Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
28/5/2009 20:44
Rodolfo Torres
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), entidade presidida pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO), divulgou nota nesta quinta-feira (28) afirmando que denunciará o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, à Comissão de Ética do governo federal. A entidade ruralista classificou de "inaceitável" a atitude de Minc para com os representantes da bancada ruralista do Congresso.
Ontem, em ato com militantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Contag), Minc chamou os ruralistas de "vigaristas". "Um funcionário público, que usa o posto que lhe foi confiado pelo presidente da República para desconstruir toda e qualquer ponte em direção ao diálogo com a classe produtiva, deve responder pelos seus atos em todas as instâncias", afirma o comunicado da CNA.
Nessa quarta-feira, o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), rebateu as declarações do ministro dizendo que Minc é um "desqualificado moral". "Esse é o palavreado que ele utiliza com o narcotráfico no morro do Rio de Janeiro. Não venha trazer esse palavreado para cá", disparou o ruralista.
Por sua vez, o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), tentou amenizar a situação, afirmando que o ministro retirava as críticas. "Ele reconhece que se excedeu", afirmou Fontana, destacando que o ministro "continua com sua convicção de como conduzir a política ambiental".
Confira a íntegra da nota
CNA EXIGE RESPEITO AO PRODUTOR RURAL
Por cultivar a convivência respeitosa com os poderes da República, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vem a público pedir a atenção da sociedade para os seguintes pontos:
1) rompendo os limites da civilidade, desrespeitando as regras elementares da convivência democrática e assumindo os riscos de responder por suas afirmações difamatórias, o ministro Carlos Minc tentou desqualificar os produtores rurais do Brasil;
2) em um momento de dificuldades econômicas como este, em que o País sabe que pode contar com os produtores rurais, é profundamente lamentável que um integrante do governo desrespeite gratuitamente quem produz e luta contra a crise que está corroendo o emprego e a vida das pessoas;
3) a construção de um Brasil ecologicamente responsável está sendo buscada pelo consenso. Ofensas e palavrões são intoleráveis. A sociedade brasileira não merece ser submetida a tais constrangimentos. O Presidente da República, que tem em sua história passagem marcante pelo sistema sindical, certamente saberá avaliar e tomar as medidas cabíveis para conservar o ambiente democrático e republicano;
4) a CNA levará à Comissão de Ética do governo federal denúncia pública contra Carlos Minc por considerar que seu ato é inaceitável. Um funcionário público, que usa o posto que lhe foi confiado pelo Presidente da República para desconstruir toda e qualquer ponte em direção ao diálogo com a classe produtiva, deve responder pelos seus atos em todas as instâncias;
5) a CNA e os produtores rurais do Brasil manifestam sua admiração, seu respeito e sua solidariedade aos parlamentares que representam a agropecuária no Congresso Nacional e que também foram agredidos publicamente;
6) os produtores rurais reafirmam ao País o compromisso com a preservação ambiental e com a manutenção da produção de alimentos. Lembram ainda que nas democracias, presidentes da República, ministros e demais autoridades, debatem e buscam o consenso sobre os assuntos de interesse da sociedade. O que não se admite, e não se pode admitir, é que o ministro do Meio Ambiente tente camuflar a solerte intenção de estabelecer o confronto no setor rural brasileiro, mostrando-se desqualificado para o cargo que ocupa.
Brasília, 28 de maio de 2009
Senadora Kátia Abreu
Presidente
Temas
Comissão de Direitos Humanos
PEC da Blindagem será recebida com "horror" pelo povo, afirma Damares
IMUNIDADE PARLAMENTAR
PEC da Blindagem
Silvye Alves pede desculpas por voto a favor da PEC da Blindagem
PEC da Blindagem
Em vídeo, Pedro Campos diz que errou ao apoiar PEC da Blindagem