Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Podemos mudar o Brasil, os cidadãos não aceitam mais o papel de ...

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Podemos mudar o Brasil, os cidadãos não aceitam mais o papel de agentes passivos da política

Congresso em Foco

28/6/2017 16:24

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

"Durante 21 anos, o Brasil viveu sob o peso dos coturnos e a ameaça das baionetas mobilizados em nome da 'defesa da democracia'"
"Segundo a definição antiga, democracia é o governo do povo, para o povo e pelo povo, mas, na democracia de hoje, o que está ausente é o povo" (José Saramago) Está nascendo uma nova esperança para o Brasil: um partido que se propõe renovar a forma de fazer política em nosso país. Neste sábado, em Brasília, faremos o lançamento nacional do Podemos, que substitui o velho Partido Trabalhista Nacional (PTN). Nossas principais bandeiras são a transparência, a participação popular e a democracia direta. Por que? A razão é muito simples: vivemos num mundo globalizado, informatizado e conectado, mas ainda fazemos política como se fazia na época da Revolução Francesa, quando os parlamentares usavam perucas empoadas. O resultado é que os cidadãos comuns não se sentem representados pelos partidos políticos tradicionais. O problema é que esse desprezo à política pode ser fatal à democracia, pois permite o surgimento de demagogos e populistas que se pretendem "salvadores da pátria", acima do bem e do mal. Já vimos esse filme antes. Durante 21 anos, o Brasil viveu sob o peso dos coturnos e a ameaça das baionetas mobilizados em nome da "defesa da democracia". A ditadura suprimiu eleições diretas para presidente, governador e prefeitos de capitais; cassou mandatos de parlamentares combativos e censurou os meios de comunicação. Pior: prisões arbitrárias, torturas e assassinatos de opositores viraram política de Estado. Vencendo o medo, o povo foi às ruas para exigir o direito de votar para presidente e conseguiu finalmente pôr um fim àquele deplorável estado de coisas. Eu nasci naquela época e aprendi a necessidade da política em casa, ouvindo alguns dos protagonistas dessa história. Com a Constituição de 1988, finalmente, instaurou-se no Brasil uma democracia participativa, pelo menos no nome. De fato, em seu artigo 1º, a Carta Magna garante que "todo o poder emana do povo". Infelizmente o que temos visto, nestas três décadas de redemocratização, é um hiato crescente entre o povo e seus representantes, seja no Executivo, seja no Legislativo. Tivemos pacotes econômicos desastrosos, confiscos, aumento da recessão e do desemprego, alguma esperança e muita frustração. E a corrupção se institucionalizou a tal ponto que, em apenas 30 anos, tivemos dois presidentes que sofreram impeachment! [caption id="attachment_299814" align="alignright" width="300" caption=""Durante 21 anos, o Brasil viveu sob o peso dos coturnos e a ameaça das baionetas mobilizados em nome da 'defesa da democracia'""][fotografo]Reuters[/fotografo][/caption]Ultimamente, o país vem assistindo, estarrecido, a descoberta de um mega escândalo de corrupção que abrange quase todos os partidos, atingindo em cheio o nosso sistema político. Não é à toa que a grande maioria das pessoas se sente traída e que o "não me representa" seja a melhor expressão da relação atual entre o povo e os políticos. É por isso que, desde 2013, multidões voltaram às ruas para protestar contra os desmandos da elite política e exigir o seu direito de participar das grandes decisões nacionais. Isso significa que a democracia fracassou como projeto e que os militares tinham razão? De maneira alguma! Ocorre que o mundo mudou muito, mas as instituições políticas não acompanharam essa mudança. Vivemos na época da globalização econômica e financeira, da informação em tempo real, das discussões nas redes sociais, em que a demanda por transparência e participação é crescente. Mas nossas instituições políticas nasceram no século XVIII, com as revoluções americana e francesa. É preciso, então, não rejeitar a democracia, que é essencialmente dinâmica, mas aprofundá-la para que ela possa responder aos desafios atuais. O Podemos nasce com o objetivo de expressar esses novos anseios. Como os protestos dos últimos anos no Brasil, os cidadãos não aceitam mais o papel de agentes passivos da política; querem ter voz ativa nas decisões dos governos, não se contentando apenas em trocá-los a cada quatro anos. Defendemos a criação de mecanismos de participação com ações de democracia direta, utilizando as novas tecnologias da informação para aproximar a população do processo político, de modo que as pessoas possam conhecer melhor os problemas, debatê-los e decidir quais os rumos que devem ser tomados em sua cidade, seu Estado e no País. Queremos também ampliar a transparência dos órgãos públicos, não apenas abrindo suas contas, mas facilitando o entendimento da informação, por exemplo, dos diversos projetos que estão em tramitação nas duas Casas do Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras Municipais. Pretendemos criar uma nova forma de partido político, à altura do século 21. Não temos a pretensão de saber tudo, nem de sermos a "vanguarda" iluminada que conduz o povo; queremos dividir com a cidadania o debate e a escolha dos caminhos a serem trilhados. Mudamos para mudar o País. Leia também: O recall como resgate do papel do eleitor
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Brasília democracia redemocratização PTN podemos Renata Abreu crise brasileira Mudança na política

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

Justiça

Moraes mantém preso réu por tentar de bombardear aeroporto em Brasília

SAÚDE PÚBLICA

Projeto na Câmara prevê política nacional para diabetes tipo 1

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Socióloga que investigou 2013 vê possibilidade de direita voltar à rua

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

APURE-SE

Hugo Motta reage a rumores e pede apuração de servidores remotos

2

JUSTIÇA

Leia a íntegra do documento da PGR que pede condenação de Bolsonaro

3

Câmara dos Deputados

Diante de exílio de Eduardo, projeto prevê exercício remoto do mandato

4

AGENDA DA SEMANA

Veja cinco assuntos na mira do Congresso na semana antes do recesso

5

DEPUTADO NOS EUA

Eduardo diz que "se for o caso" abre mão do mandato na Câmara

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES