Alta dos alimentos ameaça meta de inflação

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira o Índice de Preços ao Consumidor Amplo com alta de  0,45%, após quatro meses de queda. Os preços dos produtos alimentícios voltaram a subir em outubro, apresentando alta de 0,69%. O setor teve contribuição de 0,16 ponto percentual e foi responsável por 35% do IPCA do mês.

Com esse resultado, o acumulado no ano de 2008 está em 5,23%, superior ao de igual período de 2007 (3,30%). Em 12 meses, a taxa é de 6,41%, superior ao índice apresentado no período imediatamente anterior, que tinha sido de 6,52%.

O IPCA é o índice oficial utilizado pelo Banco Central para o regime de metas de inflação. O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu que o centro da meta de inflação para 2008 é de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo, ou seja, o teto é de 6,5% e o piso, de 2,5%.

Segundo a pesquisa, em outubro os produtos alimentícios acumulam alta de 10,04% no ano, acima de igual período de 2007, quando haviam ficado em 7,76%. A pressão nos alimentícios, diz o IBGE, ficou concentrada nos feijões (5,66%). O feijão preto teve alta de 7,74% e as carnes, 3,61%. 

Já o  Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também disparou em outubro e subiu 0,5% em relação a setembro, também  de acordo pesquisa do IBGE. O INPC mede o custo de vida para as famílias om rendimento monetário de um a seis salários mínimos. "No acumulado no ano, o índice situa-se em 5,77 %, superior à taxa de 3,70% referente ao mesmo período de 2007. Nos últimos 12 meses, o resultado está em 7,26%, também acima da taxa de 7,04% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2007, o INPC havia sido de 0,30%", diz o comunicado do IBGE. (Lúcio Lambranho)