Protógenes consegue apoio para CPI do Cachoeira
Congresso em Foco
20/3/2012 | Atualizado às 17:25
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[caption id="attachment_45622" align="alignleft" width="319" caption="Segundo Protógenes, intenção da CPI será investigar chantagem de Cachoeira contra parlamentares - Janine Moraes/Câmara"]
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O deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP) anunciou nesta terça-feira (20) ter conseguido 208 assinaturas no requerimento de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a denúncia de relações ilícitas do contraventor do jogo Carlinhos Cachoeira e parlamentares, especialmente de Goiás. A expectativa é que ele apresente o pedido ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), nos próximos dias. O número mínimo de apoios para uma CPI é de 171.
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De acordo com o deputado, é preciso dar uma resposta à sociedade sobre os recentes desdobramentos da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, realizada no mês passado. Por conta da investigação, Carlinhos Cachoeira foi preso. E surgiram várias informações sobre sua relação com parlamentares, como o deputado Rubens Ottoni (PT-GO) e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Segundo Protógenes, ex-delegado da PF, as investigações da corporação mostram ligações telefônicas que comprovariam ainda ações de chantagem de Cachoeira contra políticos. Cachoeira espionaria os políticos para, depois, chantageá-los com as informações que obtinha. "O crime organizado não financia o Congresso Nacional", afirmou.
O objeto da CPI, segundo Protógenes, é apurar essa espionagem política feita pelo bicheiro para tentar obter vantagens dos parlamentares. Ontem (19), o Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) denunciou Cachoeira e outras 80 pessoas à Justiça Federal. Elas são acusadas de participar da organização criminosa que explorava a jogatina em Goiás há mais de dez anos, sendo 79 membros efetivos do grupo criminoso.
Segundo o MPF-GO, a quadrilha armada - encabeçada por Carlinhos Cachoeira - explorava direitos dos pontos em Goiânia e no Entorno de Brasília, onde as máquinas caça-níqueis estavam clandestinamente instaladas. O negócio se mantinha com apoio de policiais Militares, Civis e Federais. Nas próximas denúncias do MPF-GO, a quadrilha será enquadrada nos crimes financeiros, contrabando (artigo 334 do Código Penal), crime contra a economia popular e lavagem de dinheiro.
Para a CPI ser criada, é preciso, primeiro, apresentar o requerimento com o número mínimo de 171 assinaturas. Elas serão analisadas pela Secretaria Geral da Mesa Diretora. Depois, os líderes partidários fazem suas Em fevereiro, três CPIs foram instaladas. Elas investigam o tráfico de pessoas, a exploração sexual de menores e o trabalho escravo. O regimento interno da Câmara permite o funcionamento de até cinco comissões ao mesmo tempo.
Dinheiro e telefones
De acordo com as denúncias que surgiram após as investigações da Operação Monte Carlo, Rubens Ottoni teria recebido R$ 100 mil de Cachoeira, e poderia receber outros R$ 100 mil. Sobre Demóstenes, verificou-se uma intensa troca de ligações telefônicas. Depois, se soube que Cachoeira dera de presente um aparelho Nextel para Demóstenes. O rádio impediria que as conversas entre os dois pudessem ser rastreadas.
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O deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP) anunciou nesta terça-feira (20) ter conseguido 208 assinaturas no requerimento de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a denúncia de relações ilícitas do contraventor do jogo Carlinhos Cachoeira e parlamentares, especialmente de Goiás. A expectativa é que ele apresente o pedido ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), nos próximos dias. O número mínimo de apoios para uma CPI é de 171.
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De acordo com o deputado, é preciso dar uma resposta à sociedade sobre os recentes desdobramentos da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, realizada no mês passado. Por conta da investigação, Carlinhos Cachoeira foi preso. E surgiram várias informações sobre sua relação com parlamentares, como o deputado Rubens Ottoni (PT-GO) e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Segundo Protógenes, ex-delegado da PF, as investigações da corporação mostram ligações telefônicas que comprovariam ainda ações de chantagem de Cachoeira contra políticos. Cachoeira espionaria os políticos para, depois, chantageá-los com as informações que obtinha. "O crime organizado não financia o Congresso Nacional", afirmou.
O objeto da CPI, segundo Protógenes, é apurar essa espionagem política feita pelo bicheiro para tentar obter vantagens dos parlamentares. Ontem (19), o Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) denunciou Cachoeira e outras 80 pessoas à Justiça Federal. Elas são acusadas de participar da organização criminosa que explorava a jogatina em Goiás há mais de dez anos, sendo 79 membros efetivos do grupo criminoso.
Segundo o MPF-GO, a quadrilha armada - encabeçada por Carlinhos Cachoeira - explorava direitos dos pontos em Goiânia e no Entorno de Brasília, onde as máquinas caça-níqueis estavam clandestinamente instaladas. O negócio se mantinha com apoio de policiais Militares, Civis e Federais. Nas próximas denúncias do MPF-GO, a quadrilha será enquadrada nos crimes financeiros, contrabando (artigo 334 do Código Penal), crime contra a economia popular e lavagem de dinheiro.
Para a CPI ser criada, é preciso, primeiro, apresentar o requerimento com o número mínimo de 171 assinaturas. Elas serão analisadas pela Secretaria Geral da Mesa Diretora. Depois, os líderes partidários fazem suas Em fevereiro, três CPIs foram instaladas. Elas investigam o tráfico de pessoas, a exploração sexual de menores e o trabalho escravo. O regimento interno da Câmara permite o funcionamento de até cinco comissões ao mesmo tempo.
Dinheiro e telefones
De acordo com as denúncias que surgiram após as investigações da Operação Monte Carlo, Rubens Ottoni teria recebido R$ 100 mil de Cachoeira, e poderia receber outros R$ 100 mil. Sobre Demóstenes, verificou-se uma intensa troca de ligações telefônicas. Depois, se soube que Cachoeira dera de presente um aparelho Nextel para Demóstenes. O rádio impediria que as conversas entre os dois pudessem ser rastreadas.
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