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Congresso em Foco
21/10/2006 23:41
A Polícia Federal identificou que os US$ 248,8 mil que seriam usados como parte do pagamento do dossiê Vedoin foram comprados por "laranjas" em uma corretora situada em Duque de Caxias (RJ). Segundo a agência Reuters, a informação foi confirmada por um delegado que acompanha o caso.
Os recursos teriam sido retirados na instituição financeira por pessoas humildes de uma mesma família que podem não ter idéia do que estavam fazendo ao sacar os dólares. A PF pretende localizar na próxima semana os sacadores para tomar seus depoimentos. Também deverão ser chamados a prestar esclarecimentos os proprietários da corretora. O nome da empresa está sendo mantido em sigilo para não prejudicar a apuração do caso.
No relatório parcial encaminhado anteontem (20) à Justiça Federal, o delegado Diógenes Curado afirma não ter condições de afirmar qual a origem dos R$ 1,1 milhão, além do montante em dólares, que seriam usados na negociação.
Dossiê: Mercadante isenta Carvalho e Dirceu
Candidato derrotado ao governo de São Paulo, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) disse ontem (21) não acreditar que o chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu tenham participado da negociação do dossiê contra o seu adversário, o governador eleito José Serra (PSDB).
Mercadante foi veemente ao defender o chefe de gabinete de Lula. "É evidente que o Gilberto Carvalho não tem participação nisso (dossiê). Ele é um homem sério. O papel dele como chefe de gabinete é informar os fatos que ocorrem no país, e esse é o fato mais relevante do momento. Ele deve ter ido buscar a informação", disse Mercadante. Investigações da Polícia Federal identificaram duas ligações de Carvalho no dia 15 de setembro para o ex-coordenador do setor de inteligência da campanha de Lula, Jorge Lorenzetti.
Ele é apontado pelo relatório parcial da Polícia Federal como "a pessoa que articulou no âmbito nacional a compra do dossiê". O relatório apontou também conversa telefônica entre Lorenzetti e Dirceu.
O senador disse que o telefonema não caracteriza nenhum envolvimento. "Vamos aguardar a apuração do caso", ponderou Mercadante. O advogado de José Dirceu, José Luis de Oliveira Lima, confirmou a ligação do ex-ministro para Lorenzetti, mas assim como Dirceu, negou que a conversa tenha sido a respeito do dossiê.
Mercadante deve ser ouvido na próxima fase do inquérito da PF que apura o caso. Ele alega que não sabia do envolvimento de Hamilton Lacerda, seu ex-assessor parlamentar e ex-coordenador de campanha, com a operação abortada pela Polícia Federal.
MP insiste em devassa sobre contas de Freud
A Procuradoria da República vai ampliar a devassa sobre os negócios do ex-assessor da Presidência Freud Godoy, apontado inicialmente como um dos negociadores da compra do dossiê contra tucanos. O procurador federal Mário Lúcio Avelar, que investiga o caso, voltou a pedir anteontem (20) à Justiça autorização para quebrar o sigilo bancário de Simone Messenguer Pereira Godoy, mulher e sócia do ex-assessor especial em duas empresas que prestam serviços no setor de segurança.
As empresas do casal mantêm negócios com o PT para varredura de linhas telefônicas e atendimento pessoal ao presidente quando ele está em São Bernardo do Campo. Segundo o procurador, a quebra se tornou necessária desde que se descobriu a existência de um depósito de R$ 396 mil numa conta do investigado. A transação ocorreu 10 dias antes da prisão, em São Paulo, de Gedimar Passos e Valdebran Padilha. Os dois estavam com a dinheirama do PT - R$ 1,75 milhão.
Em relatório parcial entregue à Justiça anteontem, o delegado da Polícia Federal que apura o caso disse que ainda não há provas de que o ex-assessor do presidente tenha participado da negociação do dossiê. Anteontem, acolhendo pedido do procurador, o juiz Jefferson Schneider, da 2ª Vara Federal em Mato Grosso, decretou a quebra do sigilo de Freud e de Hamilton Lacerda, ex-coordenador da campanha do senador do PT Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo.
O juiz, porém, não permitiu que fossem vasculhadas as aplicações em Bolsa de Freud nem a movimentação bancária das empresas dele e de Simone Godoy. Mário de Avelar não gostou da restrição e, por isso, decidiu reiterar o pedido ao juiz Schneider. Freud está na mira da PF e do Ministério Público Federal desde que Gedimar Passos, ex-agente federal, o acusou de comandar a trama do dossiê. Gedimar, porém, voltou atrás na acusação posteriormente.
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