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Congresso em Foco
1/2/2008 | Atualizado às 15:03
Pela primeira vez desde que veio à tona o caso dos cartões de crédito corporativos, a ministra Matilde Ribeiro (Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) resolveu se posicionar e fará uma entrevista coletiva, às 15h. Matilde esteve reunida agora há pouco com o presidente Lula, no Palácio do Planalto. A assessoria da própria ministra admite que a situação dela no governo é delicada, mas não adianta o que Matilde anunciará na coletiva.
Ela é recordista de despesas com o cartão: em apenas 2007, ela gastou mais de R$ 171 mil em compras em estabelecimentos como uma loja isenta de taxas de importação, onde deixou R$ 461. Descoberta a compra, a ministra tratou de devolver o dinheiro aos cofres públicos. Mas foi mesmo o restante da vultosa quantia que lhe trouxe problemas – em quase três semanas de denúncias na imprensa, ela ainda não se manifestou publicamente sobre o assunto.
Também pesa sobre a ministra a informação de que ela teria gasto cerca de 70% do montante apenas com aluguel de carros - inclusive com motorista - em dias de feriado de Corpus Christi, em apenas uma locadora (Localiza).
Além de Matilde, também foram denunciados por mau uso do cartão, até agora, os ministros Altemir Gregolin (Secretaria da Aqüicultura e Pesca) e Orlando Silva (Esportes). A Controladoria-Geral da União e o Tribunal de Contas da União anunciaram, no início desta semana, que será aberto inquérito para apurar os supostos abusos na utilização do cartão. Gregolin disse que não teme a investigação. Já Orlando Silva foi repreendido por ter gasto cerca de R$ 8 com tapiocas em Brasília.
A decisão dos órgãos federais foi tomada cinco anos depois da representação apresentada ao Congresso, em 2003, pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), com o objetivo de investigar os gastos com os cartões corporativos do governo. Ontem (31), Sampaio se reuniu com o presidente do Congresso, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), para tentar convencê-lo a apoiar a abertura de uma comissão parlamentar msta de inquérito para tratar do assunto (leia).
Também ontem os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Jorge Hage (Controladoria-Geral da União) anunciaram medidas para coibir o uso indevido do cartão, com limites de saques em dinheiro e outras regras (leia).
O cartão de crédito corporativo é um instrumento destinado às despesas funcionais básicas, como viagens oficiais, material de trabalho e usufruto de serviços inerentes ao exercício do cargo. Criados em 2001 durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, os cartões são usados pela alta cúpula do Executivo e do Judiciário. (Fábio Góis)
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