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Jornais: Delta recebeu aditivo em 60% dos contratos com Dnit

Congresso em Foco

22/4/2012 | Atualizado às 10:28

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O ESTADO DE S. PAULO Delta obteve aumento de preço em 60% dos contratos firmados com Dnit Suspeita de montar uma rede de influência tanto em governos estaduais como na União, a Delta Construções obteve aditivos que alteraram o valor de suas obras em quase 60% dos contratos firmados com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), um dos órgãos que concentram os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). De um total de 265 empreendimentos tocados pela empreiteira a serviço da autarquia responsável pelas rodovias federais, 154 sofreram mudanças no valor originalmente previsto, custando mais caro na maioria dos casos e aumentando o valor das obras em cerca de R$ 400 milhões. Compilados pelo Estado com base em balanço do Dnit sobre os contratos com a Delta, os dados se referem às obras de manutenção, adequação, duplicação e implantação de estradas, concluídas ou ainda em andamento. Da relação, constam intervenções iniciadas de 1996 a 2012. Maior construtora do PAC, com suas atividades concentradas principalmente no setor rodoviário, a empresa conseguiu contratos de R$ 4,3 bilhões de lá para cá, dos quais R$ 3 bilhões já foram pagos pela União. O protagonismo da Delta no carro-chefe do programa de infraestrutura da presidente Dilma Rousseff e a existência, segundo a Polícia Federal, de um "deltaduto" que se aproveitou do circuito financeiro de empresas de fachada do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo, colocaram a empresa como alvo da CPI a ser instalada na quarta-feira. Instrumentos previstos para ajustar o preço dos serviços à realidade encontrada em campo, os aditivos contratuais acrescentaram R$ 395,5 milhões aos valores originais - aumento de 9,1%. A Lei de Licitações determina limite de 25%, exceto nos casos de conservação ou prestação contínua, cujos acréscimos podem ser maiores. Técnicos do Dnit sustentam que o porcentual referente à Delta está dentro do padrão de obras rodoviárias citado na literatura técnica, que prevê margem de erro de até 15% no preço de intervenções iniciadas a partir de projetos básicos. O 'garotão' que levou a Delta à esfera nacional Jeito de garotão, simpatia de carioca e leve sotaque que denuncia o nascimento em Pernambuco. O empresário Fernando Cavendish mistura comportamento informal nos contatos pessoais com agressividade peculiar nos negócios. O estilo do dono da Delta Construções, brindado com muitas das obras do governo do Rio e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), confunde-se com a ascensão da empresa que, de modesta visibilidade em Pernambuco, em 15 anos galgou posto de destaque no País. O bom relacionamento com sucessivos governos fluminenses - Anthony Garotinho (1999-2002), Rosinha Garotinho (2003-2006) e Sérgio Cabral Filho (a partir de 2007) - foi importante na trajetória, agora sob investigação da Polícia Federal e da CPI do Cachoeira. Até os anos 1990, porém, a Delta e Cavendish viveram trajetórias distintas. A empresa foi fundada em Recife, em 1961, por seu pai, Inaldo Soares. O jovem Cavendish vivia no Rio, onde, de 1986 a 1990, estudou engenharia civil nas Faculdades Integradas (hoje Universidade) Veiga de Almeida. Festeiro e boa-pinta, aproveitou a juventude na noite carioca, mas, após formado, assumiu, aos 27 anos, o Conselho de Administração da Delta, em 1.º de dezembro de 1990. Em 1995, transferiu a matriz para o Rio - sempre que pode, demonstra a paixão pelo Estado. "Gosto de praia", diz o empresário, que esbanja informalidade e sorrisos. Ele completará 49 anos em 17 de junho. Sem alarde, PMDB paulistano convoca convenção para garantir apoio interno a Chalita Para assegurar a pré-candidatura do deputado federal Gabriel Chalita à Prefeitura de São Paulo, o PMDB paulistano convocou uma convenção municipal para esse domingo. A intenção é eleger um novo diretório na capital paulista, formado por 45 membros ligados a Chalita - que preside o partido provisoriamente. Todos terão direito a voto posterior na próxima convenção do partido, quando estará em jogo a homologação da candidatura de Chalita a prefeito. Peemedebistas vinculados ao deputado querem evitar qualquer racha interno, sobretudo com as alas históricas que apoiavam o ex-governador Orestes Quércia. Parte deles integra a administração do prefeito Gilberto Kassab (PSD) - a quem Chalita destila críticas - e por isso deve ser excluída da direção do PMDB. No encontro, os 116 delegados de diretórios zonais do PMDB na capital paulista elegerão os 45 membros e 15 suplentes do diretório municipal. Além disso, serão eleitos 5 titulares e 5 suplentes da Comissões de Ética e Disciplina e mais 30 delegados e 30 suplentes à convenção estadual. O diretório municipal deve nomear depois a comissão executiva com Chalita na presidência. Serão eleitos 11 nomes para a executiva, que atualmente tem apenas cinco por ser provisória. Os 45 membros do diretório municipal, somados aos 116 delegados, têm direito a voto na convenção de junho, quando o partido homologa seu candidato a prefeito e a chapa de vereadores. Para evitar surpresas na convenção de junho, quer garantir a eleição de membros pró-chalita. Também votam na próxima convenção de homologação das candidaturas os deputados membros do diretório estadual com domicílio eleitoral em São Paulo. FOLHA DE S.PAULO Dilma tem aprovação recorde, mas Lula é favorito para 2014 A presidente Dilma Rousseff bateu mais um recorde de popularidade, mas seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, é o preferido dos brasileiros para ser o candidato do PT ao Planalto em 2014. Esse é o resultado principal da pesquisa Datafolha realizada nos dias 18 e 19 deste mês com 2.588 pessoas em todos os Estados e no Distrito Federal. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O governo da petista é avaliado como ótimo ou bom por 64% dos brasileiros, contra 59% em janeiro. Trata-se de um recorde sob dois aspectos: é a mais alta taxa obtida por Dilma desde a sua posse, em 1º de janeiro de 2011, e é também a maior aprovação presidencial com um ano e três meses de mandato em todas as pesquisas até hoje feitas pelo Datafolha. Para 29%, Dilma faz um governo regular. Outros 5% consideram que a atual administração é ruim ou péssima. Em janeiro, essas taxas eram de 33% e 6%, respectivamente. Como a curva de popularidade positiva de Dilma tem sido ascendente desde o início, o Datafolha incluiu desta vez uma nova pergunta no levantamento sobre a eleição de 2014 - quem deveria ser o candidato do PT a presidente: Dilma ou Lula? As respostas foram bem mais favoráveis a Lula. Ele é o predileto de 57% dos brasileiros para disputar novamente o Planalto daqui a dois anos e meio. Outros 32% citam Dilma. Para 6%, nenhum dos dois deve concorrer. E 5% não souberam responder. Se 2º turno fosse hoje, petista teria 69% dos votos O segundo turno da eleição presidencial não foi assim um passeio para Dilma Rousseff. A candidata do PT teve 56,05% nas urnas contra 43,95% do adversário do PSDB, José Serra. O Datafolha investigou o que ocorreria se a mesma disputa se desse agora. Aí sim Dilma venceria por larga margem, com 69% contra 21% de Serra. Se esse hipotético embate se repetisse, 6% dos eleitores não votariam nem em Serra nem em Dilma. Outros 4% se declararam indecisos. Chama a atenção que 26% dos eleitores que votaram em Serra agora declaram voto em Dilma. E 8% dos que votaram nela hoje dizem preferir o tucano. Para analisar essa simulação de disputa eleitoral é necessário considerar que Serra está há algum tempo sem a mesma exposição de mídia que tem a presidente da República. Ou seja, não existe de fato uma situação de embate real entre ambos. Brasileiro está mais otimista com economia Os brasileiros estão mais otimistas com o desempenho da economia sob a administração de Dilma Rousseff. Vários indicadores mostram que aumentou a sensação de melhora financeira, segundo pesquisa Datafolha. Logo no começo do mandato da petista houve expectativa de crescimento da taxa de inflação e de diminuição do poder de compra. Hoje, essas curvas se inverteram. No caso da inflação, a curva descreve forte mergulho. Em junho do ano passado, 51% achavam que os preços iam subir. O percentual caiu para 46% em janeiro passado. Agora, chegou a 41%. Ou seja, a população percebeu que os preços perderam fôlego. O Planalto tem respondido forçando uma queda dos juros. E a soma dessas conjunturas tem rendido mais popularidade para a presidente da República. Senador negociou dívida pela Delta, diz PF Três diálogos captados pela Polícia Federal indicam que o senador Demóstenes Torres (ex-DEM) negociou para que a Prefeitura de Anápolis (GO) pagasse R$ 20 milhões à empreiteira Delta. Tratava-se de dívida que, anteriormente, pertencia à Queiroz Galvão e que, segundo os áudios, foi "comprada" pela Delta por R$ 4,5 milhões. A prefeitura confirma a negociação, mas diz que a dívida ainda não foi paga. O dinheiro se referia ao contrato de recolhimento do lixo, que já foi feito pela Queiroz Galvão e hoje está sob responsabilidade da Delta. As conversas são usadas pela Procuradoria-Geral da República para apontar indícios de que Demóstenes seria "sócio oculto" da Delta. Em diálogo gravado em 9 de julho de 2011, Demóstenes relatou a Cachoeira detalhes da reunião prefeito de Anápolis, Antonio Gomide (PT). Demóstenes disse a Cachoeira que o prefeito concordava em pagar 50% por meio de precatórios e negociar os outros 50% da dívida. O senador afirmou que, em contrapartida, Gomide disse que queria "por mês tanto, que eu tô no fim da minha gestão e preciso ganhar a eleição". Cachoeira responde: "Ele só quer graça". Defesa critica grampos; prefeito nega propina O advogado do senador Demóstenes Torres (ex-DEM), Antônio Carlos de Almeida Castro, diz que não faz comentários sobre gravações pontuais, pois o Supremo Tribunal Federal ainda irá decidir sobre a validade delas. "Não estamos fazendo o enfrentamento pontual desses vazamentos, pois eles estão descontextualizados, manipulados e visam um pré-julgamento", afirmou a defesa.O prefeito de Anápolis, Antonio Gomide (PT), disse que a dívida é de 2002 e 2003 e que ele assumiu em 2009. (...) A Delta informou que "não tem conhecimento do fato". Diz que Claudio Abreu, que não foi localizado, foi demitido do cargo na empreiteira. "O fato, se ocorreu, surpreende a própria Delta."A Queiroz Galvão negou que mantivesse vínculo com Claudio Abreu e Cachoeira. Em relação à dívida de Anápolis, a empresa informa que ajuizou ação de cobrança que tramita no Poder Judiciário. Perillo é citado como 'irmão' por aliado de Cachoeira Interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal em abril de 2011 sugerem que a relação entre o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e o grupo de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, era mais próxima do que o político admite. No dia 2 de março, Perillo declarou à Folha que esteve com Cachoeira em eventos festivos, "nada que possa caracterizar relação próxima". Os diálogos gravados durante a Operação Monte Carlo mostram que as demandas do grupo de Cachoeira - que está preso sob acusação de contravenção - eram manobradas por Wladimir Garcez. Ex-vereador de Goiânia, ele agia como operador político e "ponte" de Cachoeira com o governo goiano. Em um diálogo, Garcez diz a Cachoeira que teve uma conversa "de irmão" com Perillo, no gabinete do governador. Segundo Garcez, Perillo chegou a lhe segredar inúmeros dados sobre as contas do governo e pediu "reserva". "Foi uma coisa assim, íntima mesmo, sabe", contou Garcez a Cachoeira. "[Perillo] até pediu para nós olharmos uma coisa para ele depois." A PF concluiu que eles se referiam a Perillo, apesar de o tucano não ser citado nominalmente na conversa. Governador de GO afirma que nunca fez pedido O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), negou "veementemente" ter feito qualquer tipo de pedido a Wladimir Garcez ou, "muito menos, ao senhor Carlos Cachoeira". Em nota à Folha, ele afirmou que "esta é mais uma tentativa esdrúxula" de envolver seu nome em conversas sem nenhuma ligação com o governo. "Ele jamais tratou de assuntos relativos às contas públicas com o senhor Garcez ou com qualquer pessoa que não esteja diretamente ligada aos interesses do Estado de Goiás", informa a nota. Segundo sua assessoria, o governador conhece Garcez há mais de 20 anos como militante político e ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia. "O senhor Garcez transitava política e socialmente em todas as esferas do poder - federal, estadual e municipal." O ex-presidente do Detran-GO Edivaldo Cardoso disse em carta a Perillo que não cometeu irregularidades. Ele saiu do governo em meio a suspeitas levantadas pela PF. Processo pode tornar Delta inidônea A Controladoria-Geral da União abre na segunda-feira processo que pode impedir a Delta de firmar novos contratos com o governo e fazer com que os atuais sejam reavaliados. Segundo o ministro da CGU, Jorge Hage, processo será aberto devido a "condutas supostamente criminosas da empresa". Cara presidenta, Desde que um ex-metalúrgico deu lugar a uma ex-guerrilheira no comando da Presidência, as caixas e cartas endereçadas ao Palácio do Planalto ganharam novo perfil. Camisas de futebol foram substituídas por orquídeas - são as preferidas da presidente Dilma Rousseff. Também ficou para trás o tempo em que a Presidência recebia camisas "guayaberas", modelo apreciado por Lula. Agora outras peças do vestuário são mais recorrentes, como as echarpes que Dilma ganhou após aparecer com uma ao receber o presidente Barack Obama no Brasil. Até o mês passado, a equipe que recebe os presentes registrava a entrega de 3.677 regalos, de objetos valiosos a pequenas lembrancinhas. E cabe à Dilma dar um destino a todos eles, expostos no corredor que liga seu elevador privativo ao gabinete de trabalho no 3º andar do palácio. Os presentes podem ir para um depósito no Palácio da Alvorada ou ser escolhidos por ela para uso diário. Segundo assessores, Dilma gostou muito de duas bolsas da estilista Martha Medeiros. Servidor posta cartas quase todos os dias Entre as cartas enviadas para a presidente Dilma Rousseff, algumas são impossíveis de se encaixar nas categorias criadas pelo Planalto e vão para a pilha de "excêntricos". Assim são chamados os remetentes de cartas e e-mails inusitados que chegam à Presidência. É nesse monte que são depositadas as cartas do servidor público Sérgio Barbosa Silva, 55. Quase diariamente, ele posta uma carta para a presidente, antes de ir para o Tribunal Superior do Trabalho, onde é técnico judiciário. O hábito, conta, surgiu quando José Sarney ainda era o presidente. Foi a insistência de Silva que deu origem à categoria de "excêntricos", criada na gestão de Fernando Henrique Cardoso, quando começou a classificação das cartas. Paz no Rio custará R$ 360 mi ao Exército De pé na porta de bares, jovens moradores do Complexo do Alemão apontam, riem e debocham de soldados do Exército que percorrem, durante a madrugada, as vielas das favelas em mais uma das rondas de policiamento. Há duas semanas a Folha acompanhou, ao longo de cinco horas, uma dessas rondas. O clima é tenso quando os soldados passam. Os poucos moradores nas ruas olham ressabiados, de longe. (...) Segundo os militares, tem sido cada vez mais comum o surgimento de crianças no alto das lajes para jogar pedras e até bombinhas de fabricação caseira nos soldados. "Há um distanciamento. Os diálogos só acontecem quando há uma discussão. Há intervenção sem integração", reclama Alan Brum, da ONG Raízes em Movimento. Manter a Força de Pacificação do Exército nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio, de novembro de 2010 a novembro de 2011 custou ao governo federal R$ 216 milhões. Isso equivale a quase a metade dos R$ 493 milhões destinados ao Exército no ano passado para modernização. Ou seja, o equivalente a cerca de 38% do orçamento destinado à Força. Até o final da operação, prevista para junho, o gasto total será de R$ 360 milhões para manter 1.800 homens, mais do que o previsto pelo governo do Estado para instalar e manter pessoal nas oito bases de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) programadas para os complexos do Alemão e da Penha. O GLOBO Ilhas Malvinas: Brasil apoiou tráfico de armas para Argentina As nuvens prenunciavam chuva forte em Brasília na noite da sexta-feira 9 de abril de 1982. O chanceler Ramiro Saraiva Guerreiro assistia ao "Jornal Nacional", quando recebeu um telefonema do brigadeiro Saulo de Mattos Macedo, chefe do Comando Aéreo Regional: um avião cubano invadira o espaço aéreo brasileiro. No mundo da Guerra Fria, Brasil e Cuba não mantinham relações diplomáticas. Por esse motivo, pela manhã, o Itamaraty negara permissão a um voo da Cubana de Aviación rumo a Buenos Aires. Às 20h40m, o chanceler telefonou para o presidente da República, general João Figueiredo. Minutos depois, dois caças decolaram da base de Anápolis - com alguma dificuldade porque a iluminação da pista fora afetada por raios - em direção ao ponto indicado pelos radares, 300 quilômetros a oeste de Brasília. Seguiu-se um tenso balé noturno a oito mil metros de altitude. Durou tensos 82 minutos. Só acabou quando os pilotos brasileiros anunciaram a decisão de atirar. O jato russo Ilyushin II 62-M, matrícula CUT-1225, aterrissou em Brasília às 22h12m. Impressionou agentes da Aeronáutica por um detalhe: tinha capacidade para decolar com 165 toneladas de peso e 180 passageiros, mas na cabine estavam apenas três pessoas - o diplomata cubano Emilio Aragonés Navarro, mulher e neto. Só puderam seguir viagem depois de seis horas de negociações entre os governos do Brasil e da Argentina. Nada se sabe sobre a carga. (...) "Gradualmente" - registrou o Conselho de Segurança Nacional em memorando ao presidente Figueiredo--, a Argentina estreitava "seus contatos com o Brasil, em graus diversos de formalidade". E requeria "cooperação em termos mais concretos". Brasília começou a receber lista de pedidos: créditos e facilidades para operações triangulares de comércio com a Europa; aviões para entrega imediata; bombas incendiárias e munição para fuzis; sistemas de radar e querosene de aviação, entre outras coisas. O Itamaraty recomendava "tratamento favorável" a quase tudo, enquanto a tensão aumentava no ritmo da marcha da frota britânica pelo Atlântico Sul. Verba indenizatória é gasta em posto de gasolina ligado a Cachoeira Um posto de gasolina, em Goiânia, que financiou a campanha do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), depois de receber indiretamente recursos da Delta Construções via empresas de fachada, também foi usado pelo senador e por dois deputados para justificar altos gastos com combustíveis. O Posto T-10 foi acusado pela Polícia Federal de receber recursos das empresas de fachada Brava Construções e Alberto & Pantoja, ligadas a Carlinhos Cachoeira. As duas, por sua vez, receberam repasses da Delta Construções. O estabelecimento fez doações para campanhas eleitorais ao mesmo tempo em que forneceu a parlamentares notas fiscais para reembolso do Congresso, a título de verba indenizatória, que totalizam R$ 381,5 mil. O valor é referente a pagamentos dos últimos três anos. Do total, R$ 133 mil foram apresentados pelo senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Os gastos do senador goiano tornaram o posto um dos 20 maiores prestadores de serviço do Senado Federal desde abril de 2009, mês em que começou a ser divulgado o inteiro teor das notas fiscais entregues pelos senadores. Nas eleições de 2010, Demóstenes recebeu doação de R$ 32,6 mil do posto, dinheiro que teria como origem a Construtora Delta, no entendimento da Polícia Federal. As relações de Demóstenes com o posto vão além da doação e dos gastos com a verba indenizatória. Em 2010, o senador também apresentou notas fiscais do posto para prestar contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de R$ 165,3 mil que teriam sido gastos na sua campanha. Na Câmara dos Deputados, dois parlamentares apresentaram as maiores notas com grandes valores do posto desde 2009, ano em que a Câmara também começou a detalhar em seu portal a destinação da verba extra para o exercício do cargo: Jovair Arantes (PTB-GO) apresentou notas do Posto T-10 que totalizam R$ 140,4 mil e Sandro Mabel (PMDB-GO) apresentou notas que somam R$ 103,8 mil. Manifestações pedem celeridade no julgamento do mensalão Na semana em que o Judiciário dominou o noticiário - por causa da dança das cadeiras no comando das principais instituições e também por farpas trocadas por autoridades - as pessoas elegeram o Poder como um dos principais alvos do protesto que levou 12 mil manifestantes à Esplanada dos Ministérios. A estimativa da Polícia Militar é maior do que esperava a organização: 11 mil haviam confirmado presença pelo Facebook. Eles exigiram do Supremo Tribunal Federal (STF) a votação do processo do mensalão. No Rio, cerca de 50 manifestantes se reuniram na manhã deste sábado em frente ao posto 9, em Ipanema, também para cobrar dos ministros do STF celeridade no julgamento do mensalão. Quem passou pela praia foi convidado a assinar uma petição pública que será entregue ao ministro Ricardo Lewandowski no dia 25, quando integrantes dos grupos Transparência Brasil e Queremos Ética na Política têm audiência marcada com o ministro. Lewandowski é revisor do processo, que tem o Joaquim Barbosa como relator. Ministro da Saúde nega reunião com auxiliar de Cachoeira O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, negou ontem que teve contato com o ex-vereador do PSDB de Goiânia e auxiliar do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, Wladimir Garcez, flagrado em conversa telefônica com o chefe falando sobre reunião com o ministro para discutir negócios do grupo na área da saúde. - Já falei que não (tive contato), nunca - disse Padilha, neste sábado, em evento da campanha de Fernando Haddad (PT) no auditório do Sindicato dos Engenheiros, no centro de São Paulo. Foi a primeira vez que o ministro falou publicamente sobre sua citação nos grampos da Operação Monte Carlo, revelada na última semana pelo jornal "Folha de S. Paulo". Na gravação registrada em março de 2011, Garcez diz a Cachoeira que Padilha teria autorizado seu grupo a dar sequência a um negócio na área da saúde. "Teve a conversa com o Padilha, todos os outros lá, o chefe de gabinete, e [ele] achou interessante: faz o projeto, mostra o que que é, ele fala o que que é possível lá dentro e dá para nós um veredicto lá. Mas que autorizou a gente a tocar pra frente o negócio, que eles têm condição de ajudar", diz Garcez a Cachoeira no áudio. No evento em São Paulo, o ministro ficou irritado com as perguntas dos repórteres sobre o tema e houve tumulto quando um de seus assessores empurrou jornalistas para que o petista passasse sem responder os questionamentos. - Não vim como ministro, hoje é o Haddad - justificou Padilha. Maior empreiteira do PAC, Delta será alvo de investigação na CGU Empresa suspeita de ter ligações com a quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira, a construtora Delta será alvo de um processo administrativo da Controladoria Geral da União (CGU). A decisão foi tomada na sexta-feira pelo órgão e pela Casa Civil da Presidência da República. A portaria determinando a investigação será publicada na segunda-feira. Ao final do processo, se considerada inidônea, a Delta será proibida de firmar novos contratos com a administração pública. Na última sexta-feira, foi divulgado que a Delta Construções vai sair do Consórcio Maracanã Rio 2014, responsável pela reforma do estádio. Neste sábado, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse que a saída da empreiteira do consórcio não vai afetar o cronograma das obras. No caso dos contratos antigos, haverá uma análise caso a caso. Uma obra que esteja perto de ser concluída, por exemplo, poderá ser mantida. Segundo a CGU, nesses casos a interrupção da obra pode representar mais custos do que a sua conclusão. A CGU tem conhecimento de irregularidades envolvendo a Delta pelo menos desde 2010, quando a Polícia Federal, em conjunto com a própria CGU, deflagrou a Operação Mão Dupla. "Segundo as investigações, que se iniciaram no primeiro semestre de 2009, constatou-se a existência de esquema criminoso voltado à prática de fraude em procedimentos licitatórios, superfaturamento, desvio de verbas e pagamentos indevidos em obras de infraestrutura rodoviária realizadas pelo Departamento Nacional de InfraEstrutura de Transportes no Estado do Ceará - DNIT/CE", diz a CGU em seu site a respeito da Operação Mão Dupla. Em Pernambuco, juíza pede ajuda para não morrer Às voltas com a tramitação de 3.400 processos no fórum da cidade sertaneja de São José do Belmonte - no qual, na última quinta-feira, faltava até água nas torneiras -, a juíza Fabíola Michele Muniz Mendes de Moura enfrenta outro problema na justiça: quer provar que realmente foi vítima de tentativa de homicídio por parte de três policiais militares que faziam sua própria segurança. Dois deles foram escalados para protegê-la mesmo tendo integrado um grupo de 19 PMs que respondem por crime de tortura em processo à época sob responsabilidade da juíza. O inquérito contra os PMs foi arquivado, mas ela não se conformou. Diz que muita coisa está sem explicação e afirma que ainda corre risco. O Tribunal de Justiça de Pernambuco, porém, não concorda: não só lhe negou escolta como já quis aposentá-la, apesar da pouca idade: 35 anos. E tentou provar sua insanidade mental, submetendo-a a dois exames médicos. Mas os resultados mostraram que Fabíola está apta para exercer suas funções. Até 2011, ela respondia pelo fórum de Tabira, a 405 quilômetros de Recife, no sertão do Pajeú. Lá, diz Fabíola, há muitos assassinatos que indicam a ação de grupos de extermínio. Na comarca, ela diz que recebia recados como: "diga à juíza que quem manda na cidade somos nós". Após pressão por queda de juros, agora é a vez das tarifas O governo prepara uma nova ofensiva para reduzir o custo financeiro no país. Depois da estratégia bem-sucedida de usar os bancos públicos para derrubar os spreads (diferença entre o custo de captação e as taxas cobradas pelos bancos) e os juros, o Palácio do Planalto tem como próximo alvo as tarifas bancárias. Um estudo do Banco Central (BC) mostra a enorme diferença entre as tarifas cobradas por bancos privados e públicos, mas, ainda assim, o governo avalia que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal podem liderar um movimento de queda generalizada dos valores cobrados por esses serviços, como aconteceu com os juros. O estudo do BC revela, por exemplo, que para fazer um cadastro e abrir uma conta em um banco público, os correntistas desembolsam, em média, R$ 31,67, enquanto esse mesmo serviço custa, em média, R$ 390 nas instituições privadas. Nos extremos, dependendo do perfil do cliente e do banco, esta mesma tarifa pode variar de zero a R$ 5 mil. Segundo dados do BC, um DOC custa, em média, R$ 15,31 nas instituições públicas e R$ 81,34 nos bancos privados. Já o turista que pretende viajar ao exterior tem de pagar uma tarifa de R$ 62,86 para comprar moeda estrangeira nos bancos públicos. O custo médio desse serviço nas instituições privadas chega a R$ 145,60. Isolada, Argentina assusta os empresários O clima de mal-estar em muitos países, até mesmo de sócios da Argentina no Mercosul, em relação a políticas e atitudes do governo de Cristina Kirchner não começou com a expropriação de 51% da Repsol-YPF. Em março passado, por exemplo, um grupo de 40 países apresentou uma queixa por escrito à Organização Mundial de Comércio (OMC) pelas barreiras impostas pela Casa Rosada ao comércio. O crescente protecionismo argentino também gerou críticas formais e enfáticas por parte dos governos do Uruguai e Paraguai e, menos ruidosas, do Brasil. A estratégia econômica e comercial da administração K provoca temor entre empresários locais e estrangeiros e, segundo analistas argentinos, poderia aprofundar o isolamento de um país que hoje está em quinto lugar no ranking de investimentos estrangeiros diretos na América Latina, abaixo dos vizinhos Brasil, Chile, Peru e Colômbia. O jornalista argentino Fernando Laborda publicou semana passada um artigo no "La Nación" intitulado "Brigados com o mundo". No texto, Laborda comparou a expropriação da Repsol à invasão das Malvinas, comandada pelos militares argentinos em abril de 1982. "As comparações costumam ser odiosas. Mas vale lembrar que, durante os preparativos para a Guerra das Malvinas, muitos militares imaginaram que só enfrentariam o Reino Unido. Rapidamente descobriram que por trás dos britânicos estavam Estados Unidos e Otan." CORREIO BRAZILIENSE Escutas desmontam esforço de construtora em negar ligação com o bicheiro A análise de 4 mil páginas do inquérito da Polícia Federal e de diálogos telefônicos autorizados pela Justiça sobre as atividades do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, comprovam que ele transformou as sedes da empreiteira Delta Engenharia, em Goiânia e em Brasília, em um gabinete de despacho com os colaboradores da sua organização criminosa. Além disso, alguns dos integrantes do grupo usaram para operacionalizar suas negociatas veículos arrendados em nome da Delta, conforme registros do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). E não fica só nisso: planilha de movimentação financeira elaborada pelo delegado federal Deuselino Valadares, sócio oculto da empresa Ideal Segurança com o contraventor, revela intensa movimentação de valores do grupo de Cachoeira para a Delta Engenharia. Apuração de negócios do Cachoeira começará com bagagem maior de depoimentos Um grupo de parlamentares que integrará a CPI mista para investigar o bicheiro Carlinhos Cachoeira vai iniciar uma peregrinação pelo Ministério Público Federal, Ministério da Justiça, Ministério da Fazenda e Tribunal de Contas da União (TCU) em busca de novos dados que possam contribuir nos trabalhos da comissão. Eles vão conversar com servidores que atuaram nas Operações Vega e Monte Carlos, deflagradas pela Polícia Federal, que culminaram na prisão do bicheiro em 29 de fevereiro. A ação do grupo foi motivada por uma questão inusitada: diferente de outras comissões parlamentares de inquérito, a CPI mista do Cachoeira inicia após uma exaustiva investigação feita pela Polícia Federal e pelo Ministério Público desde 2009. Os principais envolvidos no episódio - que provavelmente serão ouvidos pela CPI ao longo dos próximos 180 dias - foram flagrados em conversas telefônicas autorizadas pela Justiça. Arredores da capital federal transformam-se em uma nova fronteira agrícola Do Plano Piloto, não se enxerga o horizonte das plantações e pastagens que fazem do Distrito Federal modelo de eficiência para a agropecuária brasileira. Com pouca terra e muita tecnologia, produtores e criadores transformaram o Planalto Central na região agrícola mais diversificada e próspera do país. Em solo brasiliense, os níveis de produtividade superam a média nacional e, em algumas culturas, até mesmo os registrados em países da Europa e nos Estados Unidos. A força do campo surpreende e indica um provável caminho para a diversificação da economia local, ainda muito dependente do setor público. Praticamente todos os meses, comitivas internacionais formadas por agricultores e investidores de todos os continentes desembarcam em fazendas do DF para ver de perto o poder do agronegócio candango, que já movimenta - somente com produção - mais de R$ 1,2 bilhão por ano. Em 2011, a riqueza rural da capital do país avançou 6,5%, quase 2,5 vezes mais que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no mesmo período. O montante não inclui valores referentes às 173 agroindústrias e à prestação de serviços no campo. Infraero nem sequer conhece as plantas dos terminais que administra As pressões do calendário da Copa do Mundo de 2014 estão obrigando a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) a criar um padrão nacional de planejamento e execução de obras nos seus terminais. Não sem motivo: só agora, diante da premência de melhorar os serviços, a companhia descobriu que nem sequer tem as plantas dos aeroportos que administra. A situação é tão complicada que quaisquer reparos e ampliações resultam em interrupções, atrasos e gastos adicionais. Uma simples manutenção nos banheiros no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, ficou seis meses parada porque a construtora responsável não tinha em mãos o mapa dos encanamentos existentes no local. "Problemas desse tipo ocorrem com frequência porque não tínhamos centralizada na sede uma memória das obras feitas e muito menos o aprendizado com elas. A construção dos aeroportos e suas modificações físicas eram tocadas nas regionais e os planos tomavam rumos próprios", explica José Eirado, diretor de Administração da Infraero. A estatal contratou a Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE), ligada à Universidade de São Paulo (USP), para atualizar as técnicas de gerenciamento de projetos em obras de 15 aeroportos prioritários, visando evitar surpresas ruins.
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