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Com "misturador de voz" no Planalto, Temer descumpre promessa de gravar reuniões oficiais

Congresso em Foco

19/7/2017 | Atualizado às 20:52

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[fotografo]Marcos Corrêa/PR[/fotografo]

Telefonemas e conversas de Temer e auxiliares colocaram governo em xeque

  À época das denúncias do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, que pediu demissão do governo em novembro, o presidente Michel Temer disse que tomaria providências para impedir gravações de conversas - principalmente as registradas no Palácio do Planalto - que poderiam resultar em problemas para seus ministros e auxiliares - foi justamente uma interceptação de áudio que, feita por Calero e levada a Temer, levou à queda do então ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira, instalando uma das primeiras graves crise da gestão peemedebista. Oito meses depois, Temer não só descumpriu a promessa como determinou algo com propósito inverso, como revelou nesta quarta-feira (19) o jornalista Gerson Camarotti (Globonews) em seu blog: a instalação, no gabinete presidencial, de um aparelho conhecido como "misturador de voz", cuja função é embaralhar o conteúdo de diálogos gravados por telefone celular e demais equipamentos eletrônicos. Ex-ministro diz que deixou Cultura porque Geddel o pressionou a liberar obra "Estou pensando até, com toda franqueza, em pedir ao Gabinete de Segurança Institucional que grave, publicamente, todas as audiências do presidente da República. [...] Vou examinar esta hipótese", cogitou Temer em 27 de novembro, sem voltar a tocar no assunto ou tirar a ideia do discurso nos meses que se seguiram. Temer fez justamente o oposto. No Palácio do Jaburu, por exemplo, mandou instalar detectores de dispositivos eletrônicos de gravação no local - um espaço subterrâneo do palácio presidencial - em que recebeu o empresário Joesley Batista, um dos donos do Grupo JBS. Delator do esquema que levou Temer a ser o primeiro presidente denunciado por corrupção, no exercício do mandato, em toda a história do Brasil, Joesley foi recebido pelo peemedebista poucos antes da meia-noite de 7 de março deste ano, sem registro na agenda oficial, e conseguiu gravar Temer mesmo diante das restrições providenciadas pela equipe presidencial. Segundo Joesley, o próprio Geddel comentou sobre o bloqueador de dispositivos, permitindo-lhe a prevenção de usar um equipamento não detectável. O caso Calero, que lançou luz sobre a movimentação da cúpula do Planalto nos bastidores, não parece ter servido de alerta ou exemplo para Temer. Segundo Camarotti, o fator Joesley é que mereceu providências do staff palaciano, na contramão dos preceitos de transparência que regem a administração pública. "O aparelho emite uma frequência sonora que danifica as vozes gravadas na conversa. Quem tenta ouvir a gravação, percebe somente um chiado e não consegue entender o que foi dito. Outras unidades do misturador também foram instaladas nos gabinetes dos ministros. A decisão de instalar o aparelho foi tomada em razão de o presidente ter sido gravado pelo empresário Joesley Batista [...] no Palácio do Jaburu (residência oficial da Vice-Presidência)", escreve o jornalista. Sexto ministro a deixar o governo, mas o primeiro do núcleo palaciano, Geddel chegou a ser preso em desdobramentos da Operação Lava Jato. Um dos principais aliados de Temer, que ficou abalado com as denúncias contra o colega e se refugiou na pauta do Congresso, o ministro da Secretaria de Governo foi acusado de pressionar Calero para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) autorizasse a construção de um residencial em uma área nobre tomada em Salvador. Em depoimento à Polícia Federal (PF), Calero também afirmou - em versão confirmada por Temer -, ter conversado sobre o caso com o presidente da República, que não tomou providências imediatas ao ouvir o relator do ex-ministro da Cultura. "É a hora de sair", diz Geddel em carta para Temer Recesso O assunto vem à tona novamente no momento em que, em meio ao recesso parlamentar, Temer usufrui a  trégua oposicionista forçada no Congresso, com um respiro de 15 dias aproveitado pelo governo para buscar mais apoio em uma base aliada já não tão confiável. Denunciado por corrupção passiva, o peemedebista agora tenta barrar a consecução desse processo no plenário da Câmara, depois de trocar membros, liberar emendas e negociar cargos em troca de votos contra a denúncia na Comissão de Constituição e Justiça. Mas no passo seguinte à circunstancial vitória da última quinta-feira (13), quando teve 40 votos a 25 depois das manobras, o desafio do governo passa a ser a adesão de ao menos 172 votos (entre 513 possíveis) em seu favor, em votação marcada para começar em 2 de agosto. Nesse dia, o voto será declarado às claras, com transmissão ao vivo (inclusive pela Rede Globo, que já anunciou a decisão) na TV aberta e registro nominal do votação, o que tem outro efeito em ano pré-eleitoral. A transparência dos procedimentos na Câmara, ao menos nessa atividade de plenário, não se verifica agora nas dependências do Planalto, que também manteve o silêncio sobre a instalação do dispositivo para gravar conversas. "Quem entra no gabinete presidencial é obrigado a deixar o celular do lado de fora, justamente para evitar algum tipo de gravação. Mas, diante dos últimos episódios, a segurança foi reforçada. Em tempo: um parlamentar que usa aparelho auditivo entrou no gabinete de Temer e reclamou muito de um ruído sonoro. O presidente não soube explicar ao aliado a origem do barulho. Só depois Temer foi alertado que o 'misturador de voz' provoca interferência também em aparelhos para audição", acrescenta o jornalista das Organizações Globo. Conheça o luxuoso prédio pivô da saída de Calero e da denúncia contra Geddel Conheça a trajetória de Geddel Vieira Lima, homem forte do governo Temer preso pela Polícia Federal
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