Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
7/10/2009 | Atualizado 2/3/2013 às 22:20
[/caption]
Fábio Góis
O Senado aprovou há pouco em plenário, por unanimidade e em votação simbólica, o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 1736/09, que dispõe sobre o acordo firmado em novembro de 2008 entre Brasil e Vaticano. Aprovada unanimemente na Comissão de Relações Exteriores (CRE), a proposição, que em suma institui o Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, foi encaminhada ao plenário em caráter de urgência. A matéria segue para promulgação.
Conheça a íntegra do acordo Brasil-Vaticano
O relator da matéria na CRE, Fernando Collor (PTB-AL), manteve o texto que saiu da Câmara ao ratificar regras observadas no país a respeito de ensino religioso, casamento e assistência espiritual em presídios, hospitais e estabelecimentos semelhantes. O acordo bilateral só pode ser firmado porque o Vaticano é reconhecido como Estado - ou seja, tem personalidade jurídica de Direito Internacional Público, o que lhe permite ser partícipe em tratados.
Aprovado na Câmara em 27 de agosto, o texto reforça o vínculo não empregatício entre religiosos e instituições católicas; assegura sigilo de ofício a sacerdotes e imunidade tributária para entidades eclesiásticas; e dispensa de visto para estrangeiros em viagem ao Brasil para praticar atividades pastorais.
"O ânimo hostil à religião de modo algum condiz com nossa Constituição", disse Collor, para quem o acordo "contempla e homenageia significativa parcela de nosso povo". Para o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), a matéria aprovada na tarde desta quarta-feira é "profundamente importante para a cultura brasileira e para o brasileiro, de uma maneira geral".
Ex-vice-presidente da República, o senador Marco Maciel (DEM-PE) também celebrou a aprovação do projeto na CRE e, antes da votação do plenário, lembrou que o catolicismo, religião predominante em 170 nações, "é quase uma ONU", com seus 192 países-membros. Maciel fez questão também de elogiar o trabalho do novo núncio apostólico no Brasil, dom Lorenzo Baldisseri.
Destacando a inviolabilidade do caráter laico do Estado, o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), foi à tribuna para encaminhar o voto favorável e classificar como "meritório" o projeto, acrescentando que a proposta "em nada prejudica as demais representações religiosas no Brasil".
Durante a votação na Câmara, a matéria recebeu críticas por parte da bancada evangélica - que, diante da aprovação iminente, articulou-se para aprovar uma proposta semelhante. Os evangélicos viram na proposta a concessão de privilégios do governo brasileiro à Santa Sé (leia mais). Os deputados evangélicos articularam, sem sucesso, mudanças na matéria. Mas, em contrapartida, conseguiram aprovar um projeto de lei que, na prática, estende às denominações evangélicas e demais crenças as disposições centrais do acordo Brasil-Vaticano.
Veja também:
Evangélicos querem estatuto igual ao dos católicos
CCJ aprova criação do Dia Nacional do Evangélico
Tags
Temas
DEFESA DA ADVOCACIA
OAB pede reunião urgente com INSS após postagem sobre benefícios
AGENDA DO SENADO
Pauta do Senado tem isenção do IR e proteção a direitos sociais
A revolução dos bichos
Júlia Zanatta diz que galinha pintadinha é "militante do PSOL"
TENTATIVA DE GOLPE
STF começa na sexta a julgar recurso de Bolsonaro contra condenação
SEGURANÇA PÚBLICA
Entenda o projeto de lei antifacção e o que muda no combate ao crime