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Congresso em Foco
26/5/2011 5:38
Fábio Góis
As questões relacionadas à sexualidade continuam gerando polêmica no Congresso. Depois das seguidas investidas do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) contra gays e da discussão do projeto que criminaliza a homofobia, agora é a vez de o DEM pedir na Justiça a restituição do dinheiro empregado na produção e distribuição do chamado ?kit anti-homofobia? por parte do Ministério da Educação (MEC). Trata-se de um material didático que seria distribuído em escolas públicas abordando, entre outros tabus, o tema da liberdade sexual. Diante das reações ao kit, a executiva nacional do partido se reuniu hoje (quinta, 26) e decidiu acionar a Justiça para exigir a devolução dos recursos aos cofres da União.
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?Houve um fato inusitado. A própria presidente da República mandou recolher o material impresso, já preparado e decretado inapropriado, no qual se usou dinheiro público?, destacou o presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN), para quem o fato de a própria presidenta Dilma Rousseff ter considerado o kit inadequado para a educação de jovens e crianças agrava a situação.
Ontem (quarta, 25), Dilma determinou o recolhimento do material. A versão oficial para a decisão, segundo o secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho, é que Dilma viu e não gostou dos vídeos produzidos e determinou a suspensão de todas as produções relacionadas ao assunto. O objetivo, segundo ele, é ouvir outros segmentos da sociedade.
Mas o que é cada vez mais claro no Congresso é a reação veemente das bancadas religiosas contra o que chamam de ?kit-gay? ? que, junto com o Projeto de Lei da Câmara 122/2006 (torna crime a discriminação contra homossexuais), é o alvo da vez de católicos e evangélicos. Ontem, por exemplo, o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Família, senador Magno Malta (PR-ES), ocupou por um longo tempo a tribuna do plenário para criticar, entre outras coisas, o ?império homossexual? que adviria de medidas liberais em curso no país.
?Vamos acionar o ministério para que seja devolvido aos cofres públicos todo dinheiro gasto com material que a própria presidente Dilma mandou recolher por impropriedade. Quem é que vai pagar essa gastança irresponsável do Ministério da Educação? Quem faz oposição tem a obrigação de fiscalizar e fiscalizar é cobrar o dinheiro gasto impunemente?, acrescentou Agripino.
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