OAB-DF vai pedir impeachment de aliados de Arruda

Fábio Góis

A seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) vai protocolar na manhã da próxima segunda-feira (14), na Câmara Legislativa do DF, um pedido de cassação dos deputados distritais citados na operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que desbaratou um esquema de pagamento de propina no alto escalão do Governo do Distrito Federal e entre parlamentares da base aliada. A decisão, formalizada em sessão na noite de quinta-feira (10), foi unânime entre os 42 membros do Conselho Pleno da entidade.

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A estratégia da OAB-DF é impedir que o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (ex-DEM), que é alvo de três pedidos de impeachment protocolados na Câmara Legislativa, articule uma estratégia política para se livrar do impeachment no âmbito institucional. Aliados de Arruda tentam transferir as ações da comissão especial, que tem nove integrantes, para Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa (cinco membros). Os governistas avaliam que, quanto menos deputados, mais fácil será o controle da tramitação das peças.

A presidente da OAB-DF, Estefânia Viveiros, diz que os parlamentares sob suspeita, que integram não só a CCJ e a comissão especial, como o conselho de ética da Câmara Legislativa, não têm isenção suficiente para julgar o governador Arruda, apontado pelo inquérito em curso no Superior Tribunal de Justiça como o responsável pelo esquema criminoso de distribuição de dinheiro. Um deles, o presidente licenciado da Câmara, Leonardo Prudente, que deve ser expulso pelo DEM (ou optar pela desfiliação) nos próximos dias, foi flagrado em vídeo escondendo maços de dinheiro em bolsos e meias.

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Além do pedido de impeachment por quebra de decoro parlamentar, a OAB-DF também vai pedir que os envolvidos no esquema sejam impedidos de votar ou participar das votações nos processos em tramitação contra Arruda. Além de Prudente, estão entre os distritais flagrados recebendo pacotes de dinheiro o ex-corregedor da Câmara Legislativa, Júnior Brunelli (PSC), e a deputada Eurides Brito (PMDB).    

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