Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Mario Coelho
11/7/2012 17:41
[/caption]
No
dia em que o Senado cassou o mandato de Demóstenes Torres (sem partido-GO), a comissão de sindicância formada na Câmara arquivou por unanimidade dois processos de deputados com suspeitas de envolvimento com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Dos três analisados pela Corregedoria da Casa, somente um terá continuidade: a investigação contra Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO).
O que pesa contra os deputados citados no caso Cachoeira
Tudo sobre o Caso Cachoeira
Leia outros destaques de hoje no Congresso em Foco
Na tarde de hoje, os relatores dos casos envolvendo Leréia, Otoni e Sandes Junior apresentaram seus pareceres. Maurício Quintella Lessa (PR-AL), responsável pelo caso do pepista, e Evandro Milhomem (PCdoB-AC), relator da representação contra Otoni, entenderam que não havia indícios suficientes para recomendar um processo por quebra de decoro no Conselho de Ética.
De acordo com o corregedor da Câmara, Eduardo da Fonte (PP-PE), Otoni não foi citado em nenhum momento nos inquéritos das operações Vegas e Monte Carlo. As duas investigaram a exploração de jogos ilegais em Goiás e o envolvimento de políticos e policiais. O petista foi flagrado em vídeo numa conversa com Carlinhos Cachoeira. O bicheiro lembra de uma doação de campanha feita a ele, e oferece mais R$ 100 mil, desde que isso não seja declarado. Os deputados consideraram também que o vídeo era de péssima qualidade e não deixava claro o que tinha ocorrido.
Já com o pepista, informou o corregedor, pesou ao seu favor o depoimento dos delegados federais das duas operações. Sandes Junior teve o nome citado nas investigações, em conversas que falavam de valores em dinheiro. Segundo o deputado, era um pagamento referente à rescisão de um contrato que tinha com a uma rádio de Goiânia, Rádio Positiva.
Além de Otoni e Sandes Junior, também se safou de um processo por quebra de decoro o deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP). O Conselho de Ética arquivou uma representação apresentada pelo PSDB contra o deputado paulista. Ele era acusado de cumplicidade com o ex-sargento da Aornáutica Idalberto Matias, o Dadá, acusado de fazer parte da organização liderada por Cachoeira.
Mesmo com os arquivamentos, o corregedor da Câmara não acredita que a imagem da Casa fique prejudicada. Para ele, os arquivamentos foram resultado dos fatos apresentados durante a análise dos casos pela comissão de sindicância. "Com os fatos que nós temos, não era possível outro caminho a não ser o arquivamento", afirmou Eduardo da Fonte.
Leréia
Contra Leréia, porém, a situação foi outra. Amigo declarado de Cachoeira, possui um avião em sociedade com o irmão do bicheiro. Grampos das Operações Vegas e Monte Carlo mostram Leréia cobrando do ex-vereador em Goiânia Wladimir Garcez, ligado a Cachoeira e ao governador de Goiás, Marconi Perillo, o depósito de dinheiro em uma conta corrente. "Também pesou contra ele o discurso feito em plenário elogiando Cachoeira", contou o relator.
Apesar de a Corregedoria ter aprovado a investigação contra Leréia, o processo não é automático. Primeiro, precisa ser autorizado pela Mesa Diretora, que vai analisar o relatório da comissão e a representação apresentada. O colegiado não tem reunião marcada para esta semana. No entender do corregedor, isso deve acontecer somente na primeira quinzena de agosto. Agora, confirmado o cenário de a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ficar para a próxima semana, a reunião pode acontecer até terça-feira (17). Se o relatório for aprovado também pela Mesa Diretora, segue para o Conselho de Ética.
Processos lentos para deputados do caso Cachoeira
Saiba mais sobre o Congresso em Foco (2 minutos em vídeo)
Temas
Câmara dos Deputados
Comissão debate isenção de registro para professor de educação física
Atualização Fiscal
Câmara aprova projeto que atualiza valores de bens no Imposto de Renda