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Congresso em Foco
30/3/2015 10:15
 [fotografo]José Cruz/ABr[/fotografo][/caption]Referência histórica do PT, amigo pessoal do ex-presidente Lula há três décadas e ex-vizinho da presidenta Dilma em Belo Horizonte, Frei Betto divulgou um manifesto, durante a campanha eleitoral, com 13 motivos para votar na reeleição da petista. Três meses após a posse da presidenta reeleita, o religioso demonstra decepção com Dilma e o PT e diz que as 13 razões não foram abraçadas pela presidenta, a quem acusa de ter montado um "ministério esdrúxulo".
Para ele, o país assiste ao começo do fim do Partido dos Trabalhadores, que tende a virar um "arremedo" do PMDB. Em entrevista à coluna de Sônia Racy, no jornal O Estado de S. Paulo, Frei Betto diz que o PT só tem uma saída: ser fiel às suas origens e buscar a governabilidade pelo estreitamento de seus vínculos com os movimentos sociais. "Fora disso, tenho a impressão de que estamos começando a assistir ao começo do fim. Pode até perdurar, mas o PT tende a virar um arremedo do PMDB", criticou.
Ex-coordenador do Fome Zero no início do primeiro governo Lula, o religioso diz que, em 12 anos de governo, o PT não conseguiu tirar do papel nenhuma reforma de estrutura prometida em seus documentos originais, trocou um "projeto de Brasil" por um "projeto de poder", jogou os movimentos sociais para escanteio e ficou refém e dependente de "alianças espúrias" com o Congresso.
Na avaliação dele, o atual governo subverte a história do PT e se aproxima do receituário tucano: "Quem assistiu ao filme Adeus, Lenin! pode fazer o seguinte paralelo: se um cidadão brasileiro, disposto a votar na reeleição da Dilma, tivesse entrado em agonia no início de agosto de 2014 e despertasse agora, neste mês de março, no hospital e visse o noticiário, certamente estaria convencido de que o Aécio havia vencido a eleição".
Para Frei Betto, o atual governo opera em função de um "detalhe", o ajuste fiscal, e não de um "projeto histórico". O religioso diz que, "apesar de todos os pesares - põe pesares nisso", o Brasil viveu nos 12 anos de governo do PT os melhores anos de sua história republicana na área social, com a retirada da miséria de 36 milhões de pessoas. O problema, afirma, é que a população, mesmo tendo hoje maior acesso aos bens de consumo, continua sem ter acesso aos serviços básicos. "Essa família continua no barraco, sem saneamento, em um emprego precário, sem acesso a saúde, educação, transporte público e segurança de qualidade. O governo facilitou o acesso dos brasileiros aos bens pessoais, mas não aos bens sociais", declarou.
Ainda na entrevista, o religioso questiona onde estão os líderes do PT que visitavam as favelas e periferias, que participavam de assembleia de sem-teto e se reuniam com lideranças indígenas e quilombolas. Frei Betto dá como certo que Lula será o candidato do PT à Presidência em 2018, mas diz que nem mesmo a volta do ex-presidente é capaz de mudar o cenário. "O problema é o rumo que o partido tomou e imprimiu ao governo do Brasil."
Veja a íntegra da entrevista de Frei Betto ao Estadão
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[fotografo]José Cruz/ABr[/fotografo][/caption]Referência histórica do PT, amigo pessoal do ex-presidente Lula há três décadas e ex-vizinho da presidenta Dilma em Belo Horizonte, Frei Betto divulgou um manifesto, durante a campanha eleitoral, com 13 motivos para votar na reeleição da petista. Três meses após a posse da presidenta reeleita, o religioso demonstra decepção com Dilma e o PT e diz que as 13 razões não foram abraçadas pela presidenta, a quem acusa de ter montado um "ministério esdrúxulo".
Para ele, o país assiste ao começo do fim do Partido dos Trabalhadores, que tende a virar um "arremedo" do PMDB. Em entrevista à coluna de Sônia Racy, no jornal O Estado de S. Paulo, Frei Betto diz que o PT só tem uma saída: ser fiel às suas origens e buscar a governabilidade pelo estreitamento de seus vínculos com os movimentos sociais. "Fora disso, tenho a impressão de que estamos começando a assistir ao começo do fim. Pode até perdurar, mas o PT tende a virar um arremedo do PMDB", criticou.
Ex-coordenador do Fome Zero no início do primeiro governo Lula, o religioso diz que, em 12 anos de governo, o PT não conseguiu tirar do papel nenhuma reforma de estrutura prometida em seus documentos originais, trocou um "projeto de Brasil" por um "projeto de poder", jogou os movimentos sociais para escanteio e ficou refém e dependente de "alianças espúrias" com o Congresso.
Na avaliação dele, o atual governo subverte a história do PT e se aproxima do receituário tucano: "Quem assistiu ao filme Adeus, Lenin! pode fazer o seguinte paralelo: se um cidadão brasileiro, disposto a votar na reeleição da Dilma, tivesse entrado em agonia no início de agosto de 2014 e despertasse agora, neste mês de março, no hospital e visse o noticiário, certamente estaria convencido de que o Aécio havia vencido a eleição".
Para Frei Betto, o atual governo opera em função de um "detalhe", o ajuste fiscal, e não de um "projeto histórico". O religioso diz que, "apesar de todos os pesares - põe pesares nisso", o Brasil viveu nos 12 anos de governo do PT os melhores anos de sua história republicana na área social, com a retirada da miséria de 36 milhões de pessoas. O problema, afirma, é que a população, mesmo tendo hoje maior acesso aos bens de consumo, continua sem ter acesso aos serviços básicos. "Essa família continua no barraco, sem saneamento, em um emprego precário, sem acesso a saúde, educação, transporte público e segurança de qualidade. O governo facilitou o acesso dos brasileiros aos bens pessoais, mas não aos bens sociais", declarou.
Ainda na entrevista, o religioso questiona onde estão os líderes do PT que visitavam as favelas e periferias, que participavam de assembleia de sem-teto e se reuniam com lideranças indígenas e quilombolas. Frei Betto dá como certo que Lula será o candidato do PT à Presidência em 2018, mas diz que nem mesmo a volta do ex-presidente é capaz de mudar o cenário. "O problema é o rumo que o partido tomou e imprimiu ao governo do Brasil."
Veja a íntegra da entrevista de Frei Betto ao Estadão
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