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Congresso em Foco
6/4/2017 | Atualizado às 10:29
[caption id="attachment_289458" align="aligncenter" width="559" caption="Investigações contra Coaracy começaram com denúncias de atletas e ex-atletas"]
A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (6), a Operação Águas Claras, no Rio e em São Paulo, para apurar um esquema de desvio de recursos públicos, envolvendo empresários e dirigentes esportivos, repassados à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). Três pessoas já foram presas - entre elas, o presidente da entidade, Coaracy Nunes, o cartola brasileiro há mais tempo no cargo. Coaracy, de 78 anos, preside a CBDA desde 1988, quando o presidente da República ainda era José Sarney e o então deputado Ulysses Guimarães anunciava a entrega da "Constituição cidadã". Nesse período, a natação brasileira conquistou dez medalhas olímpicas. Mas a gestão dele sempre foi marcada por polêmicas.
Outros quatro acusados são alvos de condução coercitiva. Também são cumpridos 16 mandados de busca e apreensão. A operação investiga o destino de R$ 40 milhões em recursos públicos repassados à CBDA. As medidas foram expedidas pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
As ações são resultado de parceria entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, com a participação da Controladoria-Geral da União (CGU). As investigações foram iniciadas após denúncias de atletas, ex-atletas e empresários do ramo esportivo brasileiro. Entre os detidos também estão Sérgio Ribeiro Lins de Alvarenga, diretor financeiro da confederação, e Ricardo Cabral, coordenador técnico do polo aquático. O secretário-geral de Natação, Ricardo Moura, também é alvo da operação. Mas, até o momento, não foi localizado. Em setembro do ano passado o Ministério Público Federal entrou com ação por improbidade administrativa contra Coaracy e Sérgio Ribeiro Lins por suspeita de fraudarem licitação com verba federal para compra de material esportivo em 2014, para os Jogos Rio 2016. Segundo a Operação Águas Claras, há indícios de um esquema de desvios de recursos públicos captados por meio de convênios e leis de fomento ao esporte sem a devida aplicação. As apurações iniciais indicam que, em vez de serem aplicados em incentivos aos esportes aquáticos e na viabilização de práticas esportivas aquáticas, os recursos eram mal geridos ou desviados para proveito pessoal dos investigados. Mesmo como entidade privada, a confederação desportiva recebe recursos públicos federais por meio de convênios com o Ministério do Esporte, de recursos provenientes da Lei de Incentivo ao Esporte, da Lei Agnelo Piva. A CBDA também recebe patrocínio dos Correios e está submetida à Lei de Licitações. Os investigados responderão, de acordo com suas participações, pelos crimes de peculato, associação criminosa e fraude a Lei de Licitações, sem prejuízo de outros crimes eventualmente apurados no decorrer da instrução criminal, informa a Polícia Federal. Mais sobre corrupçãoTemas
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