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Congresso em Foco
29/10/2007 | Atualizado às 19:26
O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), fez um firme discurso em plenário, agora há pouco, contra a política do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Agripino, que se opõe frontalmente à entrada da Venezuela no Mercosul (matéria que será submetida ao Senado nos próximos dias), fez espécie de analogia entre os presidentes Lula e Chávez ao sugerir que ambos pretendem se perpetuar no poder.
Aproveitando os rumores que ganharam corpo na imprensa de que aliados do presidente Lula querem viabilizar um terceiro mandato (leia mais), Agripino criticou o que considera “perspectiva de ‘continuismo’, choque frontal à causa democrática, à alternância de poder”.
“Não é que tenha pessoalmente nada contra o Hugo Chávez, como disse aqui o senador José Sarney [PMDB-MA], mas eu tenho muito a ver com meu país, com a democracia brasileira”, disse Agripino, que foi precedido pelo senador José Sarney (PMDB-AP) na tribuna do Senado. Sarney também criticou a postura de Chávez frente à política internacional, e também condenou as tendências “ditatoriais” do presidente Venezuelano internamente.
Para traçar paralelo entre Lula e Chávez, José Agripino fez menção aos deputados Devanir Ribeiro (PT-SP) e Carlos William (PTC-MG), dois dos aliados de Lula que estariam orquestrando a continuidade dele na Presidência da República.
“Minha preocupação é com manifestações como a dos senhores Devanir Ribeiro e Carlos William. O senhor Carlos William, que é da base do governo, apresentou um projeto de lei que aumenta o mandato do presidente de quatro para a cinco anos, e permita a reeleição. É uma abertura para que ‘cositas más’ sejam discutidas”, alfinetou o líder tucano, dando a entender que o governo estaria com uma postura “chavista” ao tentar manter Lula – e, conseqüentemente, o petismo – no poder.
“Devanir Ribeiro é do Grande ABC, é ‘assim’ com o Lula. É amicíssimo de Lula, vai à casa do presidente sem marcar hora. Ele apresentou a ‘porta aberta’ para que, nas eleições do próximo ano, seja realizado um plebiscito para que os clientes do Bolsa Família, que estão mortos de satisfeitos com o presidente Lula, opinem sobre se pode haver ou não reeleição para o terceiro, quarto, quinto, sexto, sétimo, oitavo mandato... E a CPMF está aí, para que Lula possa fazer os ‘mimos’ que deseja”, ironizou o tucano, ao mencionar a intenção do deputado Devanir Ribeiro em realizar um plebiscito, já nas eleições municipais do ano que vem, sobre a possibilidade de terceiro mandato para Lula.
Anti-Chávez
Criticando de forma veemente o papel de Hugo Chávez na política internacional, José Agripino lembrou da “estreita” relação do líder venezuelano com um dos principais desafetos dos Estados Unidos, mais propriamente do presidente George W. Bush.
“O ruim é nós termos o presidente Hugo Chávez sentado, nas reuniões do Mercosul, batendo palmas para o mandatário do Irã, o senhor Mahmoud [Ahmadinejad, presidente do Irã], enquanto a União Européia, nossa parceira privilegiada, tem horror a posições de Irã e Belarus, com quem Hugo Chávez tem relações ‘curiosas’ privilegiadas. Países como Irã e Venezuela estão com atitude claramente armamentista e beligerante”, bradou.
Agripino voltou a reiterar sua contrariedade – e de seu partido – à entrada da Venezuela no bloco comercial dos países sul-americanos, alegando que isso não afetaria a economia brasileira. “Eu vou votar contra o ingresso da Venezuela no Mercosul. Não tenho nenhum receio de que meu voto contra crie qualquer problema às relações comerciais do Brasil. Com ou sem Mercosul, os ‘petrodólares’ da Venezuela vão ‘bombar’ aqui porque é vantagem comprar aqui”, argumentou.
Eco oposicionista
O pronunciamento de José Agripino ganhou o reforço do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). “Quero me associar ao líder do DEM no Senado”, disse o tucano, condenando “as ameaças do ‘coronel Chávez’, (...) que tem um espírito belicoso”.
Ao se posicionar contra a inclusão da Venezuela no Mercosul, Álvaro Dias disse que Chávez “é um ditador que se impõe ao seu país com a força que detém graças à submissão de seus aliados políticos”. (Fábio Góis)
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