Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. "Menti porque era igual a todos os políticos", diz Arruda

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

"Menti porque era igual a todos os políticos", diz Arruda

Congresso em Foco

2/11/2009 20:00

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Fábio Góis

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), disse neste domingo (1º) ao jornalista Kennedy Alencar, em entrevista ao programa "É notícia", da Rede TV!, que mentiu no episódio da violação do painel eletrônico de votação do Senado porque era igual a todos os políticos brasileiros, e que estava contaminado pelo "vírus" que ataca a classe. A calúnia a que o governador se refere o levou a renunciar ao cargo, depois de discurso na tribuna do plenário em que negara com veemência ter participado da violação.

"O me levou a mentir foi ser igual a todos os políticos brasileiros", disse Arruda, que chegou a chorar em seu discurso no plenário. "Eu estava ali inoculado por este vírus que ataca, principalmente, um sujeito como eu, na época jovem, que tinha chegado com 40 anos ao Congresso."

Para Arruda, que era líder do governo na época do episódio, a arrogância foi outro fator que o levou a mentir em plenário. "Não só minha, mas de todos os que participaram", disse, acrescentando "talvez" saber quais outros parlamentares viram a lista de votações que resultou na cassação do então senador Luiz Estevão (PMDB-DF).

Instado pelo jornalista a revelar nomes, Arruda se esquivou. "O erro que eu cometi não vai diminuir se eu incluir nele alguns outros que erraram", tergiversou Arruda, pré-candidato do DEM à reeleição ao governo do DF. "Graças a Deus, eu me recuperei no momento em que falei: 'Gente, eu errei, eu não quero ser igual aos outros políticos que erram e ficam mentindo. Então vou falar a verdade logo, eu vi mesmo a lista'. Os outros que viram terão o resto da vida para confessar ou não'."

Memória

O escândalo do painel eletrônico aconteceu no ano 2000, quando da sessão de votação que cassou o mandato de Luiz Estevão, em junho daquele ano. Tinha como pano de fundo uma disputa política entre senadores Jader Barbalho (PMDB-PA) e Antônio Carlos Magalhães (DEM-DF), então presidente do Senado. A violação da votação sigilosa levou à renúncia de ACM, Arruda e Jader. Em março de 2000, depois de um bate-boca entre Jader e ACM, o Conselho de Ética aprovou um voto de censura contra os dois.

"Fui levado na rede por uma briga que não era minha", relembra Arruda, admitindo ter pagado "um preço muito alto" pela participação no caso.

Quase um ano depois, Jader se elegeu presidente do Senado. ACM transformou-se, então, em um franco-atirador e fez uma série de denúncias contra o rival, chegando a romper com o governo Fernando Henrique Cardoso. Em meio às denúncias, o baiano confessou ter quebrado o sigilo do painel eletrônico na sessão acima mencionada. Na época da votação, ACM presidia a Casa.

Em depoimento à comissão de inquérito aberta para investigar o caso, a ex-diretora do Prodasen (Secretaria Especial de Informática do Senado), Regina Borges, confirmou que o painel fora violado a pedido de ACM e do então líder do governo, José Roberto Arruda.

No início de 2001, Jader, envolvido em denúncias de corrupção, e ACM e Arruda, em vias de terem processo de cassação aberto pelo Conselho de Ética, renunciaram aos respectivos mandatos. Nas eleições de 2002, Jader e Arruda foram eleitos deputados federais, enquanto ACM, morto em 2007, retornou ao Senado. Jader Barbalho se reelegeu deputado.

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

Lula define amanhã metas para conferência climática

Lula espera do Congresso rápida regulamentação da atividade de catador

Manchetes dos jornais - Obama pressiona Brasil por compra de caças

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

repercussão

Direita politiza campanha com Fernanda Torres e critica Havaianas

2

Polícia Judicial

Lei que reorganiza a carreira da polícia judicial é sancionada

3

CALENDÁRIO

Congresso entra em recesso a partir desta terça; veja funcionamento

4

Direitos estudantis

Deputados querem tornar obrigatória a remuneração de todos os estágios

5

Cassação

Após perda de mandato, Câmara cancela passaporte de Eduardo Bolsonaro

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES