Clodovil é enterrado em São Paulo

O corpo do deputado Clodovil Hernandes (PR-SP) foi sepultado hoje (18), às 17h, no cemitério do Morumbi, na capital paulista. Eleitores, fãs, políticos e amigos acompanharam o velório realizado desde o final da manhã na Assembleia Legislativa de São Paulo.  Estilista e apresentador de TV, Clodovil morreu ontem, em Brasília, em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC).

Ciro Moura, presidente do PTC, partido pelo qual o paulista se elegeu deputado, foi vaiado e impedido pela advogada de Clodovil, Maria Hebe Pereira de Queiroz, de se aproximar do caixão. Na semana passada, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) absolveu o deputado, denunciado por infidelidade partidária. O TSE entendeu que Clodovil trocou de legenda por se sentir perseguido pelo antigo partido.

Entre os políticos que foram ao enterro estavam o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), o vereador Agnaldo Timóteo (PR) e o vice-prefeito de São Bernardo do Campo, o ex-deputado Frank Aguiar (PTB-SP).  O corpo de Clodovil foi sepultado no jazigo da família Hernandes, ao lado do corpo de sua mãe, Izabel Sanches Hernandes.

A morte de Clodovil Hernandes foi confirmada pelo Hospital Santa Lúcia, em Brasília, às 18h50. A morte cerebral já havia sido anunciada às 16h e, desde então, os médicos iniciaram procedimento de retirada de órgãos para doação. A caminho do centro cirúrgico, o parlamentar sofreu uma parada cardíaca e, por conta da falha no coração, o transplante foi inviabiizado.

Em entrevista ao Congresso em Foco, pouco antes de assumir o mandato, Clodovil prometia fazer barulho na Câmara. O estilista teve passagem curta pelo Congresso, mas deixou a marca da irreverência e das declarações polêmicas (leia mais e confira os vídeos).

Hoje, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou um projeto de lei de autoria do deputado que autoriza o enteado a trocar o sobrenome herdado do pai pelo do padastro. Segundo os senadores, a aprovação do texto, que ainda precisa ser votado pelo Plenário, foi uma homenagem ao parlamentar. (Edson Sardinha)