Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
24/2/2017 | Atualizado às 14:32
[fotografo]Agência Brasil[/fotografo][/caption]
Alvos da 38ª fase da Operação Lava Jato, os lobistas Jorge Luz e Bruno Luz, pai e filho, foram presos nesta sexta-feira (24), em Maiami, no Estados Unidos. A prisão foi realizada por meio da polícia de imigração americana. De acordo com a Polícia Federal, os dois, em princípio, foram presos por irregularidades na entrada e permanência no país americano. As polícias brasileira e americana ainda estão negociando como se dará a saída dos lobistas do Estados Unidos, se por expulsão ou extradição. Ainda não há previsão de quando eles chegarão ao Brasil.
Jorge e Bruno Luz são investigados por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Eles são suspeitos de intermediar propina de "forma profissional e reiterada", segundo o Ministério Público Federal, na Diretoria Internacional da Petrobras, com atuação também nas Diretorias de Serviço e de Abastecimento da estatal. Os investigadores afirmam que pai e filho utilizavam contas de empresas offshores na Suíça e nas Bahamas para dissimular o pagamento de propina. De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, os senadores do PMDB estão entre os políticos e agentes públicos que receberam US$ 40 milhões em propina, ao longo de dez anos, dos dois lobistas.
"Entre os contratos da diretoria Internacional, os alvos são suspeitos de intermediar propinas na compra dos navios-sonda Petrobras 10.000 e Vitória 10.000; na operação do Vitoria 10.000 e na venda, pela Petrobras, da Transener para a empresa Eletroengenharia", afirmou o MPF.
O delator Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, reconheceu ter recebido propina do lobista por uma transação na Argentina. De acordo com ele, um dos beneficiários por essa transação foi o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). O líder do PMDB no Senado recebeu US$ 6 milhões pelo negócio, de acordo com Cerveró.
Engenheiro e empresário, Jorge Luz já era apontado pela Lava Jato como um dos principais agentes do esquema de corrupção na Petrobras e na Eletronuclear. No processo-mãe da Lava Jato, Jorge Luz é citado pelo procurador-geral da República como importante peça na engrenagem do esquema de corrupção. Na ação, o procurador já destacava a promessa do lobista de dar US$ 40 milhões em propina à diretoria Internacional da Petrobras para ser rateado entre os senadores da República. Batizada de Blackout, a 38ª fase da Lava Jato cumpriu 13 mandados de busca e apreensão no Rio nesta quinta-feira.
Mais sobre Operação Lava JatoTags
Temas
SEGURANÇA PÚBLICA
Derrite assume relatoria de projeto que trata facções como terroristas
TRANSPORTE AÉREO
Câmara aprova proibição da cobrança por malas de até 23 kg em voos