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A desidratação da esquerda

Congresso em Foco

14/7/2005 16:06

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Expedito Filho, de Nova York



A série de protestos que aconteceu em Brasília revela o estrago provocado na esquerda pela ascensão do PT ao poder. Em primeiro lugar, a influência esquerdista no governo é absolutamente anêmica. Bom, se a esquerda se enfraqueceu no governo, ela então se fortaleceu na oposição, certo? Errado.

A manifestação punk do PSol, tendo a senadora Heloisa Helena (AL) e os ex-petistas Babá (PA) e Luciana Genro (RS) à frente, revela o tamanho e a força dos movimentos esquerdistas. Ou seja, quase nenhuma, se comparados com o peso do PMDB na oposição ao regime militar e à capacidade de mobilização do PT e do PCdoB durante os anos de FHC.

A coisa está tão complicada para a esquerda que o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), um dos braços do Fórum Social, aquele de Porto Alegre, perdeu o radar e errou de endereço. Ao protestar contra a política econômica do governo Lula, bateu na porta do Banco Central. Em outros tempos, o MST sabia direitinho onde bater o seu tambor. E a força era tanta que várias vezes Fernando Henrique foi obrigado a receber os manifestantes e colocar a reforma agrária na pauta.

O estrago poderá ainda ser maior com a reforma ministerial. Na disputa de espaço dentro do PT, a esquerda perde feio. Seria inocente, absolutamente pueril, imaginar Eduardo Suplicy, Aloizio Mercadante, José Genoino, Paulo Delgado e tantos outros em cargos do primeiro escalão petista.

A discussão dos nomes para o novo ministério ocorre em outro campo - o da direita. Ao invés de petistas históricos, as especulações passam por nomes como o do ex-prefeito Paulo Maluf, da senadora Roseana Sarney, ou de seu pai, José Sarney, Roberto Jefferson, Ney Suassuna... Tudo em nome da governabilidade. Ou da reeleição, já que os dois projetos se confundem.

A desidratação da esquerda ocorre por iniciativa de Lula e de seu governo. E pode, mais à frente, ser crucial ao próprio Lula. Sem apoio popular de suas bases tradicionais, seu projeto de reeleição poderá ficar mais difícil.



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