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Congresso em Foco
1/3/2008 | Atualizado às 9:35
O cenário político não rendeu nenhuma capa das principais revistas neste fim de semana. Porém, as publicações trazem denúncias em relação a programas do Ministério dos Esportes e do Ministério de Minas e Energia. Na mira, o atual titular da pasta dos Esportes, Orlando Silva, e um ex-ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau.
A Veja revela que o programa Segundo Tempo, coordenado por Orlando Silva, que atende a 1 milhão de crianças em todo o país e que tem como objetivo retirar das ruas jovens em situações de risco, tem outra faceta: “Além dos jovens, o programa Segundo Tempo tem ajudado também comunistas e amigos do PCdoB, o partido que comanda o Ministério do Esporte, a encher os bolsos de dinheiro”.
De acordo com a publicação, o programa governamental recebeu 439 milhões nos últimos cinco anos, selecionando 200 organizações não-governamentais (ONGs) para garantir a execução dos projetos.
“Sem controle ou nenhuma fiscalização, ONGs escolhidas a dedo receberam repasses milionários, simularam a criação de núcleos de treinamento, registraram alunos-fantasma, fraudaram as prestações de contas e surrupiaram parte dos recursos que deveriam ajudar crianças carentes”, diz a revista, que teve acesso ao resultado de uma investigação da polícia de Brasília. O resultado foi encaminhado à CPI das ONGs no Senado.
“É uma amostra singular da farra em que se transformaram as chamadas parcerias do governo com o terceiro setor”, diz Veja, que ressalta que quatro ONGs da periferia de Brasília, que receberam 4,7 milhões de reais do Ministério dos Esportes, “são comandadas por pessoas ligadas ao PCdoB ou a militantes do partido”.
“A suspeita é que uma parte do dinheiro desviado pelas ONGs, além de enriquecer alguns, ainda seja usada para abastecer campanhas políticas dos comunistas”, complementa.
Luz Para Todos
A Istoé teve acesso a um relatório da Divisão de Inteligência da Polícia Federal, que enviou o documento ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Superior Tribunal de Justiça, sobre as relações da construtora Gautama, empresa de Zuleido Veras, com o setor público.
Segundo a publicação, o MPF está prestes a apresentar denúncia contra os 42 indiciados na Operação Navalha. No ano passado, esta operação da Polícia Federal revelou irregularidades em contratos públicos da empreiteira. O escândalo provocou a saída do então Ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau. Imagens gravadas revelaram que uma funcionária da construtora foi ao Ministério, supostamente entregar propina a Rondeau.
“Com o título de ‘Corrupção no Ministério de Minas e Energia’, o diagrama mostra as conexões que levam a um suposto pagamento de uma propina de R$ 120 mil ao ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau para que o programa Luz Para Todos no Piauí fosse entregue à Gautama. Além dele, um novo personagem faz parte da rede detectada pela PF: o governador do Piauí, Wellington Dias, do PT. Homem de confiança da ministra Dilma Rousseff, o nome do presidente interino da Eletrobrás, Valter Cardeal, também é mencionado no relatório. ‘Não há nada que dê sustentação às denúncias’, insiste Zuleido Veras”.
A publicação afirma que, segundo a seqüência investigada pela PF, os acertos no Piauí começaram no dia 25 de janeiro de 2007, quando o então ministro foi à capital do Piauí anunciar a liberação de R$ 1,7 bilhão em geração e transmissão de energia no estado.
De acordo com Istoé, o lobista Sérgio Sá, da Engevix, intermediou todos os contatos da Gautama com o governo do Piauí. “Contemplada com trechos da Rodovia Norte-Sul, a Engevix continuou recebendo dinheiro do governo federal após a Operação Navalha, no ano passado. Foi Sérgio Sá, ‘com o intuito de obter vantagem para a organização criminosa’, diz a PF, quem intermediou contatos entre o governador Wellington, o vice Osmar Júnior, Jorge Targa [presidente da Companhia Energética do Piauí], Silas e Zuleido”. De acordo com o advogado do lobista, seu cliente “não recebeu e nem ofereceu vantagem econômica para ninguém”. “Ele apenas possibilitou o relacionamento do Zuleido com o Ministério de Minas e Energia”, complementou.
“Eu lamento profundamente ver meu nome nisto”, diz o governador do Piauí, destacando que nunca viu o empresário Zuleido Veras. (Rodolfo Torres)
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