CPI: tucano prevê "pizza servida em bandeja vermelha"

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) classificou de “esmagadora” a maioria de parlamentares governistas que foram indicados para compor a CPI dos Cartões. São 16 congressistas da base aliada do Planalto (sete no Senado e nove na Câmara), contra oito da oposição (cinco no Senado e três na Câmara).

Para o tucano, o governo “tem força para aprovar e rejeitar o que quiser, bem como oferecer um relatório ao seu estilo”. Em seguida, Álvaro explicou a que tipo de relatório se referia: “Talvez uma grande pizza seja servida numa bandeja vermelha”, profetizou, em entrevista ao Congresso em Foco.

A senadora Marisa Serrano (MS), correligionária de Alvaro Dias, já foi indicada para presidir o colegiado. A anunciada eleição da tucana será na terça-feira da próxima semana.

FHC

O senador paranaense também defendeu que as investigações da CPI se restringissem apenas ao atual governo. “O governo passado não deve ser investigado, porque é passado. E nós vivemos do presente. Quem gosta de passado é museu”, ironizou o tucano, lembrando que o requerimento de instalação da CPI poderia até mesmo ser contestado, por não possuir fato determinado que legitimasse sua apresentação.

Entretanto, ele salientou que o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) também será investigado no colegiado, embora ninguém tenha apresentado irregularidades praticadas à época. "Ninguém apontou as irregularidades existentes no governo passado, mas estamos dispostos a investigar tudo o que apresentarem, desde que apresentem denúncias." (Fábio Góis e Rodolfo Torres)

Confira a disposição na CPI dos Cartões

Senadores governistas

Almeida Lima (PMDB-SE), Fátima Cleide (PT-RO), Gim Argello (PTB-DF), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Wellington Salgado (PMDB-MG) e mais dois cargos que ainda estão vagos.

Deputados governistas

Antonio Roberto (PV-MG), Carlos William (PTC-MG), Luiz Sérgio (PT-RJ), Marcelo Melo (PMDB-GO), Maurício Quintella Lessa (PR-AL), Nelson Meurer (PP-PR) e Paulo Teixeira (PT-SP), e mais dois cargos que ainda estão vagos.

Senadores oposicionistas

Antônio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA), Demóstenes Torres (DEM-GO), José Nery (Psol-PA), Marconi Perillo (PSDB-GO), Marisa Serrano (PSDB-MS).

Deputados oposicionistas

Carlos Sampaio (PSDB-SP), Moreira Mendes (PPS-RO) e Vic Pires Franco (DEM-PA).