como a do petróleo, e a entrega das riquezas do País e um "endurecimento" do regime, da ditadura dos banqueir os e grandes monopólios contra a população.
7.6Diante dessa situação, o Partido da Causa Operá ria considera como uma questão central na atual etapa a luta por uma verdadeira Assembleia Constituinte.
7.7O choque entre as enormes manifestações de rua ocorridas neste ano e o aparato policial e judiciár io do Estado mostrou que uma verdadeira ditadura está em pleno v igor no Brasil. Protestar tornou-se um crime, e atitudes que desafiam nas ruas a força do Estado policial, e as arbitrariedades do Judiciário, foram transformadas em um verdadeiro at entado contra a democracia de fachada em que vivemos.
7.8Casos como o de Amarildo e Claúdia (no RJ) - am bos negros - assassinados PM, as UPP's, mos massacres dossem-terra, evidenciam os métodos de terror que o atual regime usam contra a população pobre, de maioria negra no País.
7.9É preciso uma Assembleia Nacional Constituintepara fazer o que a Constituição de 88 não fez: dissolver já a polícia militar; desmantelar todo o aparato repressivo, garantir a eleição de juízes e promotores em todos os níveis pelo voto popular.
7.10É preciso lutar por Constituinte de verdade para fazer uma reforma agrária de verdade: pondo fim ao latifú ndio e garantindo terra para quem nela trabalha; confiscando o latifúndio e distribuindo as terras aos pequenos pr odutores. Essas e outras conquistas só podem advir da mobilização dos trabalhadores na cidade no campo.
7.11A mobilização pela constituinte deve esclarecer a necessidade de por fim da arbitrariedade e do controle do Estado por uma minoria direitista, como ficou também evidente no julgamento do "mensalão" e na prisão dos dirigen tes do PT sem provas mostra que, apesar de estar no governo há 10 anos, não é o PT quem realmente dá as cartas na pol ítica nacional.
7.12Trata-se de lutar por uma verdadeira Assembleia Constituinte para aprovar uma nova Constituição, que seja a base de uma reformulação radical do regime político brasileiro, a qual deve estar apoiada necessariamente na população trabalhadora, a classe operária, os trabalhadores d o campo e demais setores oprimidos pelos capitalistas brasileiros e imperialistas. Para isso, a Assembleia Nacional Constituinte, democrática e soberana não pode ser conduzida pelos partidos que estão aí desde a época da ditadura, nã o pode se realizar sem que se acabe com o monopólio da imprensa cartelizada de direita; sem que se acabe com o controle dos bancos sobre a economia nacional; sem que haja plena liberdade de organização partidária e que sejam desmanteladas as forças de repressão como a Polícia Militar.
7.13Nessas condições nossa luta é por uma Assembleia Constituinte onde as organizações sociais estejam representadas.
8.O Programa do PCO, para as eleições e para as lutas dos
trabalhadores SALÁRIO, TRABALHO E TERRA
(Pontos Centrais / Plataforma de Lutas)
8.1. Não ao salário mínimo de fome, por um salário mínimo vital de R$ 3.500,00
8.1.1O salário mínimo brasileiro é um dos mais baixos do mundo.Mesmo com propaganda enganosa afirma que Brasil virou país desenvolvido e seria até a 6ª. economiamundial, nosso salário mínimo não chega a 20% do valor pago nos países imperialistas. É uma fonte de superlucros para os capitalistas que argumentam que não podem pagar mai s simplesmente porque não querem perder os seus imens os privilégios sociais. Para impor o salário mínimo de fome.
8.1.2Ao contrário desses dos países desenvolvidos, no Brasil, o salário mínimo é uma referência fundament al para a
classe trabalhadora, uma vez que ele sequer chega a ser um salário mínimo, no sentido de que milhões de trabal hadores têm vencimentos inferiores ao seu minúsculo valor: um em cada quatro trabalhadores, 25% da força de trabalho nacional ou cerca de 26 milhões de pessoas (incluindo milhõe s de servidores públicos) têm "salários" inferiores a mi serável valor do "salário mínimo".
8.1.3 A situação fica ainda mais grave quando se considera que 70% dos trabalhadores recebem ao equivalente a três vezes o valor do salário mínimo (cerca de R$ 2172), um total que não chega a se equiparar a um salário mín imo pago em qualquer dos países ricos. Esta situação serve para evidenciar quem esta sustentando a "estabilidade" d a economia brasileira e o colossal enriquecimento de um punhado de monopólios (estrangeiros, na maioria dos casos) em nosso País: a classe trabalhadora que recebe um dos menores salários do mundo.
8.1.4A realidade é que enquanto a produção de altos lucros para os banqueiros e um punhado de monopólios cresceu significativamente nas últimas décadas no País, à custa da expropriação dos salários e empregos de mi lhões e do assalto aos cofres públicos (roubo dos orçamentos constituídos pelos impostos pagos pelos trabalhadores), o salário mínimo e a média salarial dos brasileiros, nem de longe se aproximou do valor recebido e do poder de compra do salário mínimo dos países desenvolvidos.
8.1.5Contra esta farsa e em defesa do valor da força de trabalho da classe operária brasileira, é preciso - mais do que nunca - levantar a reivindicação de que os capitalistas e o governo que apregoam que o Brasil chegou ou está ch egando ao primeiro mundo e detendo um dos maiores PIB (Produto Interno Bruto) do planeta, paguem à ao trabalhador brasileiro o valor devido da sua força de trabalho, ou seja, aquele que deve ser suficiente para atender as necessidade do trabalhador e de sua família e que hoje não poderia ser de menos de R$ 3.500.
8.1.6Por uma campanha nacional em defesa de um salário mínimo do 1º. Mundo. Por um salário mínimo vital que corresponda às necessidades básicas de uma família trabalhadora, suficiente para alimentação, moradia, saúde, educação, higiene pessoal, transporte, lazer, vestu ário etc. Por um salário mínimo de R$ 3.500,00.
8.1.7Não ao salário mínimo regional, salário mínimo unificado nacionalmente, calculado pelo pico.
8.1.8Os trabalhadores perderam com o Real, não devem perder com a inflação, reposição de todas as perdas do Real, escala móvel de salários, por um aumento emergencial de 100% sobre todos os salários.
8.2 Trabalhar menos para que todos trabalhem: jornada máxima de 35 horas semanais
8.3.1 A única solução real que o governo e os patrõ es têm para enfrentar a crise é a expropriação sistemática dos trabalhadores, que vai do aumento da jornada, passando pela redução salarial, até a expropriação total do rendimento do trabalhador através do desemprego. A único direito real que os trabalhadores têm sob o capitalismo é o direito de não morrer de fome e mesmo este direito elementar, que antigamente estava assegurado até mesmo aos escravos, está em questão. A luta contra o dese mprego, isto é, a luta pela sobrevivência da classe trabalh adora, não pode ser levada adiante nem por meio do acordo com os patrões, nem através da benevolência do governo e d o regime político burguês. As demissões em massa, ou seja, o confisco dos meios de subsistência de uma parcela da força d e trabalho, de modo a acirrar a concorrência no inter ior da classe trabalhadora e aumentar a sua exploração é uma arma dos patrões contra a luta operária. A situação só pode ser revertida fazendo com que o ônus da crise capitalista recaia inteiramente sobre a classe dominante. Neste sentido, a única proposta séria contra o desemprego é a de que a jornada de trabalho seja reduzida, sem nenhuma redução salarial, para