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Congresso em Foco
4/10/2005 11:11
Edson Sardinha |
A mulher negra que mais mandatos acumulou na história do parlamento norte-americano esteve esta semana em Brasília para falar sobre o papel dos afro-americanos na política dos Estados Unidos e a forma como eles se organizaram, há quarenta anos, para assegurar uma de suas principais conquistas, a Lei dos Direitos Civis. Na terça-feira passada (9), a democrata Cardis Collins falou por mais de uma hora à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado para um plenário com apenas três senadores. Desses, apenas o autor do requerimento para a audiência, o senador Paulo Paim (PT-RS), acompanhou toda a discussão. Além dele, passaram pelo auditório as senadoras Fátima Cleide (PT-RO) e Ideli Salvatti (PT-SC), líder do partido. O quórum só não foi mais decepcionante por causa da presença de representantes do movimento negro. Membro do Congresso norte-americano por onze mandatos consecutivos, de 1973 a 1997, Collins disse ao Congresso em Foco que é contra a reserva direta de vagas no parlamento para candidatos negros. "Somos astutos politicamente o suficiente para conquistar nossos assentos", disse. Ela manifestou apoio à proposta que obriga os partidos a reservarem vagas para candidatos negros como um dos caminhos para se aumentar a participação política. Na avaliação dela, as ações afirmativas são um processo contínuo cuja eficácia depende da vontade popular. Com a inclusão política e social, os afro-americanos conseguiram, em 39 anos, multiplicar por dez a sua participação no Congresso Nacional. Congresso em Foco - Qual é a eficácia da política de cotas raciais? O Parlamento norte-americano reserva um porcentual de vagas para candidatos negros? A senhora acredita que seria necessário esse tipo de reserva? Entre os 594 parlamentares brasileiros, apenas 24 se declaram negros. O Estatuto da Igualdade Racial, em tramitação no Congresso, prevê que os partidos reservem 30% de suas candidaturas para negros ou pardos. A senhora considera essa sugestão interessante? Qual seria esse outro caminho? Qual a limitação da política de cotas? Ela corre o risco de se tornar, com o tempo, um teto? A senhora disse, durante sua exposição, que as ações afirmativas são um processo contínuo. Qual é o próximo passo nesse sentido nos Estados Unidos? |
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