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Congresso em Foco
29/6/2009 19:17
Fábio Góis
Em meio à enxurrada de notícias negativas e da paralisia legislativa do Senado, o primeiro-secretário da Casa, Heráclito Fortes (DEM-PI), deu continuidade às mudanças nos cargos da cúpula administrativa e anunciou hoje (segunda, 29) a saída de quatro servidores. "São ajustes normais, tendo em vista que temos nova direção", disse Heráclito, referindo-se às exonerações anunciadas na última terça-feira (23).
Na semana passada, com a anuência do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), Heráclito anunciou a exoneração do então diretor-geral, Alexandre Gazineo, e do diretor de Recursos Humanos, Ralph Campos Siqueira. A comissão de sindicância designada para examinar o mais recente escândalo instalado na Casa, o caso dos atos administrativos secretos, descobriu que o ex-diretor-geral da Casa Agaciel Maia e Gazineo, seu então adjunto, foram os responsáveis pela maior parte dos documentos clandestinos.
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Os diretores e servidores de alto escalão desligados hoje (29) de suas funções são Aloysio Novais Teixeira (Secretaria de Patrimônio); Sebastião Fernandes Neto (Secretaria de Coordenação e Execução); Dimitrius Hadjinicolau (chefia de gabinete da Secretaria de Estágios); e Shalom Granado (Secretaria de Controle Interno) - este, por iniciativa própria.
Agora ex-diretor de Controle Interno, Shalom já havia informado ao Congresso em Foco a disposição de deixar o comando da diretoria. Advogado concursado da Casa, Shalom disse que pretendia estudar e atualizar seus conhecimentos profissionais. Umas de suas atribuições era orientar os gestores do Senado a fim de evitar eventuais deslizes administrativos, como a contratação de parentes e emissão de atos institucionais sem a devida publicidade - a Constituição de 1988 estabelece que todos os documentos da administração pública sejam publicados.
Há até cerca de dois meses, a Diretoria Geral do Senado negava a Shalom acesso a um instrumento crucial para a execução do trabalho de diretor de Controle Interno - o sistema Ergon, programa de alta tecnologia que reúne dados de todos os servidores do Senado, bem como demais movimentações contratuais. Sem conhecer o trâmite de diversos processos, o servidor não tinha como apontar eventuais casos de irregularidade, de maneira a se antecipar e prestar a devida orientação ao responsável pela ação indevida. Depois do afastamento de Agaciel da Diretoria Geral e da demissão do então diretor de Recursos Humanos, João Carlos Zoghbi, o acesso foi desbloqueado.
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