Antes de reunião do G8, Lula cobra de países ricos decisões econômicas
Congresso em Foco
6/7/2009 12:18
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O presidente Lula afirmou que a lei que anistia imigrantes irregulares no Brasil é um exemplo para os países ricos, acusados por ele de perseguir os estrangeiros. Ele também cobrou das nações em desenvolvimento a rápida adoção de medidas econômicas que estariam sendo postergadas.
Sancionada na semana passada, a lei permite que os residentes estrangeiros no Brasil até 1º de fevereiro sejam legalizados. Poderão circular em todo o território, trabalhar de forma remunerada e ter acesso aos sistemas de educação, saúde e justiça.
"Essa ação é mais uma lição que a gente vai dar ao chamado mundo desenvolvido", disse Lula no programa de rádio Café com o presidente. "Eles estão perseguindo os imigrantes." O presidente lembrou que diversas nações contribuíram para o Brasil ser o que é hoje. "O que nós fizemos foi dizer para os imigrantes: vocês são nossos irmãos, vocês estão aqui para ajudar o Brasil a crescer, até porque o Brasil é um país que foi construído por imigrantes", afirmou Lula.
A reunião do G-8 acontece na quarta-feira (8), na Itália. É o primeiro encontro após a crise mundial. "E eu estou vendo pouca coisa acontecer por parte dos países ricos, na ajuda que deveriam dar. Nós precisamos cobrar as coisas que nós decidimos que o FMI iria fazer, que o Banco Mundial iria fazer, e acho que essa reunião é extremamente importante."
Lula voltou a dizer que o G-8 não é melhor espaço para debater o tema, mas o G-20. O G-8 é composto pelos oito países mais ricos do mundo e, nesta reunião na Itália, terá como convidados Brasil, Rússia, Índia, China e México.
