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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Wilson Lima
15/8/2015 | Atualizado 16/8/2015 às 11:28
[fotografo]Marcelo Camargo/Agência Brasil[/fotografo][/caption]O Brasil volta às ruas, neste domingo (16), para mais uma série de protestos e mobilizações contra o governo Dilma Rousseff convocadas pelas redes sociais. A expectativa é que os protestos, que serão iniciados por volta das 8h, ocorram em aproximadamente 270 cidades brasileiras e estrangeiras.
Entretanto, apesar de uma maior organização em comparação com os dois primeiros protestos realizados contra o governo federal no início de ano (março e abril), os articuladores ainda demonstram interesses difusos, formas de lutas distintas e reivindicações díspares.
O movimento considerado mais radical entre aqueles que lideram os protestos é o Revoltados Online. Idealizado pelo paulista Marcello Cristiano Reis, seus militantes afirmam que a luta contra o governo federal é uma disputa entre "o bem" e "o mal". Fazem parte da autodeclarada "corrente do bem" integrantes do Revoltados Online e pessoas alinhadas ao PSDB e ao DEM. Para eles, os adversários são petistas e militantes de outros partidos de esquerda.
Marcello Reis alega ter gastado cerca de R$ 40 mil em atos contra Dilma sem ajuda de partidos políticos. O grupo luta explicitamente pelo impeachment da presidente da República, embora não defenda um intervencionismo militar. A comunidade Revoltados Online já recebeu 933 mil curtidas no Facebook.
"Não tem essa de radicalismo porque não nos utilizamos de violência [física]. Nós apenas cobramos o nosso direito. Temos deveres a cumprir e estamos cobrando apenas os nossos direitos. Apenas aquilo que está dentro da lei", disse Marcelo. "Eu não simpatizo muito com a cor vermelha, não me veste bem. Meu sangue é roxo. Melhor, acho que tenho sangue azul. Original", ironizou.
Ele afirma que atualmente está sem emprego após ser demitido, no ano passado, de uma empresa de comunicação por ter sido acusado pelo deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) de integrar um grupo neonazista. Atualmente, Marcelo diz que está "1000%" dedicado ao Revoltados Online. Ele também pensa em instituir uma fundação homônima para captar recursos para sua própria sobrevivência e a do grupo. "Estou vivendo até o momento da rescisão de contrato do meu antigo emprego", disse.
Brasil Livre
Já o Movimento Brasil Livre se denomina uma entidade apartidária que tem como objetivo mobilizar cidadãos em favor de uma "sociedade mais livre, justa e próspera". Nos protestos deste fim de semana, o MBL também defende o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O grupo, porém, é considerado menos radical que o Revoltados Online. Em sua apresentação, o movimento também "defende a liberdade de imprensa, eleições livres e idôneas, separação de poderes, liberdade econômica e o fim da corrupção e dos subsídios direitos e indiretos a ditaduras".
[caption id="attachment_205521" align="alignleft" width="365" caption="Em visita na Câmara, Kim Kataguiri tietou com Eduardo Bolsonaro (E) e Feliciano (D)"]
[fotografo]Divulgação / Facebook Revoltados Online[/fotografo][/caption]Fundado pelo empresário Rogerio Chequer, de 46 anos, o grupo critica os gastos públicos em sua página na internet. "O governo gasta mal, os políticos roubam e desviam quantias vultuosas de dinheiro, e a população que paga o pato? Não. A conta de todos esses anos chegou e ela não é nossa".
A pauta de reivindicação é mais centrada em aspectos pragmáticos, como a apuração da responsabilidade da presidente Dilma no atraso proposital de repasses de recursos públicos a bancos para o pagamento de benefícios sociais, as chamadas "pedaladas fiscais". Eles também querem a intensificação das investigações da Operação Lava Jato e dão total apoio à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Federal (MPF).
Mesmo mais alinhado à direita, o movimento Vem Pra Rua também se considera crítico ao ajuste fiscal proposto pelo governo federal.
Usando as hashtags #LulaNuncaMais e #ForaCorruptos, o Vem Pra Rua, que tem 600 mil curtidas no Facebook, tem a expectativa de que o ex-presidente Lula e Dilma sejam responsabilizados por seus atos de gestão.
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