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Congresso em Foco
29/9/2009 11:21
Renata Camargo
A crise desencadeada pela proteção oferecida pelo governo brasileiro ao presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, entrou definitivamente na pauta do Congresso Nacional.
Muito questionado por sua atuação no episódio, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, comparecerá às 15h de hoje à Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, conforme acaba de informar a assessoria da comissão. Amorim também receberá daqui a pouco deputados em um almoço reservado no Itamaraty.
Embora a Câmara dos Deputados tenha chegado a aprovar uma moção de repúdio contra o governo golpista de Honduras, pelos ataques feitos na semana passada à embaixada brasileira, onde se encontra Zelaya, vários parlamentares - inclusive da base governista - fazem muitas críticas à maneira como o Brasil está conduzindo a questão. No dia seguinte ao cerco à sede diplomática, a CRE do Senado aprovou moção contra a ação militar.
Até mesmo o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), um dos principais aliados do presidente Lula no Congresso, chegou a dizer que discordava da transformação da embaixada em um "comitê político", no qual Zelaya e seus seguidores planejam a estratégia para voltar ao poder.
O presidente da CRE do Senado, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), quer colocar ainda hoje em votação na comissão proposta para que seja recomendado ao governo brasileiro que sejam retirados da embaixada as dezenas de seguidores que acompanham o presidente deposto, de modo que ali permaneçam apenas Zelaya e sua família.
Deputados irão a Honduras
A Comissão de Relações Exteriores da Câmara também discutiu o assunto, agora pela manhã. Seus integrantes decidiram enviar uma comitiva a Honduras para avaliar de perto a situação.
Segundo o presidente da comissão, deputado Severiano Alves (PDT-BA), a missão terá objetivos estritamente humanitários. Não cuidará de aspectos políticos ou institucionais, mas sim de avaliar a situação das pessoas abrigadas na embaixada brasileira e de verificar como estão sendo tratados os brasileiros que vivem em Honduras (incluindo diplomatas e funcionários da embaixada).
A comitiva sairá de Brasília às 8h de amanhã, regressando na sexta-feira. Integrarão a missão parlamentar brasileira o presidente da comissão e os deputados Maurício Rands (PT-PE), Ivan Valente (Psol-SP), Bruno Araújo (PSDB-PE), Raul Jungmann (PPS-PE), Claudio Cajado (DEM-BA) e Marcondes Gadelha (PSB-PB).
Severiano explicou que o almoço que os deputados terão daqui a pouco com o ministro Celso Amorim já estava marcado antes da atual crise em Honduras, mas que agora esse deve se converter mesmo no principal assunto do encontro.
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