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Congresso em Foco
12/11/2007 | Atualizado às 18:02
O senador José Agripino (DEM-RN) disse agora há pouco ao Congresso em Foco que a substituição do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) pela governista Ideli Salvatti (SC), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, foi “um desrespeito” que pode ser determinante ao longo da tramitação da matéria. A sessão de hoje (12) foi destinada à leitura do parecer da relatora Kátia Abreu (DEM-TO) sobre a PEC da CPMF (leia mais).
“Foi um desrespeito com o senador Mozarildo, que inclusive foi comunicado em cima da hora que seria destituído da Comissão. Foi um desrespeito da própria Ideli para com ele”, reclamou o senador, que liderou o fechamento de questão de sua bancada contra a aprovação da PEC. “Foi mudança de regra durante o jogo.”
Um dos principais opositores da aprovação da PEC da CPMF, que prorroga a cobrança do tributo por mais quatro anos, José Agripino acredita que o efeito da substituição trará prejuízos ao governo. “Isso vai ser um fator a ser considerado ao longo do processo de tramitação da PEC, na votação na CCJ e em plenário. Em todos os momentos esse assunto vai ser referido”, vaticinou.
À saída da CCJ, a senadora Ideli Salvatti comentou a substituição de última hora. “Ela não foi retirado da CCJ, foi temporariamente substituído. O senador Mozarildo é um parlamentar atuante nesta Comissão”, contemporizou a petista. “No plenário, ele vai ter direito ao seu voto, como todos os senadores desta Casa.”
Ideli tentou justificar a importância da manobra desta tarde. “Para nós do governo, é importante aprovar a PEC na CCJ, apesar de não ser uma decisão terminativa. Tão importante quanto isso é trocar o relator”, explicou, fazendo menção à possibilidade de o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ser transformado em relator da Comissão depois de ter apresentado relatório substitutivo (voto em separado favorável à aprovação da matéria).
Revanche no "Maracanã"
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (PSDB), acredita que a substituição de Mozarildo por Idelli em cima da hora serviu para garantir a contrariedade de Mozarildo à prorrogação do tributo.
“[A substituição] cristalizou o voto contra do Mozarildo, que eu contava como certo. Conto agora como certíssimo”, disse Virgílio, que na semana passada participou de reunião da cúpula do partido na qual ficou decidido o fechamento de questão da bancada contra a prorrogação da CPMF (leia).
Segundo o tucano, o importante será o “último passo” da matéria, no plenário do Senado. Recorrendo a metáforas ao estilo “Lula”, ele vislumbrou tempos difíceis para o Planalto em relação ao assunto. “O governo vai atravessar o deserto do Saara com o cantil pela metade.”
O senador disse ainda ao Congresso em Foco que a troca foi uma vantagem provisória do governo na tramitação da PEC. “No curto prazo, foi uma vitória, sim, porque engrossaria o caldo do governo. No médio prazo, não, porque vamos ter em plenário o voto certo de Mozarildo contra a PEC”, revelou, confirmando o que decidiu o senador destituído da CCJ. (leia mais)
“Como aqui é um jogo preliminar, vamos esperar o jogo principal, no Maracanã”, ironizou o senador, ao se referir à votação da PEC em plenário, quando os “times estarão completos”.
Depois da apresentação do voto em separado de Romero Jucá, o presidente da CCJ, senador Marco Maciel, encerrou a sessão, remarcando-a para amanhã, às 16h30. (Fábio Góis)
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