Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Sokol: PT tem de romper com PMDB e Meirelles

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Sokol: PT tem de romper com PMDB e Meirelles

Congresso em Foco

22/11/2009 6:21

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Edson Sardinha
Dono do discurso mais radical entre os seis candidatos à presidência do PT, Markus Sokol prega o rompimento imediato da aliança do partido com o PMDB e a bancada ruralista, bem como o afastamento do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

"Este é o sentido da minha candidatura a presidente do PT. Um candidato que diz claramente que não é 'chic' dar dinheiro ao FMI, nem manter um Meirelles no Banco Central, como tampouco se aliar ao PMDB", afirma.

O candidato também defende um distanciamento critico entre a legenda e o presidente Lula. "Não à atitude de conveniência de quem só bate palmas, apoia o agronegócio e as isenções fiscais aos patrões enquanto grassam as demissões. Uma direção cuja atitude seja a de ouvir a base, primeiro, antes do Planalto", declara o candidato em sua carta de apresentação.

Polonês naturalizado brasileiro e ex-integrante da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), guerrilha comanda por Carlos Lamarca nos anos 1960, Sokol concorreu sem sucesso à presidência do partido em 2007.

Integrante da corrente de extrema-esquerda "Terra, trabalho e soberania", ele critica a forma com que o governo tem enfrentado a crise econômica. "É preciso encarar o problema de frente. Não é nos tapetes do G-20, braços dados com Obama, que está a solução. É preciso romper com a política que joga as "soluções" nas costas dos trabalhadores", afirma.

Sokol condena a política do governo federal de conceder crédito e subsídio público para grupos privados em crise e prega a reestatização de empresas como a Vale, a Embraer, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a Usiminas, além da completa estatização da Petrobras.

Leia a íntegra da apresentação de Markus Sokol

"Markus Sokol,

Por uma política petista para o PT,
Terra, trabalho e soberania

O Partido dos Trabalhadores precisa de uma direção com outra atitude face ao governo do PT. Uma atitude autônoma, sintonizada com os compromissos históricos do PT de luta pela classe trabalhadora e o interesse da nação brasileira, ainda mais nesse momento de crise capitalista.

Enfim, uma atitude petista!

Esta crise não é como dizem, apenas um produto da "ganância" - afinal, a ética dos capitalistas sempre foi o lucro.

A raiz da crise é a contradição entre as montanhas de capital acumuladas e o mercado mundial saturado que não pode realizá-las. Contradição que o capitalismo tentou contornar pela realização de lucros na especulação financeira. Foi este esquema que explodiu agora.

A OIT, a Organização Internacional do Trabalho, prevê 59 milhões de desempregados a mais em 2009, quando 200 milhões cairão na pobreza, superando vez 1 bilhão de seres humanos na miséria, segundo a FAO (ONU).

Este é o custo social da preservação de um sistema onde em poucos meses os bancos dos EUA e Europa perderam US$ 2 trilhões, enquanto mais de 100 países ficaram sem condições de cobrir US$ 700 bilhões dos US$ 3 trilhões da dívida externa que vence este ano!
 
Mente quem diz que uma crise destas será resolvida com uma regulamentação do mercado.

Uma coisa deve ser clara para todos: os trabalhadores não devem pagar esta crise. Por isso, a primeira providência é proteger os trabalhadores, a principal força produtiva da nação.

É preciso encarar o problema de frente. Não é nos tapetes do G-20, braços dados com Obama, que está a solução. É preciso romper com a política que joga as "soluções" nas costas dos trabalhadores.

Como no exemplo da quebra da General Motors estadunidense, onde os sindicatos são convocados para dirigir o fechamento de milhares de postos de trabalho.

Não será com empréstimos do Brasil ao FMI para engrossar o pacote do G-20 de 1 trilhão para salvar os bancos, que teremos um instrumento favorável aos povos. O FMI segue sendo FMI.

Assim, como não será mandando tropas ao Haiti que ajudaremos o povo da primeira república negra.

Para superar a crise é preciso uma verdadeira política petista que resgate 30 anos de luta do PT!

Por isso, junto com petistas de diferentes trajetórias, tenho ajudado a constituir um Fórum de Diálogo Petista, onde discutimos propostas para ajudar a luta dos trabalhadores.

Hoje, no Brasil, a questão mais imediata é a necessidade de salvar os empregos ameaçados.

Nada é mais importante para a família trabalhadora do que o emprego. 800 mil postos de trabalho cortados pelos patrões na virada do ano, não foram recuperados. E é preciso criar 1,5 milhão de empregos novos ao ano. Por isso, a taxa de desemprego cresceu.

Ora, a Medida Provisória existe para questões "urgentes e relevantes", como esta. Então, para proteger o emprego, o presidente Lula pode e deve editar uma MP proibindo as demissões.

Afinal, grandes empresas continuam demitindo, mesmo recebendo créditos e subsídios públicos. Por isso, as empresas privatizadas que demitem devem ser reestatizadas - a Vale, a Embraer, A CSN e a Usiminas.

O emprego, hoje uma questão central para os trabalhadores e os sindicatos, deve o ser também para o seu partido, o PT.

No ano que vem teremos eleições. É certo que ninguém quer a volta da direita privatista e vendepátria.

Mas para o PT, a batalha começa agora protegendo da crise a nossa principal base social e eleitoral, os trabalhadores da cidade e do campo.

Por isso, a Reforma Agrária é uma questão central. Todos sabem que para superar a crise internacional é preciso desenvolver o mercado interno. Mas para isso, além de preservar os empregos, é preciso realizar a reforma agrária, rompendo o privilégio ao agronegócio exportador.

O PT deve abraçar a campanha pela limitação do tamanho da propriedade rural e pela atualização do índice de produtividade da terra. E defender a revogação da MP de "regularização da grilagem", e as concessões feitas aos "ruralistas" contra a propriedade familiar, os quilombolas, extrativistas, indígenas e ribeirinhos, em detrimento da preservação do meio ambiente.

A outra questão chave para a soberania nacional é a recuperação da Petrobras 100% Estatal, com o pleno controle da reserva bilionária do Pré-Sal, como pede o abaixo-assinado da FUP (Federação dos Petroleiros da CUT) e outras entidades a Lula. Em resumo, é preciso uma política econômica soberana.

Agora que a especulação e os bancos estão em crise, questionados na matriz, no Brasil é hora de romper as exigências do FMI herdadas do governo FHC. Várias delas tornadas lei, como a mal chamada Lei de Responsabilidade Fiscal e as "Organizações Sociais", formas de privatização do patrimônio público, que é preciso revogar.

É preciso acabar com o perverso mecanismo do superávit fiscal primário. Afinal, em 10 anos (1998-2008) fizemos cerca de 800 bilhões de superávit primário para pagar a dívida, que subiu assim mesmo quase outros 800 bilhões mais, passando hoje de 1,4 trilhão!

Esse dinheiro deveria ser destinado para o desenvolvimento e os serviços públicos, começando por recompor de imediato as verbas de 2009 cortadas do Incra, de Ciência e Tecnologia e do MEC!

É hora de questionar o próprio pagamento da Dívida. A proteção contra a turbulência pede a centralização do câmbio. É hora de uma Auditoria da Dívida, tal como feito no Equador, num movimento conjunto com a Venezuela, a Bolívia e o Paraguai.

E para batalhar por esta política soberana que o PT deve apresentar Candidatos Próprios para os Governos dos Estados também. No Rio como em Minas, em Pernambuco, n

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

Iriny: "PT precisa mudar profundamente"

Corpo de Celso Pitta é enterrado em São Paulo

PMDB discute sucessão antes de convenção nacional

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

GOVERNO

Lula escolhe Emmanoel Schmidt Rondon para presidir os Correios

2

PEC 3/2021

Veja como cada deputado votou na PEC da Blindagem

3

IMUNIDADE PARLAMENTAR

Entenda o que muda com a PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara

4

MANOBRA NA CÂMARA

Eduardo Bolsonaro é indicado a líder da Minoria para evitar cassação

5

Nova condenação

TRF-4 sentencia Bolsonaro a pagar indenização de R$ 1 mi por racismo

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES