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Congresso em Foco
12/8/2008 | Atualizado às 19:26
O juiz federal Fausto De Sanctis, que presta depoimento neste instante na CPI dos Grampos, disse há pouco ser contra uma eventual alteração na chamada Lei do Grampo. O juiz aproveitou o pedido de registro de presença em plenário feito por um deputado, o que levou à suspensão da audiência por alguns minutos, para conversar rapidamente com a imprensa.
“O caminho para a discussão é sempre bom. Porque a legislação é boa, podemos aprimorá-la”, argumentou o juiz, responsável pelo pedido de prisão – rapidamente anulado pelo presidente do Supremo, Gilmar Mendes – do economista Daniel Dantas, do megainvestidor Naji Nahas e do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, acusados na Operação Satiagraha, da Polícia Federal. "O país não pode ficar mudando de legislação o tempo todo."
O juiz disse ainda que, assim como na Lei do Grampo, a legislação brasileira é falha em muitos pontos. “Para o crime de colarinho branco, a punição é branda diante de nossa realidade”, exemplificou De Sanctis.
Ao voltar do registro de presença, o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) criticou a execução dos grampos no Brasil, contrariando o posicionamento do juiz. “O modo como os grampos são feitos no Brasil é tão mal feito que o bandido entra na cadeia pela porta da frente e sai pelas porta dos fundos”, disse o parlamentar, para depois elogiar a postura de De Sanctis durante a Satiagraha. "O trabalho de Vossa Excelência enobrece o Brasil."
A sessão continua na comissão da Câmara – com diversos deputados inscritos para interrogar o juiz – e não tem previsão de horário de encerramento. (Fábio Góis)
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