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Lula: "Sou medroso de andar de avião"

Congresso em Foco

25/7/2007 | Atualizado às 18:25

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Na cerimônia de posse do novo ministro da Defesa, Nelson Jobim, o presidente Lula admitiu que tem medo de voar de avião. "Eu entrego minha sorte a Deus. Entrego porque estou na mão de um comandante, de uma máquina, das intempéries que nem sempre o ser humano consegue controlar. Mesmo assim, sou medroso de andar de avião. Confesso isso publicamente porque não é vergonha de dizer que tem medo", afirmou o presidente.

Lula também afirmou que se pudesse pedir a Deus, pediria que o acidente com o Airbus da TAM no aeroporto de Congonhas, considerado o pior desastre da história da aviação brasileira, com quase 200 mortos, fosse o último.  No entanto, o presidente afirmou que acidentes acontecem “em função de dezenas de coisas."

O petista voltou a pedir serenidade a respeito do caso. "Precisamos não transformar tragédia em disputa menor e condenar à pena de morte antes do julgamento. Isso faz parte da cultura brasileira. Primeiro condena, depois analisa e julga."

Uma das primeiras missões determinadas pelo presidente ao novo ministro é visitar, junto com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito,  o aeroporto de Congonhas e o hospital onde estão sendo realizados testes de DNA para identificação das vítimas da tragédia.

Momento mais difícil

Em relação à troca de Waldir Pires por Nelson Jobim, Lula afirmou que este é o momento “mais difícil”. “O momento mais difícil é a troca de um companheiro por outro companheiro. Mas quem está na política sabe que isso às vezes é necessário”, argumentou Lula.

O presidente também admitiu que o país vive uma crise aérea. "Não é segredo que temos uma crise no setor aéreo brasileiro, numa combinação de várias coisas que estão acontecendo ao longo dos últimos dez meses."

Contudo, o petista ressaltou que os problemas que desencadearam a atual crise aérea “provavelmente já existiam e ganharam mais visibilidade com o acidente com o avião da Gol”.

Fortalecimento do Ministério da Defesa

Lula ressaltou que "é preciso repensar nesse país o Ministério da Defesa porque o Ministério da Defesa como está, está aquém daquilo que é a exigência da sociedade brasileira, aquém do funcionamento necessário".

Em relação à prevenção de novos acidentes, Lula afirmou: "Vamos fazer o que precisamos fazer, gastando o que precisar gastar para dar tranqüilidade à sociedade brasileira. A única coisa que não podemos prometer é que não vai haver acidente, pois não depende de nós. Mas se depender de nós, de estrutura, não vai ter."

De acordo com o petista, o novo Ministério da Defesa precisará realizar mudanças nas Forças Armadas. "Precisará de força para fazer as mudanças que precisam ser feitas desde discutir a modernização até reestruturação das Forças Armadas e até de pessoas para tomarem conta de tudo aquilo que é pertinente às Forças Armadas." Lula anunciou que serão destinados R$ 130 milhões para as Forças Armadas.

O presidente também afirmou que as instituições que cuidam do tráfego aéreo devem ter “uma única cabeça pensante”. "O Waldir Pires e ministros sabem que muitas vezes a gente vai criando instituições. Tem um monte de instituições e muitas vezes é difícil de comandar esse conjunto de instituições. Todo mundo aqui brigou para criar a Anac. Então hoje temos além da parte que a Aeronáutica que cuida disso, temos o Conac, a Infraero, e temos que fazer com que essas instituições tenham uma única cabeça pensante."

Elogios a Waldir Pires

Na cerimônia de posse de Nelson Jobim, o presidente Lula elogiou o ex-ministro Waldir Pires e negou que sua saída tenha sido provocada pelo acidente em Congonhas.. "Serei eternamente grato por ter tido a chance de trabalhar com você no governo”.

"Você pode andar em qualquer rua cidade desse país de cabeça erguida como homem que nasceu e viveu grande parte de sua vida prestando serviço a essa nação. Haverá incompreensões, mas haverá quem reconheça seu legado político", disse Lula ao ex-ministro.

Quem é o novo ministro

Nelson Azevedo Jobim tem 61 anos e é gaúcho de Santa Maria. Formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, concluiu o curso em 1968.

O novo ministro iniciou sua carreira política na década de 80. Elegeu-se deputado federal pelo PMDB em 1986 e 1990. Na Câmara, foi líder do partido, presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a relator da revisão constitucional.

Entre 1995 e 1997, Jobim foi ministro da Justiça do governo Fernando Henrique Cardoso. Em abril de 1997, deixou o ministério após ser nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2001, tomou posse como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, três anos depois, assumiu a presidência do STF. Em março do ano passado, o peemedebista deixou a corte.

Este ano, Nelson Jobim tentou ser presidente do PMDB. Contudo, foi convencido a desistir da candidatura, deixando o caminho livre para a reeleição do deputado Michel Temer (SP).

Segredo constitucional

O novo ministro da Defesa, que foi relator da revisão constitucional, é apontado por dois professores da Universidade de Brasília (UnB) como um dos responsáveis pela inserção de um artigo que teria beneficiado credores internacionais da dívida externa.

De acordo com o estudo dos professores esse artigo teria sido inserido na Constituição de 1988 sem passar pelo Plenário. Os autores do trabalho responsabilizam Jobim e o ex-deputado Gastone Righi (SP), que liderava a bancada do PTB, pela inserção do texto. Os dois negam a acusação. (leia mais) (Rodolfo Torres e Lucas Ferraz)

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