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Congresso em Foco
27/7/2008 | Atualizado às 16:42
O ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, também pode estar envolvido no esquema bilionário de crimes financeiros investigado pela Operação Satiagraha, da Polícia Federal (PF). Os fundos de pensão de estatais que controlam a Brasil Telecom acusaram formalmente o ministro de “atender aos exclusivos interesses” do grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas.
Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, Mangabeira foi nomeado por Dantas em 2003 como trustee (procurador judicial) da Brasil Telecom nos Estados Unidos. O ministro teria ocupado o cargo até a saída do grupo Opportunity do comando da empresa de telefonia em 2005.
Mangabeira nega que tenha trabalhado para interesses específicos. Mas, de acordo com a denúncia, na época, o banco “resolveu unilateralmente transferir o direito absoluto sobre as ações indenizatórias propostas pela companhia para um indivíduo (Mangabeira) que, reconhecidamente, representa os interesses do atual controlador (Dantas)”.
"A comissão (a CVM) me tornou independente e eu pude dizer não a todas as partes. Todos me fizeram pedidos e eu rejeitei todos os pedidos de todas as partes fiado na independência", afirmou Mangabeira à Folha.
As acusações, que voltaram à tona com a Operação Satiagraha, foram feitas em 2004, em comunicado que a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) e a Petros (fundo dos funcionários da Petrobras) encaminharam à Comissão de
Valores Mobiliários (CVM).
Amazônia
Ainda sobre Mangabeira, recaem também suspeitas de que ele teria ajudado Dantas em assuntos relacionados ao interesse do grupo Opportunity na Amazônia. As suspeitas são relatadas no inquérito apresentado pelo delegado Protógenes Queiroz, conforme publicou hoje o jornal Correio Braziliense. Segundo o relatório de inteligência, “ao que tudo indica, (Mangabeira) estrategicamente favorecia a política de expansão no Norte do país buscada por Dantas”.
As suspeitas surgiram a partir de uma escuta telefônica em que Dantas conversa com o publicitário Guilherme Sodré, tido como lobista de interesses do grupo Opportunity. Durante a conversa, Sodré perguntou ao banqueiro se seria seguro transmitir por fax um documento que estaria relacionado à “turma de Mangabeira”.
De acordo com a reportagem, o procurador da República Rodrigo de Grandis, que atua no caso em São Paulo, já começou a analisar as denúncias e poderá levar o caso ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, autoridade competente para investigar ministros. (Renata Camargo)
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