Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
9/9/2014 | Atualizado 10/9/2014 às 12:51
[fotografo]ABr[/fotografo][/caption]
A primeira turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou nesta terça-feira (9) recurso apresentado pela defesa do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (PR). Os ministros decidiram rejeitar o pedido para suspender os efeitos da condenação de Arruda por improbidade administrativa. Ele está na disputa pelo Palácio do Buriti e aparece em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, mas, por conta da condenação, foi barrado com base na lei da Ficha Limpa. Com a suspensão pelo STJ, a Justiça eleitoral poderia voltar atrás e liberar a candidatura.
A defesa de Arruda argumentou que o juiz Álvaro Ciarlini, atuante na primeira instância, foi tido como suspeito para atuar no caso quando o STJ analisava um pedido de suspeição apresentado por outro envolvido na Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal (PF), que desbaratou o "mensalão do DEM". Os advogados alegaram que a suspeição do magistrado também deveria valer para Arruda.
O Ministério Público argumentou que os processos são distintos e que a condenação foi confirmada por desembargadores. Ciarlini teria atuado com parcialidade no processo contra o ex-deputado distrital Leonardo Prudente, daí a suspeição.
Relator do recurso, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho votou a favor de Arruda. Os ministros Benedito Gonçalves, Regina Costa e Sérgio Kukina se posicionaram contra o pedido do ex-governador.
O caso
Em dezembro de 2013, Arruda foi condenado em primeira instância por improbidade administrativa, por decisão de Ciarlini. Em junho deste ano, o TJDFT marcou o julgamento em segunda instância. A defesa recorreu ao STJ e conseguiu a suspensão da apreciação do caso pelo TJDFT até que houvesse uma decisão definitiva sobre a alegada suspeição de Ciarlini.
Em 5 de julho, o então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, derrubou a decisão do STJ e determinou a realização do julgamento pelo TJDFT, que, em 9 de julho, manteve a condenação do candidato do PR.
Justiça eleitoral
A defesa de Arruda ataca em outra frente. Hoje à noite, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve analisar embargos de declaração contra decisão da corte, que, no último dia 26, confirmou entendimento do Tribunal Regional Eleitoral, indeferindo a candidatura de Arruda.
O "mensalão do DEM" consistia em compra de apoio político para a candidatura do próprio Arruda ao governo do DF, em 2006, com recursos oriundos de contratos de informática do Executivo distrital. Arruda, que foi filmado recebendo dinheiro ilícito, chegou a ser preso. Na campanha, ele vem repetindo ser vítima de um golpe que teria como um dos mentores o petista Agnelo Queiroz, atual governador do DF que disputa a reeleição.
A defesa alega que o ex-governador não pode ser enquadrado na lei da Ficha Limpa e, consequentemente, ser considerado inelegível porque o julgamento em segunda instância - no TJDFT - ocorreu após a apresentação do pedido de registro de candidatura à Justiça eleitoral. Ainda cabe recurso ao STF.
Mais sobre Ficha Limpa Mais sobre eleições 2014 Assine a Revista Congresso em Foco
Temas
Compliance Zero
Marido de Flávia Arruda é preso em operação da Polícia Federal
Operação Compliance Zero
LINGUAGEM SIMPLES
Lula sanciona lei que proíbe linguagem neutra no serviço público
DIREITOS DO CONSUMIDOR
Erika Hilton pede investigação sobre esgotamento de ingressos da F1