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Congresso em Foco
23/10/2010 14:45
Renata Camargo
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, rebateu na tarde deste sábado (23) novas acusações de envolvimento na elaboração de supostos dossiês contra tucanos. Reportagem publicada na edição desta semana da revista Veja acusa Dilma de encaminhar à Secretaria Nacional de Justiça, ligada ao Ministério da Justiça, pedidos para elaboração de documentos com dados sigilosos. 
"Eu nego terminantemente esse tipo de conversa às vésperas das eleições. Gostaria muito que houvesse, por parte de quem acusou, a comprovação e a prova de que alguma vez fiz isso", disse Dilma. "É muito fácil, na última hora, na semana da eleição, criar uma acusação contra a pessoa sem prova alguma. É grave utilizar desses métodos nesta reta final", afirmou em entrevista coletiva.
A reportagem se baseia em gravações feitas no gabinete do ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior. Nas gravações, Tuma Jr. conversa com funcionários do Ministério da Justiça e cita que Pedro Abramovay, que o sucedeu na secretaria, estaria aborrecido por receber pedidos de Dilma para elaborar dossiês.
Ainda segundo a revista, em um dos diálogos, Abramovay cita Dilma e o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho. De acordo com Veja, Abramovay diz "não aguentar mais" os pedidos para elaboração de documentos com dados sigilosos:  "Não aguento mais receber pedidos da Dilma e do Gilberto Carvalho para fazer dossiês. (...) Eu quase fui preso como um dos aloprados". A reportagem não cita as circunstâncias da conversa, nem se as gravações foram feitas com autorização legal.
Procurado pela revista, o secretário nacional de Justiça negou a autoria da declaração. "Nunca recdebi pedido algum para fazer dossiês, nunca participei de nenhum suposto grupo de inteligência da candidata Dilma Rousseff e nunca tive de me esconder - ao contrário, desde 2003 sempre exerci funções públicas."
Tuma Jr. foi exonerado do Ministério da Justiça em junho, acusado pela Polícia Federal de ter ligações com o contrabandista Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li, preso desde o ano passado. O ex-secretário admitiu a amizade com o contrabandista, mas negou ter favorecido o amigo. 
O filho do senador Romeu Tuma (PTB-SP) também foi acusado de usar o cargo para liberar supostas mercadorias apreendidas, conseguir a aprovação de um genro em um concurso público e evitar a apreensão de dólares de uma deputada estadual paulista no aeroporto de Guarulhos.
Questionado sobre o fato de o ex-secretário Romeu Tuma Jr. ter confirmado as denúncias, Dilma afirmou que ele "deve ter razões pessoais". "Eu nego terminantemente e acredito que algumas pessoas teriam alguma razão para fazer isso. Não me coloque no meio de práticas que eu não tenha relação alguma", afirmou sem mencionar nomes, de acordo com a Agência Brasil.
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