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Lula cobra ajuda maior dos países ricos ao Haiti

Congresso em Foco

18/1/2010 9:41

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Em seu primeiro programa semanal de rádio no ano, o presidente Lula cobrou maior ajuda dos países ricos na reconstrução do Haiti, devastado semana passada por um terremoto que atingiu 7 graus na escala Richter e deixou milhares de mortos. Na avaliação do presidente, é preciso transformar a solidariedade demonstrada por todo o mundo em ajuda concreta e coordenar a distribuição dos donativos para que os alimentos possam chegar às vítimas.

"Acho que os países da América Latina vão ajudar e, sobretudo, os países mais ricos têm que colocar mais dinheiro. Ou seja, o momento agora, é de colocar a mão no bolso e ajudar. O Brasil já colocou US$ 15 milhões de dólares à disposição do Haiti e nós achamos que têm países que podem dar mais. O Banco Mundial já colocou US$ 100 milhões de dólares, também", disse Lula no Café com o Presidente.

De acordo com o petista, a prioridade agora é mandar água e comida para o Haiti. "Tudo isso é preciso ter uma coordenação para que esse dinheiro chegue para quem precisa e que esse dinheiro possa servir para reconstruir o Haiti. Agora, a prioridade um é a gente cuidar da água e da alimentação do povo do Haiti. E vamos tentar pedir alimentos, de acordo com as necessidades do povo do Haiti. O que não pode acontecer é a gente ficar recolhendo coisas que depois nem os próprios haitianos precisam", afirmou.

Lula também destacou o lançamento da pedra fundamental e início das obras da refinaria Premium I, da Petrobras, no Maranhão. Segundo o presidente, essa é "a grande revolução industrial" que vai acontecer no estado. "É importante saber que a última refinaria feita pela Petrobras foi nos anos 80. Portanto, há 30 anos a Petrobras não fazia uma refinaria. E nós agora tomamos a decisão de fazer a refinaria Premium, do Maranhão, com investimento de R$ 40 bilhões. Esse empreendimento vai funcionar a primeira parte em 2013, a segunda parte em 2015. Até 2013 nós vamos começar a refinar 300 mil barris/dia e até 2015 vamos terminar refinando 600 mil barris/dia", declarou.

Veja a íntegra do Café com o Presidente:

"Apresentadora: Olá, você, em todo o Brasil. Eu sou Anelise Borges e estou aqui substituindo o apresentador Luciano Seixas. Começa, agora, o Café com o Presidente, o programa de rádio do presidente Lula. Olá, presidente, como vai? Tudo bem?

Presidente: Tudo bem, Anelise.

Apresentadora: Presidente, a tragédia ocorrida no Haiti deixou o mundo abalado. Uma onda de solidariedade se formou para ajudar o país. Qual o papel do Brasil nesse movimento?

Presidente: Olha, o Brasil tem um papel muito importante no Haiti porque o Brasil, na verdade, é o país que coordena as forças militares que dão segurança ao Haiti há cinco anos, já. Nós coordenamos a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti) e, portanto, o Brasil tem um papel relevante, os soldados brasileiros tiveram um papel muito importante durante o terremoto e, lamentavelmente, nós tivemos a morte de soldados brasileiros, do representante do Brasil na ONU (Luiz Carlos da Costa) e da dona Zilda Arns (fundadora da Pastoral da Criança), ou seja, foi uma situação muito difícil, porque não tinham os instrumentos necessários para que a gente pudesse remover os destroços e salvar pessoas com vida, que foi a primeira preocupação. Nós imediatamente mandamos alimentos, mandamos aviões com bombeiros, com cães farejadores, médicos. A semana passada foi montado o hospital de campanha das Forças Armadas para atender às pessoas. E o mundo todo está sensibilizado. Agora, é preciso transformar essa sensibilidade em ajuda concreta, em dinheiro para que a gente possa reconstruir o Haiti. O Brasil está já há vários anos reivindicando dinheiro dos países doadores, porque é preciso que a gente resolva o problema do Haiti com mais rapidez, e eu espero que, em função desse terremoto e da catástrofe acontecida no Haiti, com milhares de mortos ainda não avaliados, porque não sabemos quantos realmente morreram, eu espero que o mundo inteiro resolva colocar dinheiro, para que a gente reconstrua o Haiti e que a gente possa dar uma qualidade de vida digna àquele povo, que foi o primeiro povo do nosso continente a conquistar a sua independência.

Apresentadora: Como é que está essa mobilização, presidente, do mundo em relação ao Haiti?

Presidente: Olha, o mundo inteiro está mobilizado. O secretário-geral da ONU (Ban Ki-Moon) foi lá. Essa semana o presidente Obama (Barack Obama) teve uma reunião com o ex-presidente Bush (George Bush), com o ex-presidente Clinton (Bill Clinton), para cuidar do Haiti. Aqui, no Brasil, nós temos um comitê de crise, coordenado pelo general Félix (Jorge Félix), que é o chefe do Gabinete Institucional. Eu acho que os europeus estão ajudando e vão ajudar mais. Acho que os países da América Latina vão ajudar e, sobretudo, os países mais ricos têm que colocar mais dinheiro. Ou seja, o momento agora, é de colocar a mão no bolso e ajudar. O Brasil já colocou US$ 15 milhões de dólares à disposição do Haiti e nós achamos que têm países que podem dar mais. O Banco Mundial já colocou US$ 100 milhões de dólares, também. Agora, tudo isso é preciso ter uma coordenação para que esse dinheiro chegue para quem precisa e que esse dinheiro possa servir para reconstruir o Haiti. Agora, a prioridade um é a gente cuidar da água e da alimentação do povo do Haiti. E vamos tentar pedir alimentos, de acordo com as necessidades do povo do Haiti. O que não pode acontecer é a gente ficar recolhendo coisas que depois nem os próprios haitianos precisam.

Apresentadora: Presidente, mudando de assunto, na semana passada o senhor esteve no município de Bacabeira, no Maranhão, lançou a pedra fundamental e deu início às obras da refinaria Premium I, da Petrobras. Podemos dizer que esse é mais um passo para a política de desenvolvimento regional?

Presidente: Olha, nós poderíamos dizer que é a grande revolução industrial que vai acontecer no estado do Maranhão. É importante saber que a última refinaria feita pela Petrobras foi nos anos 80. Portanto, há 30 anos a Petrobras não fazia uma refinaria. E nós agora tomamos a decisão de fazer a refinaria Premium, do Maranhão, com investimento de R$ 40 bilhões de reais. Esse empreendimento vai funcionar a primeira parte em 2013, a segunda parte em 2015. Até 2013 nós vamos começar a refinar 300 mil barris/dia e até 2015 vamos terminar refinando 600 mil barris/dia. Estamos trabalhando para fazermos a refinaria de 300 mil barris/dia também no estado do Ceará. Tem a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e tem a refinaria também no Rio Grande do Norte. Ou seja, então, só para você ter ideia do que significa esse investimento no Maranhão, diretamente no pico da obra nós vamos ter 26 mil trabalhadores e, entre diretos e indiretos, nós poderemos chegar a 130 mil trabalhadores. Nós vamos priorizar a formação de mão de obra na região, isso foi muito discutido lá, porque é a chance que a gente tem de desenvolver os estados mais pobres do Brasil. Atrás de uma refinaria dessa, vai ter outras fábricas, vai ter hotel, vai ter universidades, vai ter escola técnica, vai ter muita formação profissional, e vai ter restaurante. Portanto, eu acho que é um desenvolvimento extraordinário. Eu acho que essa é uma política de desenvolvimento regional que não tem mais volta. Ou seja, o Brasil aprendeu que não adianta você ter um, dois, três, quatro estados muito ricos e o restante pobre. É preciso que a gente tenha uma distribuição das possibilidades de investimentos em todo o território nacional, para que o Brasil cresça de forma mais igualitária, mais justa e mais solidária.

Apresentadora: Obrigada, presidente Lula."

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