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Congresso em Foco
13/7/2005 17:33
Edson Sardinha |
Especulações sobre o retorno do casal Garotinho ao PDT ganharam força nas últimas semanas, quando, depois de um longo período de rompimento com o presidente do partido, os dois voltaram a conversar sobre política com Brizola, poucos dias antes da morte do líder trabalhista, no último dia 21. O líder do PDT no Senado ameaça deixar o partido, junto com "brizolistas históricos", caso Garotinho tente assumir o comando da sigla. "Se ele tomar de assalto o partido, eu deixo o PDT", afirma Peres. Segundo ele, o partido terá de se blindar contra "o cerco de aventureiros" dispostos a se apossarem da herança política de Brizola. "Se ele (Garotinho) vier para ser o líder do PDT, saiba que não o será nunca", avisa. Com a ausência de Brizola, Peres teme que a bancada pedetista no Congresso, composta por 17 parlamentares, fique exposta ao assédio do Palácio do Planalto, principalmente no Senado, onde o governo enfrenta dificuldades para conseguir maioria e o PDT ocupa cinco cadeiras. "Nesse caso, saem - como já saíram - os adesistas de sempre, que não são pedetistas. Esses, aliás, é melhor que vão embora mesmo", diz. Na avaliação do senador, a ausência de Brizola poderá oxigenar o partido, quase sempre sufocado pelo centralismo exercido pelo ex-governador, o que teria inibido o surgimento de novas lideranças. "Alguém no partido já disse que Brizola era a instância definitiva e absoluta. Ninguém contestava suas decisões. Ele personificava o PDT. Não há dúvida de que isso prejudicou o partido várias vezes. As decisões pessoais oferecem risco maior do que as decisões coletivas. Por outro lado, muitas pessoas tinham receio de vir para o PDT, temendo ficar sujeitas a decisões unipessoais e não terem espaço para discutir dentro do partido", analisa. Peres aponta os erros e acertos de Brizola. Elogia a defesa da educação e a preocupação do ex-governador com os excluídos. Mas admite que muitas das idéias de Brizola estavam superadas, principalmente o projeto estatizante que tinha para o país. Por fim, admite que o trabalhismo não é mais a base de um projeto para o país. "As conquistas do trabalhismo já foram feitas, não há muita coisa a se conquistar, a não ser o crescimento econômico e a distribuição de renda", disse. |
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