho para convencer os próprios aliados a aprovarem o salário mínimo de R$ 260. Os senadores do PMDB e até do PT, o partido do presidente Lula, impuseram uma série de condições ao Palácio do Planalto.

Nas negociações, surgiram situações complicadas. Os afilhados políticos do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), continuam afirmando que votam contra o salário mínimo fixado pelo governo. Nos bastidores, alguns explicavam que Sarney está orientando o ministro da Casa Civil, José Dirceu, na tarefa de seduzir parlamentares, dando indicações sobre os pleitos de cada um.

"Ele (Sarney) não está atrapalhando", deixou escapar o senador Edison Lobão (PFL-MA).

Esses mesmos seguidores de Sarney também não escondiam a esperança de que, no caso de uma derrota do governo no Senado, haveria o apoio oficial do Palácio do Planalto à emenda constitucional que permite a reeleição dos presidentes do Senado e da Câmara.

Não é tão simples assim. No caso de vitória do governo, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o ministro da Articulação Política, Aldo Rebelo, saem fortalecidos, o que tornaria mais difícil o caminho para a votação da emenda da reeleição.

No PMDB, dois aliados de Sarney, os senadores Papaléo Paes (AP) e Mão Santa (PI), afirmavam que estavam firmes na decisão de boicotar o salário mínimo proposto pelo governo. Por razões diferentes, o senador Pedro Simon (PMDB-RS), crítico habitual da política econômica de Lula, também vota contra a MP.

Para garantir votos do PMDB, Aldo Rebelo almoçou com quinze senadores e o líder Renan Calheiros. O prato principal: as insatisfações dos senadores.

Na conversa, o senador Gilberto Mestrinho (PMDB-AM) falou em nome da bancada sobre as apreensões do partido com os rumos da política econômica do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e a pouca participação do PMDB nas decisões do governo Lula.

Como já se tornou usual, Mestrinho explicou que seus colegas de partido não compreendiam a lógica do ministro Palocci de manter juros altos e impor recessão para ter inflação baixa. Ele disse ainda que, à exceção da Venezuela, outros países estão com inflação baixa sem necessidade de impor aperto na economia.

Em seguida, o senador amazonense usou a expressão "fiel da balança" para classificar a importância do apoio do PMDB à aprovação de medidas no Congresso, especialmente no Senado.

Dono de uma bancada de 22 senadores, o PMDB espera assegurar ao governo os votos de pelo menos 16 parlamentares.

Até senadores petistas, como Flávio Arns (PT-PR), adotaram o padrão dos colegas do PMDB e pediam cargos e liberação de emendas. Do outro lado do balcão, José Dirceu e o presidente do PT, José Genoino, exigiam fidelidade dos senadores petistas.

Enquanto Arns reclamava por não conseguir indicações para cargos federais no seu estado, as senadoras Ana Júlia Capera (PT-PA) e Serys Slhessarenko (PT-MT) temiam repercussões negativas nas eleições municipais. No final da noite, o governo contava com o voto das duas parlamentares e de Arns.

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