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"O 'deus mercado' quebrou por falta de controle", diz Lula

Congresso em Foco

30/1/2009 | Atualizado às 7:09

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O presidente Lula disse que os países ricos e a política do Fundo Monetário Internacional (FMI) levaram o mundo à crise econômica. Em discurso, durante o painel "Diálogo sobre Integração Popular de nossa América", promovido ontem (29) à noite pelo Movimento dos Sem Terra (MST) no Fórum Social Mundial, em Belém, Lula afirmou que “a crise não é nossa, é deles” e que “o ‘deus mercado’ quebrou por falta de controle”.

“Parecia que eles eram infalíveis e nós éramos incompetentes. Está provado que Deus escreve certo por linhas tortas. A crise não é nossa, é deles. Ela não nasceu por causa do socialismo bolivariano do Hugo Chávez. Não nasceu das brigas de Evo Morales. A crise nasceu porque durante os anos 80, ao estabelecer a lógica de consenso em Washington, eles venderam a lógica de que o Estado não prestava para nada e que o ‘deus mercado’ ia desenvolver o país e fazer justiça social”, criticou Lula em seu discurso para um público formado, em sua maioria, por pessoas ligadas a movimentos sociais.

Muito aplaudido, o presidente estava acompanhado dos presidentes da Bolívia, Evo Morales, da Venezuela, Hugo Chávez, do Equador, Rafael Correa, e do Paraguai, Fernando Lugo. No encontro, Lula defendeu ainda que os países desenvolvidos devem ajudar os setores produtivos, ao invés de ajudarem apenas o mercado financeiro. Irônico, disse ainda que espera que o “FMI conserte a economia”.

“Espero que o FMI diga ao querido Barack Obama como tem que consertar a economia. Diga à Alemanha como tem que resolver os problemas. Ao Nicolas Sarkozy, ao Sílvio Berlusconi como vão cuidar das crises que eles criaram”, ironizou. “Até agora, eles só cuidaram dos banqueiros. Aqui neste país, o povo pobre não será o pagador dessa dívida. Não vai ter sua vida piorada por conta da irresponsabilidade dos banqueiros”, garantiu.

Integração

Uma maior integração entre países da América Latina como maneira de superar a crise econômica mundial foi defendida por todos os chefes de Estado presentes no local. Em seu discurso, o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, pediu para que os países latino-americanos se juntem para enfrentar a crise e promover o desenvolvimento da região. Ele disse ainda que os “governos progressistas” necessitam dos movimentos para intercâmbio de idéias.

“Hoje existe e se constrói uma nova relação entre governos, mas isso não basta porque temos que criar novas relações entre os partidos e os movimentos sociais. Os movimentos populares vêm impulsionando para gerar a troca em nossos países”, disse. “Temos que ter hoje na América Latina impaciência para levar a cabo as mudanças necessárias que por mais de 500 anos estamos lutando”, considerou Lugo.

Rafael Correa,  por sua vez, disse que é preciso consolidar os grandes projetos comuns da América do Sul para “dar continuidade aos ganhos alcançados pelos governos”. O presidente equatoriano afirmou ainda que “os culpados pela crise”, em Davos, na Suíça, “estão buscando uma terapia para moribundos”. É nos Alpes suíços, que ocorre até está sexta-feira (30) o Fórum Econômico Mundial, que reúne os grandes empresários de todo o mundo.

Socialismo

Considerado por Chávez como a “causa da pobreza no mundo”, o capitalismo também foi atacado pelo presidente da Bolívia. Morales disse que os países latinos devem entrar em “campanha” contra o sistema e que “a humanidade pode sepultar o capitalismo e salvar o planeta”.

O líder boliviano acrescentou ainda que é preciso “uma revolução mundial” para acabar com o intervencionismo norte-americano. “Antes os povos pegavam armas contra o império. Agora o império pega em armas contra os povos”, afirmou em seu discurso.

Breve em seu discurso, diferentemente do usual, o presidente da Venezuela destacou que a crise econômica “segue avançando e demolindo o mundo”.  Chávez disse que o “socialismo do século XXI” é o único caminho para salvar a humanidade.

“Depois de 300 anos de capitalismo, o mundo leva 800 milhões de famintos. Devemos continuar batalhando para derrotar o capitalismo mundial, para construímos entre todos os governos populares e revolucionários, nosso socialismo. Não há outro caminho: o capitalismo que destrói a humanidade ou o socialismo”, concluiu Chávez. (Renata Camargo, de Belém)

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