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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Edson Sardinha
12/3/2014 | Atualizado às 21:08
[fotografo]Wilson Dias/ABr[/fotografo][/caption]A insatisfação com a condução política do governo Dilma afastou mais um partido da base aliada. Nesta quarta-feira (12), o PSC decidiu tornar-se bancada "independente" em relação ao Planalto. Não vai mais enviar representantes às reuniões da base governista na Câmara e no Senado, o que, na prática, significa um desembarque da aliança com o PT. "Não haverá oposição pela oposição. Se o governo entender que deve nos convidar, vamos estar à disposição", disse o líder do partido na Câmara, André Moura (SE). Até então o PSC era presença certa nos encontros. "Ninguém quer saber da Dilma, não, a gente quer cair fora", explicitou outro deputado do PSC.
Hoje, a bancada do partido no Congresso, formada por 14 deputados e um senador, debateu a portas fechadas os problemas da aliança por cerca de uma hora. O líder André Moura adota uma postura amistosa, mas deputados do PSC dizem que a intenção é romper com Dilma. Eles afirmam, no entanto, que a posição não tem qualquer relação com a declaração de "independência" do PMDB.
O PSC faz parte do chamado blocão, liderado pelo PMDB e outros partidos que se declaram agora independentes em relação ao governo Dilma, como o PR e o PTB. Ontem (11) a bancada na Câmara já fez coro com a oposição, ao votar a favor da criação da comissão externa que vai apurar denúncias de corrupção envolvendo funcionários da Petrobras.
Outro gesto que revela a ruptura da aliança com Dilma é a barreira imposta à formação de alianças nos estados. Nas últimas eleições, quase todos os candidatos do PSC formam aliados regionais do PT. Em fevereiro deste ano, a Executiva Nacional publicou uma resolução em que orienta os diretórios regionais a lançar candidaturas próprias e formar chapas completas. A definição de coligações com outras legendas deve, obrigatoriamente, passar pela aprovação dos membros da Executiva. A meta é eleger 30 deputados federais em outubro.
O documento ainda prevê punição para quem se negar a fazer campanha para os candidatos do PSC ou apoiar candidatos federais de outras legendas, sob risco de perder o registro de candidatura ou, no caso de vereadores, prefeitos e vice-prefeitos, responder a processos de expulsão do partido com imediata perda do mandato.
O partido, que ganhou maior visibilidade no ano passado com as polêmicas envolvendo o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), pretende lançar o pastor Everaldo à Presidência da República. Na primeira pesquisa divulgada pelo Datafolha com o nome do religioso, há duas semanas, o pré-candidato do partido aparece com 3% das intenções de voto, atrás de Dilma (PT), Aécio (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Pastor da Assembleia de Deus, Everaldo Pereira é vice-presidente nacional do PSC, pai do deputado Filipe Pereira (PSC-RJ) e é quem manda de fato no partido.
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