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Gosto amargo do pão

Congresso em Foco

2/10/2015 | Atualizado 23/10/2015 às 0:52

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Junji Abe * Apesar de parecer distante do cotidiano do brasileiro, a escalada das cotações do dólar influi muito mais do que se imagina na vida do cidadão comum. Na verdade, o gosto amargo da supervalorização da moeda americana frente ao Real já será percebida no pão nosso de cada dia. O setor de panificação estima que os reajustes de pães e massas apareçam nos próximos 30 dias, conforme novas encomendas de trigo forem chegando. Mais da metade da farinha de trigo consumida no Brasil é importada e, assim como o frete para trazê-la, tem preço cotado na moeda americana. Cerca de 45% do preço do pão é referente ao custo da farinha de trigo e frete. Outros alimentos, como biscoitos e massas, têm aproximadamente 60% dos seus custos atrelados ao dólar. Muitas outras matérias primas, além de fertilizantes e insumos para lavouras, são importados. Soja, café, açúcar, milho e carne são exemplos de produtos daqui que têm seus preços amarrados ao dólar. Se está valorizado, o produtor prefere exportar. E cobrará mais caro para manter esses alimentos no Brasil. Aliás, com a alta nos preços dos combustíveis, tudo o que depende de transporte subirá junto. Há outro setor extremamente sensível à flutuação do câmbio: o farmacêutico. Mais de 95% das matérias primas para medicamentos são importadas. Ao longo do mês, já começarão a minguar os descontos oferecidos pelas farmácias para remédios. Artigos de higiene e limpeza, além de cosméticos, estão bem mais caros e deverão subir mais. Já os preços dos medicamentos são controlados pelo governo e reajustados uma vez por ano. Estima-se reajuste de 9% em 2016. Até lá, empresas terão de absorver os custos, podando descontos e demitindo pessoal. Em resumo, a alta do dólar puxa ainda mais a inflação. E quem paga a conta pela economia enfraquecida é o consumidor, que já vem sofrendo com a perda do seu poder de compra. O panorama reflete o desequilíbrio fiscal vigente no Brasil, com um governo que gasta muito mais do que arrecada - insistindo em aumentar impostos - e não consegue convencer os investidores de uma solução sustentável em um futuro próximo. Oremos pelo pão nosso de cada dia, com sabor que caiba no bolso! * Líder rural, foi deputado federal pelo PSD-SP (2011-2015) e prefeito de Mogi das Cruzes (2001-2008). Mais sobre crise econômica
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