Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
29/8/2007 | Atualizado às 15:59
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado aprovou, por 22 votos favoráveis e um branco, o nome de Carlos Alberto Menezes Direito para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Em meio a elogios, o nome de Direito, que é ministro no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) há onze anos, foi alvo de apenas dois pontos de críticas. O primeiro foi uma pergunta do senador Jefferson Peres (PDT-AM) sobre uma ação movida no STJ contra a Petrobras, logo no início da carreira do ministro.
Após ser condenada a pagar R$ 3,4 bilhões à empresa Porto Seguro (acionista da Petroquisa) e R$ 691 milhões aos seus advogados, a estatal entrou com um recurso no Supremo Tribunal de Justiça (STJ). A Petrobras perdeu novamente por três votos a dois, sendo que um dos votos contrários foi o de Carlos Direito. O impasse é que o filho do ministro era estagiário de um escritório da Porto Seguro na época. Com essa descoberta, a estatal conseguiu anular o julgamento.
Ao responder à questão do senador Peres, Direito se emocionou e logo depois começou a chorar bastante, comovendo os senadores que passaram a perguntar se ele preferia interromper a sessão. As explicações do ministro sobre o caso do recurso da Petrobras, porém, convenceram os parlamentares de que não havia sido um ato de má fé. O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), comentou que o fato foi mais um “erro de secretaria” do que um ato ilícito.
A outra crítica foi quanto à religiosidade do ministro. Carlos Direito é ligado a segmentos conservadores da Igreja Católica. Por isso, teve que responder a várias questões sobre a legalização do aborto e o uso de células-tronco em pesquisas. Mais uma vez, Direito obteve sucesso em suas respostas. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) comentou que o ministro deixou claro que não vai deixar o seu posicionamento pessoal interferir em seu julgamento.
O consenso pelo nome de Direito ainda foi comentado por vários outros membros da comissão. O senador Heráclito Fortes, que não é interino na CCJ, afirmou que Carlos Direito conseguiu um fato histórico na Casa, “uma trégua entre governo e oposição”. Para ser efetivado no cargo, a indicação do novo ministro do STF precisa ser votada pelo Plenário do Senado. A previsão é de que a nomeação seja votada ainda hoje (29). (Camilla Shinoda)
Temas
DEFESA DO CONSUMIDOR
Lula sanciona lei que cria novos direitos para clientes de bancos
RESOLUÇÃO DERRUBADA
Veja como cada deputado votou no projeto sobre aborto em crianças
PROTEÇÃO À INFÂNCIA
Governo critica projeto que suspende norma sobre aborto legal infantil