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Congresso em Foco
2/8/2007 | Atualizado às 18:41
A Comissão de Ética Pública (CEP), órgão vinculado à Presidência da República e responsável pelo assessoramento em relação à conduta de autoridades, divulgou nota hoje (2) em que classifica a atitude do assessor especial Marco Aurélio Garcia como "imprópria".
Marco Aurélio foi flagrado pela TV Globo fazendo gestos obscenos enquanto assistia a uma reportagem do Jornal Nacional, que levantava a hipótese de falha mecânica do Airbus da TAM para o acidente ocorrido no aeroporto de Congonhas em 17 de julho passado. Na ocasião, 199 pessoas morreram. O acidente é considerado o pior da história da aviação nacional.
Um dia após a divulgação das imagens, Marco Aurélio Garcia afirmou que seu gesto refletia indignação diante do desastre e pediu desculpas por meio de uma nota.
“Lembrar aos servidores, e sobretudo aos dirigentes públicos, que o momento é de profunda reflexão, sentimento de pesar, e ação eficiente, sem controvérsias estéreis, em respeito aos vitimados pelo trágico acidente aéreo, a seus familiares e à nação”, diz a nota da Comissão de Ética.
A nota reitera que "as altas autoridades do governo federal, bem como todos os servidores públicos e concessionários de serviços públicos tenham sempre presente que o exercício da função de servir ao público exige, entre outras responsabilidades, motivar o respeito e a confiança do público em geral". “O que não comporta atitudes grosseiras”, complementa. (Rodolfo Torres)
Confira a íntegra da nota da Comissão de Ética pública
"A Comissão de Ética Pública, em reunião realizada no dia 30/7/2007, entre os pontos de sua pauta, examinou os esclarecimentos prestados pelo chefe da Assessoria Especial do Presidente da República, Marco Aurélio Garcia, a propósito do episódio amplamente debatido pela imprensa, sobre gestos filmados por emissora de televisão, diante de notícias sobre possíveis causas do desastre com o vôo TAM 3054.
Na ocasião, decidiu:
a) Lembrar aos servidores, e sobretudo aos dirigentes públicos, que o momento é de profunda reflexão, sentimento de pesar, e ação eficiente, sem controvérsias estéreis, em respeito aos vitimados pelo trágico acidente aéreo, a seus familiares e à nação;
b) Considerar imprópria a conduta do assessor Marco Aurélio Garcia, que já foi objeto de pedido público de desculpas;
c) Reiterar recomendação já exarada para que "as altas autoridades do governo federal, bem como todos os servidores públicos e concessionários de serviços públicos tenham sempre presente que o exercício da função de servir ao público exige, entre outras responsabilidades, motivar o respeito e a confiança do público em geral", o que não comporta atitudes grosseiras. O exercício da função pública deve, sempre e de forma inequívoca, servir de bom exemplo (Exposição de Motivos nº 37 e artigo 3º do Código de Conduta da Alta Administração Federal).
Rio de Janeiro, 1º de agosto de 2007.
Marcílio Marques Moreira, presidente em exercício"
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