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eleições argentinas

Milei prega união por "nova Argentina": "Hoje começa o fim da decadência"

"Hoje começa o fim da decadência argentina. Hoje começamos a virar a página da nossa história", diz presidente eleito da Argentina

Congresso em Foco

20/11/2023 | Atualizado às 9:12

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Milei em seu primeiro discurso como presidente eleito:

Milei em seu primeiro discurso como presidente eleito: "Hoje começa o fim da decadência argentina. Hoje começamos a virar a página da nossa história". Foto: Reprodução
Em seu primeiro discurso como presidente eleito da Argentina, o deputado e economista Javier Milei evitou falar de temas polêmicos e adotou um tom conciliador. Ele fez um chamado para que todos os argentinos se unam pela "nova Argentina". "É mais importante o que nos une do que o que nos separa. Sempre que queiram se juntar à mudança que a Argentina precisa vão ser bem-vindos", discursou ele ao final da noite desse domingo (20), após derrotar o atual ministro da Fazenda, Sergio Massa, por uma diferença de cerca de 11 pontos percentuais - vantagem superior à prevista pelos institutos de pesquisa, que apontavam uma disputa mais acirrada. "Hoje começa o fim da decadência argentina. Hoje começamos a virar a página da nossa história e voltamos a retomar o caminho que nunca devíamos ter nos afastado. Hoje termina o modelo empobrecedor do Estado onipresente que só beneficia a maioria enquanto a maioria dos argentinos sofre", disse Milei. Ele ressaltou que terá compromisso com a democracia, com o livre mercado e com a paz. "Vamos mais uma vez abraçar a ideia da liberdade. As mudanças que o nosso país precisa são drásticas, não temos lugar para fraqueza. Se não avançarmos com as mudanças que a Argentina precisa, nos dirigiremos à maior crise da história", afirmou o presidente eleito. "Queremos fazer as coisas que, na história, se mostraram as corretas para a prosperidade do país", acrescentou. Com a vitória de Milei, a direita espera retomar o espaço perdido nos últimos quatro anos na América do Sul. Em 2019, presidentes considerados de direita comandavam dez dos 12 países do subcontinente. Hoje, são apenas três. Ligado ao peronismo, Massa tinha apoio declarado do PT. O ex-presidente Jair Bolsonaro, que havia gravado vídeo de apoio a Milei, comemorou nas redes a vitória do economista argentino. O presidente eleito, que tomará posse no próximo dia 10, não terá governadores próprios ou maioria no Congresso, o que o obrigará a negociar mais as leis que propõe ao Parlamento. Durante a campanha, ele fez ataques ao presidente Lula e chegou a dizer que romperia relações com o governo brasileiro enquanto o petista estivesse no poder. Lula foi um dos primeiros líderes a cumprimentá-lo pela vitória nas redes sociais. Embora não tenha citado o seu nome, o brasileiro parabenizou o candidato de extrema-direita e desejou boa sorte ao novo governo. Em seu discurso Da Vitoria, Milei agradeceu ao ex-presidente Mauricio Macri e à ex-candidata Patricia Bullrich, terceira colocada no primeiro turno, que decidiram apoiá-lo no segundo turno. O presidente eleito pediu ao atual presidente, Alberto Fernández, que cumpra os seus compromissos com responsabilidade até o encerramento do mandato. "Sabemos que há gente que vai resistir, que quer manter privilégios. A eles eu digo: dentro da lei, tudo; fora dela, nada", declarou. Após ficar em segundo lugar no primeiro turno, Milei recebeu 55,7% dos votos válidos nesse domingo, contra os 44,3% obtidos pelo candidato da situação. Uma vantagem de cerca de 3 milhões de votos. Ele perdeu em apenas três das 23 províncias argentinas, Buenos Aires, Santiago del Estero e Formosa. Comentarista econômico, Milei só entrou para a política em 2021, após se eleger deputado federal. Dono de um discurso radical antissistema, ele terá pela frente o desafio de conter uma inflação que chegou a 142,7% no período de 12 meses encerrado em outubro. Cerca de 40% dos argentinos estão em situação de pobreza. Um dos símbolos de sua campanha à presidência foi uma motosserra. Segundo ele, é preciso cortar privilégios de políticos e da elite e gastos com programas sociais. Aos 53 anos, o presidente eleito argentino se autoclassifica como "anarcocapitalista". Ele é da coalizão conservadora La Libertad Avanza, partido que criou há apenas dois anos. Entre suas propostas de liberalismo extremo estão a redução drástica de subsídios e do aparato estatal. Milei já defendeu o fechamento do Banco Central, a saída do Mercosul e a dolarização da economia, medida vista como inviável por economistas menos radicais. Também declarou que não negociará com o governo brasileiro enquanto Lula for presidente - medida considerada improvável por analistas devido ao peso comercial do Brasil para a economia argentina. A executiva nacional do PT apoiou oficialmente o peronista Sergio Massa nas eleições presidenciais da Argentina. O partido do presidente Lula também comparou Milei a Bolsonaro. Segundo os petistas, Milei personifica "a extrema-direita e o ultraneoliberalismo econômico do salve-se quem puder", a qual "nós, brasileiros e brasileiras, conhecemos bem". O agora presidente eleito recebeu apoio direto da família Bolsonaro no primeiro turno. A vitória de Milei deve ter efeitos geopolíticos. O Brasil é, atualmente, o segundo maior parceiro comercial da Argentina, tendo fornecido mais de 19% das importações ao país em 2022. Essa parceria também acontece no meio político, sendo os dois países as forças dominantes dentro do Mercosul. O Brasil articulou a entrada do vizinho para o bloco dos Brics+. Milei adotou um discurso abertamente hostil ao presidente Lula durante a campanha. O representante da extrema-direita também falou em sair do Mercosul. Por outro lado, sua equipe de campanha fez acenos ao Itamaraty, indicando se tratar de uma hostilidade apenas retórica e eleitoral. Durante a campanha, ele amenizou o discurso privatista. Na primeira metade da campanha, chegou a defender a privatização total da educação e da saúde.
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