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Congresso em Foco
11/12/2009 18:20
Thomaz Pires
O líder do democratas na Câmara dos Deputados, Ronaldo Caiado (DEM-GO), endossou o clima de expulsão contra os colegas acusados de envolvimento no esquema de corrupção no governo do Distrito Federal. Embora o governador Arruda tenha se antecipado e pedido a desfiliação, nesta quinta-feira (10), Caiado diz que a legenda está com fôlego para desligar os denunciados no escândalo que passou a ser chamado de mensalão do governo Arruda.
"Não temos outra alternativa a ser buscada. É uma encruzilhada. Qualquer procrastinação será mal interpretada e poderá trazer prejuízos ao partido. Nesse caso, estaríamos escolhendo o caminho errado. Portanto, não seremos complacentes com ninguém", promete o parlamentar, que já antecipava o discurso contundente logo no início desta semana.
Reforçando o mesmo tom, o diretório regional do DEM no Distrito Federal decidiu nesta manhã abrir processo contra o deputado distrital Leonardo Prudente (DF), aquele que aparece em vídeo colocando dinheiro na meia (veja o vídeo). O partido deu um prazo de oito dias, a partir da próxima segunda-feira (14), para que o parlamentar apresente a defesa.
Já contra o vice-governador Paulo Octavio, o processo de expulsão no Democratas corre em outro ritmo. O partido ainda não discutiu o tema e somente na próxima semana a executiva decidirá se abrirá processo ou não. De acordo com o inquérito da Polícia Federal, divulgado após a operação Caixa de Pandora, Paulo Octavio recebia 30% nas propinas recolhidas pelo esquema operado por Arruda.
Mas alguns integrantes da executiva do DEM argumentam abertamente que o processo de expulsão do vice-governador precisa de mais tempo para ser analisado. Na avaliação dos colegas de partidos, não há provas contundentes que incrimine o vice se comparado ao governador Arruda, que foi flagrado recebendo maços de dinheiro do ex-secretário de relações institucionais, Durval Barbosa. (veja o vídeo)
Eleições 2010
A corrida eleitoral de 2010 é o pano de fundo que dá fôlego ao Democratas para assumir a posição de "cortar a própria carne". Embora as alianças da legenda ainda não tenham sido fechadas nos estados e no cenário nacional, o partido já sinaliza a intenção de se desvencilhar ao máximo do atual escândalo no DF para não comprometer as articulações do próximo ano, que incluem principalmente o PSDB.
"O Democratas entende que a aliança com o PSDB, seguindo as forças São Paulo e Minas, teria uma dimensão muito forte. Agora, nessa impossibilidade, vamos pleitear nosso espaço, até porque teríamos mais tempo no rádio e TV", analisa o líder Ronaldo Caiado.
O DEM deve definir na reunião da executiva da próxima semana, que ocorre normalmente terça-feira, como será a condução dos processos contra os acusados da legenda. A preocupação com as eleições também já está na pauta da sigla, que pretende reforçar as decisões como um recado para as siglas cortejadas na corrida eleitoral do próximo ano.
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