Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
8/6/2011 4:45
Confira a íntegra do discurso da agora ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann:
Leia também: Apartes a Gleisi na tribuna atrasam posse
?Sr. Presidente, Srs. Senadores, Srªs Senadoras, Srªs Deputadas que aqui estão, Srs. Deputados, aos 93 anos, o poeta Manoel de Barros foi chamado a escolher a palavra mais bonita da Língua Portuguesa. Escolheu a palavra ?criança?. Considero essa resposta emocionante, pelo que ela tem de simbólico e de poético.
Criança nos faz pensar em início, em começo e no desafio de viver e de aprender mais um pouco a cada dia, como ocorreu comigo, aqui, no Senado da República.
Cheguei a esta Casa em fevereiro, há menos de seis meses, e, hoje, aquele meu primeiro dia neste plenário me parece uma data remota. A impressão que tenho é a de que estou aqui há muito mais tempo, em razão de tudo o que aprendi, do volume de conhecimento que adquiri nesse período de convívio com os Senadores e com as Senadoras.
Sou de uma geração que cresceu com liberdade de pensar, de participar e de discordar. E, aqui, no Senado, senti-me à vontade para debater todos os assuntos em pauta, para defender os interesses do meu País e do meu Estado, o Paraná.
Sou grata, de forma muito especial, ao Presidente José Sarney, que, desde o início, acolheu-me com muita simpatia e respeito; ao Líder da Bancada do PT, Senador Humberto Costa, companheiro e amigo de longa caminhada ? e, em seu nome, quero cumprimentar todos os Senadores e Senadoras do meu Partido, com quem tive intenso convívio ?; ao Líder do Governo, Senador Romero Jucá, por quem tenho muito respeito e consideração, assim como ao PMDB; aos membros da Mesa, aos Senadores da nossa base de Governo, enfim, a todos os Senadores e Senadoras com quem tive convivência, especialmente, ao Presidente Delcídio, da CAE, e ao Presidente Collor, da Comissão de Relações Exteriores; também aos funcionários e funcionárias desta Casa.
Viver exposta a pontos de vista contraditórios é condição da vida parlamentar e da vida democrática.
Por isso, aqui, quero aqui manifestar também minha deferência aos integrantes da oposição. Todos foram adversários duros no debate, mas prevaleceu sempre a convivência democrática. Perguntaram-me ontem, em conversa com a imprensa, o que teria a dizer sobre a menção, por alguns oposicionistas, de que sou um trator. Não considero esta a melhor metáfora para quem exerce a política e sempre se dispôs a debater, ouvir e construir consensos. A manifestação democrática é o maior instrumento que temos para avançarmos no desenvolvimento do nosso País. E acredito que o desfecho da manifestação democrática é a decisão da maioria. Gostaria muito, portanto, de manter a convivência respeitosa que iniciamos nesta Casa.
Não teve um dia em que não recebi um incentivo, um novo ensinamento, uma palavra de apoio e de amizade. Levarei esses gestos na memória. Quero agradecer os pronunciamentos de estímulo e consideração que recebi ontem e hoje desta tribuna.
A Presidenta Dilma me confiou uma nova missão, e vou cumpri-la levando em conta muito do que aprendi no Senado. Assim como a Presidenta, minha caminhada tem uma razão de ser: é a favor do Brasil e do seu futuro. A responsabilidade é grande.
Quando disputei o Senado da República, assumi compromisso de defender meu Estado, o Paraná, na federação, e ajudar a Presidenta Dilma, primeira mulher eleita para o cargo a governar o País. Por isso, sempre fui muito incisiva, aqui, na defesa do seu Governo. Não pelo simples fato de pertencer à sua base ou ser do Partido da Presidenta, mas, sobretudo, porque acredito no projeto que ela representa e coordena no País: um desenvolvimento econômico inclusivo, em que as pessoas são o objetivo maior da nossa atuação.
Quis Deus, através da Presidenta, que eu ficasse ainda mais próxima para esse auxílio. E tenho muita clareza do tamanho dessa missão. A quem muito é dado, muito será cobrado.
Não posso terminar este pronunciamento sem dirigir-me ao meu Estado, ao meu Paraná, aos eleitores e eleitoras que me trouxeram até aqui. Dizer que meu afastamento do Senado não me afasta dos compromissos que assumi. Estou mudando de instância, mas não de caminho. Peço a este Senado da República, ao Congresso Nacional, apoio e companheirismo para desenvolver essa nova tarefa. Peço a Deus sabedoria para exercê-la.
Encerro, aqui, com a poesia da paranaense Helena Kolody: ?Deus dá a todos uma estrela. Uns fazem da estrela um sol. Outros nem conseguem vê-la?. Meu esforço é para estar no primeiro grupo. Muito obrigada aos meus colegas e às minhas colegas Senadoras.?
Temas
EM RESPOSTA AO SUPREMO
Senado defende regras da Lei do Impeachment para ministros do STF
NA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS
Lula celebra 95 anos do MEC com caminhada e alfineta Bolsonaro
ALEXANDRE PADILHA