Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
8/5/2015 | Atualizado às 12:18
 [fotografo]Marcelo Casal Jr./Agência Brasil[/fotografo][/caption]O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega obstruiu a divulgação de cálculo encomendado pela Petrobras, cujo conselho administrativo ele presidiu até março, que revelou perdas patrimoniais de R$ 88,6 bilhões da estatal. Mantega contestou o cálculo, elaborado pela consultoria Deloitte e pelo banco BNP Paribas, dizendo se tratar de uma "temeridade". Em reunião do colegiado realizada em 27 de janeiro, a então presidente da petrolífera, Graça Foster, discordou frontalmente do ex-ministro, alegando que a informação deveria ser conhecida pelo mercado - como o foi posteriormente.
As informações estão em manchete do jornal Folha de S.Paulo desta sexta-feira (8), assinada pelos repórteres Andréia Sadi, Rubens Valente e Raquel Landim. A reportagem diz que a posição de Graça Foster contrariou a presidenta Dilma Rousseff e lembra que, pouco tempo depois da reunião do conselho de administração em que houve a divergência com Mantega, a executiva foi substituída por Aldemir Bendine no comando da Petrobras.
A Folha diz ter conseguido acesso ao áudio em que Mantega e Foster discutem sobre o cálculo sobre as perdas patrimoniais. "Acho uma temeridade divulgar esse número. Vai afetar o nosso rating [classificação de risco], custo financeiro, a solidez da empresa por algo de que não temos certeza. Cria a possibilidade de que a Petrobras tenha um endividamento muito maior em relação a seu patrimônio", diz Mantega, nos registros de áudio.
A reunião durou cerca de oito horas, diz o jornal. Graça Foster fez questão de divulgar a informação ao mercado e contou com a adesão de representantes dos acionistas minoritários. Segundo a reportagem, a então presidente da Petrobras temia vir a ser responsabilizada por omitir informações financeiras referentes à empresa.
"E se a CVM [Comissão de Valores Mobiliários] me pergunta sobre esses números? Se existe, por que não divulgaram? Quem está escondendo esse número? De quem é a responsabilidade? Da diretoria ou do conselho [de administração]?", questiona Graça, preocupada com a possibilidade de vazamento de informações, uma vez que "mais de cem pessoas tiveram acesso" ao cálculo. Mantega respondeu que a Petrobras fazia diversos relatórios, nem todos revelados.
"A proposta da diretoria da Petrobras na época não era reconhecer os R$ 88,6 bilhões em perdas no balanço da empresa, mas explicar o cálculo em uma nota explicativa. Quando finalmente divulgou seu balanço três semanas atrás, a estatal desprezou esse valor e admitiu ter perdido R$ 44,6 bilhões em patrimônio, principalmente pela má gestão e pela corrupção na construção de refinarias", diz trecho da reportagem.
Leia a íntegra
Mais sobre Petrobras
Mais sobre economia brasileira
[fotografo]Marcelo Casal Jr./Agência Brasil[/fotografo][/caption]O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega obstruiu a divulgação de cálculo encomendado pela Petrobras, cujo conselho administrativo ele presidiu até março, que revelou perdas patrimoniais de R$ 88,6 bilhões da estatal. Mantega contestou o cálculo, elaborado pela consultoria Deloitte e pelo banco BNP Paribas, dizendo se tratar de uma "temeridade". Em reunião do colegiado realizada em 27 de janeiro, a então presidente da petrolífera, Graça Foster, discordou frontalmente do ex-ministro, alegando que a informação deveria ser conhecida pelo mercado - como o foi posteriormente.
As informações estão em manchete do jornal Folha de S.Paulo desta sexta-feira (8), assinada pelos repórteres Andréia Sadi, Rubens Valente e Raquel Landim. A reportagem diz que a posição de Graça Foster contrariou a presidenta Dilma Rousseff e lembra que, pouco tempo depois da reunião do conselho de administração em que houve a divergência com Mantega, a executiva foi substituída por Aldemir Bendine no comando da Petrobras.
A Folha diz ter conseguido acesso ao áudio em que Mantega e Foster discutem sobre o cálculo sobre as perdas patrimoniais. "Acho uma temeridade divulgar esse número. Vai afetar o nosso rating [classificação de risco], custo financeiro, a solidez da empresa por algo de que não temos certeza. Cria a possibilidade de que a Petrobras tenha um endividamento muito maior em relação a seu patrimônio", diz Mantega, nos registros de áudio.
A reunião durou cerca de oito horas, diz o jornal. Graça Foster fez questão de divulgar a informação ao mercado e contou com a adesão de representantes dos acionistas minoritários. Segundo a reportagem, a então presidente da Petrobras temia vir a ser responsabilizada por omitir informações financeiras referentes à empresa.
"E se a CVM [Comissão de Valores Mobiliários] me pergunta sobre esses números? Se existe, por que não divulgaram? Quem está escondendo esse número? De quem é a responsabilidade? Da diretoria ou do conselho [de administração]?", questiona Graça, preocupada com a possibilidade de vazamento de informações, uma vez que "mais de cem pessoas tiveram acesso" ao cálculo. Mantega respondeu que a Petrobras fazia diversos relatórios, nem todos revelados.
"A proposta da diretoria da Petrobras na época não era reconhecer os R$ 88,6 bilhões em perdas no balanço da empresa, mas explicar o cálculo em uma nota explicativa. Quando finalmente divulgou seu balanço três semanas atrás, a estatal desprezou esse valor e admitiu ter perdido R$ 44,6 bilhões em patrimônio, principalmente pela má gestão e pela corrupção na construção de refinarias", diz trecho da reportagem.
Leia a íntegra
Mais sobre Petrobras
Mais sobre economia brasileiraTags
Temas
Câmara dos Deputados
Comissão debate isenção de registro para professor de educação física
SEGURANÇA PÚBLICA
Derrite assume relatoria de projeto que trata facções como terroristas